"MY ASIAN MOVIES"マイアジアンムービース - UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!!

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Concurso - 12ª imagem

Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

Concurso - 11ª imagem



Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Concurso - 10ª imagem

Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático que está sujeito ao vosso escrutínio, no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Zhang Yimou

Informação

Filmografia (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto, basta clicar):

  1. Red Sorghun (1987)
  2. Operation Cougar (1988)
  3. Judou (1990)
  4. Raise the Red Lantern (1991)
  5. The Story of Qiu Ju (1992)
  6. To Live (1994)
  7. Lumiére et Compagnie - dirigiu uma curta metragem (1995)
  8. Keep Cool (1997)
  9. Not One Less (1999)
  10. Happy Times (2000)

Nota pessoal: Esta afirmação poderá ser um pouco temerária, pois nestas coisas é sempre complicado eleger um realizador que colha mais a nossa simpatia. No entanto, julgo que este candidato é o meu preferido!


terça-feira, fevereiro 26, 2008

Concurso - 9ª imagem


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

My Heart Is That Eternal Rose/Sa shou hu die meng (1989)

Origem: Hong Kong

Duração: 91 minutos

Realizador: Patrick Tam

Com: Kenny Bee, Joey Wong, Tony Leung Chiu Wai, Michael Chan, Ng Man Tat, Gordon Liu, Kwan Hoi San, Cheung Tat Ming

"Ricky Ma"

Estória

“Ricky Ma” é um jovem boémio que se encontra apaixonado por “Lap” (Joey Wong). No entanto, quando assassina um polícia, devido a um negócio mal sucedido, vê-se obrigado a fugir para as Filipinas, levando a promessa que “Lap” posteriormente iria ter com ele. No entanto, a rapariga nunca chega a se reunir a “Ricky”, pois torna-se amante de “Sheng” (Michael Chan), um poderoso chefe de uma tríade, em ordem a salvar o seu pai.

"Ricky tenta proteger Lap"

Seis anos depois, “Ricky” é um assassino profissional que retorna a Hong Kong, tendo em vista executar um trabalho. Acidentalmente, acaba por encontrar “Lap”, e o amor reacende-se. O problema é que “Sheng” não permitirá de ânimo leve que “Ricky” roube a sua amante. O casal, ajudado por “Cheung” (Tony Leung Chiu Wai), tenta fugir. No entanto, os seus intentos não são bem sucedidos e tudo degenera numa orgia de sangue e violência.

"Cheung mal tratado"

"Review"

Os filmes de “tríades” de Hong Kong, sempre foram um dos pratos fortes do cinema daquelas paragens, tendo atingido o seu auge com os grandes filmes de John Woo, mormente “A Better Tomorrow”, “Hard Boiled” e “The Killer”. Na sequência destes grandes sucessos do mítico Woo, o género tornou-se extremamente popular, e vários realizadores enveredaram por tentativas no segmento, umas bem sucedidas, outras nem por isso.

“My Love Is That Eternal Rose” é uma dessas várias longas-metragens que nasceu da grande popularidade do género, e embora por vezes sejam conseguidos resultados quase espectaculares, o filme ficou muito aquém das minhas expectativas. Essa é que é a verdade!

A película possui todas as características que definem de certa forma o estilo onde se insere. Estamos a falar de uma cruzada romântica e heróica, entre dois amantes desencontrados, que redunda num banho de sangue e violência (como referi textualmente na sinopse). Afinal as tríades não deixam de ser das organizações do submundo mais temidas no planeta, e quando alguém tenta “meter a mão” na amante do chefe, a coisa vai dar para o torto de certeza!

O argumento é extremamente forçado, com situações pouco credíveis e que apenas servem de motivo para uma saraivada de balas, ou para Joey Wong destilar sensualidade por todo o ecrã (não é que me importe com isto, muito pelo contrário!). Verdadeiramente inacreditável é como “Ricky” e “Lap” se reencontram em Hong Kong. Quais as probabilidades de numa região com 7 milhões de habitantes, e com uma das maiores densidades populacionais do mundo (cerca de 6350 pessoas/km2), “Ricky” ir a fugir de uns homens que o querem matar e quase ser atropelado por “Lap”? Passemos por cima disto, o reencontro sucedeu-se, o problema está resolvido, e ala que o caminho é para a frente!

"Lap rodeada dos membros da tríade de Chan"

As cenas de acção, embora não sejam em tão grande número quanto se possa imaginar, são marcadas por uma loucura desenfreada. Para aqueles que conhecem as obras da época de John Woo e afins, reconhecerão logo as armas cujas balas parecem nunca acabar, as acrobacias e as cenas bastante rápidas no meio de um tiroteio infernal, o sangue a jorros, os planos pausados ou em câmara lenta. Tudo isto acompanhado de um pendor épico, por vezes bem sucedido, outras nem por isso. No entanto, “My Heart Is That Eternal Rose”, à semelhança de outros filmes, só vem dar razão aqueles que, à minha semelhança, defendem que quando toca a libertar o inferno na terra, os filmes de tríades de Hong Kong são inimitáveis.

Outro aspecto extremamente marcante na película é a “piroseira”, ou melhor dizendo, a aura de “novela mexicana” (para o cidadão “comum” entender melhor) que imbui a película. Músicas excessivamente dramáticas, por vezes com um som algo duvidoso (a edição da Mei Hah, embora remasterizada, não deverá ser alheia ao facto), aliadas a uma interpretação com alguns altos e baixos, levam a esta conclusão. Mesmo assim, é sempre um prazer ver Joey Wong a derramar lágrimas por tudo e por nada, ou o grande Tony Leung Chiu Wai a sujeitar-se a umas interpretações menos conseguidas (embora aceitáveis). Uma nota de curiosidade para os fãs do denominado “kung-fu old school”. Gordon Liu faz o papel de um dos vilões do filme. Poderá ser uma oportunidade para verem uma das maiores lendas das artes marciais, representar uma personagem distinta das que o fizeram brilhar na constelação de actores de Hong Kong.

Uma derradeira palavra para o trabalho positivo de fotografia efectuado pelo grande e sobejamente conhecido, Mr. Christopher Doyle. Planos de sonho, que adquirem mais valor numa altura do cinema de Hong Kong, onde não abundavam os recursos materiais e eram realizados filmes a rodo e a metro, muitas vezes com ausência de critérios qualitativos.

Com um título que invoca o mais puro romantismo (a expressão sempre servirá para fazermos figuras tristes perante alguma rapariga...), “My Heart Is That Eternal Rose”, é uma película algo infantil no geral, mas com momentos que salvam a honra do convento e que puxam o sentimento. Para aqueles que apreciam os filmes de “gangsters” de Hong Kong, aliados a um espírito apaixonado forçado, será uma boa proposta. Para os restantes, um mero satisfazer de curiosidade. Nada mais.

Nota final: É curioso como este filme, no preciso momento, tem no IMDb uma nota média elevadíssima de 7.9 (embora apenas num universo de 71 votos). Enigmático...

"Uma despedida sentida"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 7

Argumento - 6

Banda-sonora - 7

Guarda-roupa e adereços - 7

Emotividade - 8

Mérito artístico - 7

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,13





segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Concurso - 8ª imagem


Qual o filme a que corresponde esta imagem. Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

Concurso - 7ª imagem


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domingo, fevereiro 24, 2008

Concurso - 6ª imagem


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sábado, fevereiro 23, 2008

Concurso - 5ª imagem



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sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Concurso - 4ª imagem


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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Concurso - 3ª imagem


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quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático que está sujeito ao vosso escrutínio, no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Yasuzo Masumura

Informação

Filmografia (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto basta clicar):

  1. Kisses (1957)
  2. The Bright Girl (1957)
  3. Warm Current (1957)
  4. The Precipice (1958)
  5. Giants and Toys (1958)
  6. A Daring Man (1958)
  7. Undutiful Street (1958)
  8. The Most Valuable Wife (1959)
  9. Flood (1959)
  10. Beauty and Guilty (19599
  11. Across Darkness (1959)
  12. A Woman's Testament (1960)
  13. Afraid to Die (1960)
  14. The Woman Who Touched the Legs (1960)
  15. A False Student (1960)
  16. Desperate to Love (1961)
  17. A Lustful Man (1961)
  18. A Wife Confesses (1961)
  19. The Troublesome Sisters (1961)
  20. Stolen Pleasure (1962)
  21. The Black Test Car (1962)
  22. Life of a Woman (1962)
  23. The Black Report (1963)
  24. Lies - "Playgirl" (1963)
  25. Hooligans, Pure Thoughts (1963)
  26. Modern Fraudulent Story: Cheat (1964)
  27. The Husband Witnessed (1964)
  28. All Mixed Up (1964)
  29. Black Express (1964)
  30. The Hoodlum Soldier (1965)
  31. Seisaku's Wife (1965)
  32. Irezumi (1966)
  33. Nakano Spy School (1966)
  34. Red Angel (1966)
  35. Two Wives (1966)
  36. Love for an Idiot (1966)
  37. The Wife of Seishu Anaoka (1967)
  38. The Most Corrupted (1968)
  39. The Sex Check (1968)
  40. A Building Block's Box (1968)
  41. They Made Love (1968)
  42. Blind Beast (1969)
  43. Thousand Cranes (1969)
  44. Vixen (1969)
  45. Play It Cool (1970)
  46. Yakuza zesshô (1970)
  47. The Hot Little Girl (1970)
  48. Play (1971)
  49. Music (1972)
  50. Hanzo the Razor: The Snare (1973)
  51. Akumyo: Notorious Dragon (1974)
  52. Dômiaku rettô (1975)
  53. Lullaby of the Earth (1976)
  54. Double Suicide of Sonezaki (1978)
  55. Garden of Eden (1980)
  56. For My Daughter's 7th Birthday (1982)

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Concurso - 2ª imagem


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segunda-feira, fevereiro 18, 2008


Memories of Murder/Sar(l)inui Chueok - 살인의 추억 (2003)

Origem: Coreia do Sul

Duração: 130 minutos

Realizador: Bong Joon-ho

Com: Song Kang-ho, Kim Sang-kyeong, Kim Roi-ha, Song Jae-ho, Byeon Hee-bong, Ko Seo-hee, Ryoo Tae-ho, Park No-sik, Park Hae-il, Jeon Mi-seon, Seo Young-hwa, Choi Jong-ryeol, Yoo Seung-mok, Sin Hyeon-jong, Lee Jae-eung, Kwon Byeong-gil

"O detective Seo Tae-yoon"

Estória

23 de Outubro de 1986. Uma jovem e bonita mulher é encontrada num campo, morta e com indícios de violação. Os assassínios das raparigas continuam, e o detective “Park Doo-man”(Song Kan-ho) encontra-se envolvido num sério imbróglio para resolver. A polícia local é inexperiente neste tipo de situações, não tendo um rumo correcto na investigação e na busca de provas.

A ajuda chega da capital Seul, na pessoa do inspector “Seo Tae-yoon”. O agente citadino encontra desde o início uma extrema dificuldade em convencer a polícia local (“Park” incluído), no sentido de que estão perante um assassino em série, dotado de uma mente muita arguta e inteligente. Um perfil é definido. O criminoso ataca sempre jovens bonitas, em noite chuvosas. O sinal para a perpetração do crime é o pedido de uma música rara intitulada “Sad Letters”, que passa na rádio local.

"O detective Park Doo-man"

“Park” e “Seo” tentam pôr de parte as suas diferenças e após aturado trabalho e a detenção de falsos suspeitos, acabam por identificar um jovem que tudo indica ser o autor dos horrendos crimes. No entanto, as coisas acabam por não correr dentro das expectativas dos investigadores.

"A equipa de investigação"

"Review"

Entre 1986 e 1991, a Coreia do Sul viveu sob um espectro de terror devido a um assassino em série que focou a sua actividade na área de Hwaseong. Milhares de polícias foram envolvidos nas investigações e mais de 3000 suspeitos interrogados. O criminoso que fez dez vítimas no total, nunca foi capturado.

“Memories of Murder” é baseado nos factos verídicos acima relatados, e constituiu um grande sucesso do cinema coreano, tendo sido o filme mais visto na sua terra-natal durante o ano de 2003 (“Silmido”, também de 2003, acabaria por bater “Memories of Murder” na bilheteira. No entanto, os seus grandes resultados no “box office” seriam obtidos em 2004). Igualmente esta longa-metragem teve alguma expressão internacional, tendo desfilado em vários certames, sendo de destacar “Cannes” , “San Sebastian”, “Londres” e “Tóquio”, tendo obtido alguns prémios de relevo.

Quando mencionei o “background” histórico de “Memories of Murder”, receio de alguma forma ter estragado o “suspense” da película e inadvertidamente ter atirado com um “spoiler” à vossa cara. No entanto, pensando melhor, julgo que este factor não estragará o vosso visionamento do filme, atendendo a que existe bastante para apreciar e reflectir. Isto para dizer que estamos perante uma película extremamente interessante e realizada de uma forma competente por Bong Joon-ho. No desenvolvimento de toda a trama, somos encantados como umas serpentes e os nossos olhos não conseguem despegar do ecrã até ao epílogo. A caracterização das personagens é fenomenal, pois deparamo-nos com vários cidadãos comuns do dia-a-dia, que se tornam suspeitos por uma qualquer “tara” ou comportamento dito menos normal. Outrossim, somos também confrontados com polícias que por vezes devem muito à moralidade e à ética moral e profissional.

"Momentos de tensão"

O tratamento é realista o suficiente, para sentirmos a ânsia dos detectives em descobrir o sinistro assassino, degenerando a sua actuação em verdadeiros atropelos aos direitos humanos em nome de valores supostamente mais elevados. Até onde vai a reserva e o respeito pela dignidade e intimidade pessoal “versus” o salvamento de vidas? Justifica-se? Em que circunstâncias? Haverá limites para a brutalidade policial, em nome de um desiderato porventura mais premente. Uma consideração bastante actual. O tema foi considerado muito bem exposto, que inclusive mereceu um prémio FIPRESCI, com a seguinte justificação: “For giving new insight into the roots of political repression in a dictatorship under the guise of the hunt for a serial killer”. Elucidativo, não?! A actuação policial mais violenta, encontrar-se-ia de certa forma legitimada, ou melhor facilitada, pela ditadura militar que comandava os destinos da Coreia do Sul à altura. E como pano de fundo da estória principal, afigura-se bastante interessante observarmos por breves momentos a sublevação estudantil, imbuída de coragem e rebeldia para defrontar um regime opressor das liberdades individuais.

O filme é tenso, não fosse “Memories of Murder” um “thriller” de elevado quilate. Essa característica revela-se na perpetração dos crimes, onde momentos verdadeiramente angustiantes sobrelevam e que por vezes nos atingem como um valente soco na face, ou nos fazem dar um salto na cadeira (neste particular destaco o ataque à mulher - não vestida de vermelho - que deambula por um caminho rural, numa noite de intensa chuva). Não estamos perante um banho de sangue, mas sim face a uma “brincadeira” psicológica muito bem urdida.

Para os estimados visitantes deste espaço que não elegem o cinema asiático como principal referência, será uma obra na linha de “Seven ou “O Silêncio dos Inocentes”, embora com características muito particulares, que lhe conferem uma identidade forte e própria. Para os restantes e mais interessados nestas lides, convirá informar que estamos perante um dos melhores “thrillers” asiáticos da história!

Com interpretações bastante competentes, uma banda-sonora emblemática e cenários naturais que servem de ambiente ideal para o desenrolar da acção da película , estamos perante mais uma grande obra do cinema coreano. Sendo um “cocktail” bastante saboroso de crime e drama social, merece sem dúvida uma espreitadela de todos aqueles que cá me visitam!

Nunca mais encararei os caminhos rurais da mesma forma...e a minha terra ainda tem alguns!

"O detective Park corre com uma prova decisiva na mão"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português/espanhol:

Avaliação:

Entretenimento - 8

Argumento - 9

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8,13





domingo, fevereiro 17, 2008

Concurso


Qual o filme a que pertence esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e prémio AQUI.

sábado, fevereiro 16, 2008

Prémio do Concurso



Provavelmente alguns já terão o filme na sua colecção pessoal. No entanto, se tal for o caso do vencedor, sempre poderá oferecer o dvd a alguém. Sendo assim, o campeão do concurso do “My Asian Movies”, terá direito a uma edição novinha em folha de “História de Duas Irmãs”, um clássico do terror psicológico e para muitos considerado um dos melhores filmes de sempre provindos da Ásia. A minha opinião pessoal está AQUI.
Abaixo ficam as especificações do disco:
  • Região 2
  • Idioma falado pelos personagens: coreano
  • Legendas em português
  • Som 2.0 Stereo
  • Cor
  • PAL
  • 110 minutos
  • Formato 16x9 Widescreen Anamórfico
  • Extras: trailer

Concurso


Como já alguns se devem ter apercebido, vou lançar mais uma iniciativa no “My Asian Movies”, um blogue que pretendo que seja muito dinâmico. Para coisas chatas, eu não tenho pachorra nenhuma!
A ideia não é original, pois alguns blogues já lançaram várias iniciativas deste género. Trata-se apenas de adivinharem qual o filme a que pertence uma imagem que vou colocando, sem qualquer tipo de aviso prévio. Pelo exposto, toca a estar atentos a este estaminé! Sem prejuízo do que o que interessa é existir uma saudável competição e divertimento, irá haver um prémio. A recompensa para o vencedor é um dvd original de um filme asiático, que passo a apresentar no “post” seguinte. A moderação de comentários será desactivada nos dias em que saírem as imagens, de forma a que seja claro e visível para todos qual foi o primeiro a responder correctamente. Ganha o primeiro que chegar a 20 pontos. Não se acanhem e tentem a vossa sorte. Não quero ouvir histórias do género “tenho vergonha”, ou medo de fazer figura de parvo, etc. Aqui ninguém é um génio e o que interessa é que todos se divirtam e puxem pela cabeça! Abaixo ficam as regras gerais do concurso:

  1. Sem periodicidade definida, será colocado um “post” com uma imagem de um filme asiático.
  2. Poderão ainda ser incluídas imagens de animes e de filmes que caibam no conceito da rubrica deste blogue intitulada “Cunho da Ásia”.
  3. Os concorrentes deverão responder no espaço do “post” reservado aos comentários.
  4. Cada concorrente dispõe de duas tentativas, não sendo consideradas as seguintes.
  5. O vencedor será o que identificar primeiro o filme a que corresponde a imagem.
  6. Serão aceites respostas com o título oficial em inglês, em português (Portugal) e português (Brasil).
  7. Caso ninguém consiga acertar na resposta correcta, os pontos acumulam-se para o “post” seguinte, e assim sucessivamente.
  8. O vencedor final é o concorrente que chegar primeiro aos 20 pontos.
  9. Será criado um quadro autónomo no “My Asian Movies”, onde estará exposta a classificação dos concorrentes, e links para o regulamento e prémio do concurso.
  10. O prémio é um dvd original de um filme asiático – edição portuguesa (Portugal).
  11. O vencedor terá de indicar ao administrador deste blogue a morada para a qual deverá ser enviado o prémio.
  12. Caso o vencedor resida na Região Autónoma da Madeira, e se ele assim o pretender, o prémio será entregue pessoalmente.
  13. As integrações de lacunas e dúvidas acerca do concurso serão resolvidas pelo administrador do blogue.

Boa sorte a todos e que vença o melhor!

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático que está sujeito ao vosso escrutínio, no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.

Satyajit Rai (Ray)
Filmografia (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto basta clicar):
  1. Song of the Road (1955)
  2. The Unvanquished (1956)
  3. The Philosopher's Stone (1958)
  4. The Music Room (1958)
  5. The World of Apu (1959)
  6. The Goddess (1960)
  7. Three Daughters (1961)
  8. Kanchanjungha (1962)
  9. The Expedition (1962)
  10. The Big City (1963)
  11. The Lonely Wife (1964)
  12. The Coward and The Holy Man (1965)
  13. The Hero (1966)
  14. The Zoo (1967)
  15. The Adventures of Goopy and Bagha (1968)
  16. Days and Nights in the Forest (1969)
  17. The Adversary (1970)
  18. Company Limited (1971)
  19. Distant Thunder (1973)
  20. The Golden Fortress (1974)
  21. The Middle Man (1975)
  22. The Chess Players (1977)
  23. The Elephant God (1978)
  24. The Kingdom of Diamonds (1980)
  25. The Home and the World (1984)
  26. An Enemy of the People (1989)
  27. Branches of a Tree (1990)
  28. The Stranger (1991)

Voltei...


...com o dobro da força, da vontade, do querer, e acima de tudo mortinho por partilhar convosco o amor que nutro pelo maravilhoso mundo do cinema asiático! Já estava cheio de saudades!
Obrigado japoneses por terem inventado uma coisa chamada "Toshiba"!!!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Comunicado


Caros amigos e visitantes deste blogue,
A actividade deste espaço vai estar suspensa indefinidamente, espera-se que por poucos dias. Não se preocupem, pois não estou com nenhum tipo de crise existencial. O que se passa é que o meu querido computador estoirou, e está para arranjo (se é que vai ter algum...). Pelo exposto, e até o dito cujo retornar a casa, ou eu perder o amor a algumas centenas de euros e adquirir uma máquina nova em folha, ficarei algum tempo sem postar. Se quiserem estar atentos ao "Regresso de Jorge Soares Aka Shinobi", sempre poderão adicionar o "My Asian Movies" ao google reader ou a qualquer aplicação do género. Não queria desde já adiantar muito, mas para vos manter expectantes (eh, eh, eh), anuncio que vou aderir à moda dos concursos, aquando do meu retorno. Vou lançar um pequeno desafio aqui no blogue, e vai ter prémio e tudo (um dvd original de um filme asiático)! Adiantarei pormenores quando voltar. Até já!

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Era Uma Vez na China III Aka O Sonho do Guerreiro/Once Upon a Time In China III/Wong Fei Hung ji saam: Si wong jaang ba – 黃飛鴻之三獅王爭霸 (1993)

Origem: Hong Kong

Duração: 107 minutos

Realizador: Tsui Hark

Com: Jet Li, Rosamund Kwan, Lau Shun, Max Mok, Xiong Xin Xin, Paul Wakefield, Hung Yan Yan


"Wong Fei Hung"

Estória

“Wong Fei Hung” (Jet Li) viaja até Pequim, acompanhado do seu interesse romântico, a prima “Yee” (Rosamund Kwan), e do seu fiel discípulo “Lung Foon” (Max Mok). A sua intenção é rever o pai, o mestre “Wong” (Lau Shun).

Cedo os problemas começam a acontecer, com Fei Hung a ver-se envolvido numa disputa entre escolas de kung-fu, que almejam controlar o mundo das artes marciais. Para piorar ainda a situação, um diplomata russo chamado “Tomanski” (Paul Wakefield), começa a assediar a prima “Yee”, provocando desta forma os ciúmes de “Fei Hung”.


"Wong Fei Hung e a prima Yee"

“Tomanski” revela não ser tão dócil e bem intencionado quanto parece, pois está envolvido numa tentativa de assassinato dirigida ao primeiro-ministro chinês. Cabe mais uma vez a “Fei Hung” tentar salvar o dia, impedindo para o efeito o crime que “Tomanski” está a planear. Igualmente convirá dar o passo decisivo na relação com a prima “Yee”, assim como vencer o torneio da dança do leão, organizado pela imperatriz.


"Fei Hung em luta contra as escolas de kung fu rivais"


"Review"

É sempre um grande risco fazer uma sequela de um filme, porquanto as comparações com a película que iniciou a respectiva série serão inevitáveis, levando a primeira longa-metragem normalmente a melhor. Quando enveredamos por um verdadeiro “franchising”, composto por 6 filmes, o risco multiplica-se exponencialmente, e muito provavelmente iremos nos aperceber que a fórmula está gasta, não valendo a pena continuar.

Surpreendentemente, Tsui Hark teve o grande mérito de fazer com que as películas da saga “Era Uma Vez na China” mantivessem uma certa frescura, e que à medida que ia aparecendo um novo filme, igualmente existisse algo de renovador e que fixasse o interesse. E é por esta razão que “Era Uma Vez na China III” consegue ser um filme razoável, e que nos prende um pouco a atenção. É certo que não se pode comparar aos primeiros dois episódios da saga, mas sempre se aproveita alguma coisa.

O pano de fundo histórico continua a ser o mesmo. Estamos perante uma China que se está a abrir para as potências ocidentais, em nome da modernização. No entanto, as grandes potências mundiais da altura, pretendem na realidade dominar o país e aproveitar ao máximo as riquezas e a mão-de-obra que o mesmo tem para oferecer. Isto leva às naturais clivagens sócio-culturais, e os sentimentos nacionalistas florescem. Como já foi aludido aquando da crítica ao primeiro e segundo filme, a saga “Era Uma Vez na China” tem um pendor fortemente nacionalista, usando para o efeito um dos principais heróis populares chineses, Wong Fei Hung. Desta vez, são os russos que andam a urdir conspirações e para aumentar um pouco o interesse, os chineses têm acesso pela primeira vez a mais uma inovação tecnológica, a máquina de filmar.



"Fei Hung Vs. Pernas de Trovão"

Vamos agora ao renovador, as lutas. É certo que mantêm o mesmo pendor tradicional, sustentado por cabos e por acrobacias impossíveis. No entanto, o que é interessante é que sempre se consegue inovar qualquer coisa, dentro do já previamente estabelecido. E neste filme, Tsui Hark resolveu usar e abusar da espectacular dança do leão para introduzir mais alguns golpes dignos de se ver, reinventando assim, de alguma forma, o estilo. Jet Li aparece numa forma espectacular, e longe de qualquer repreensão no que toca à parte mais física da actuação. De facto, no que toca às artes marciais, os anos ’90 foram sem dúvida a época de ouro do actor. Favorece muito o espectro da acção, a participação do actor Xiong Xin Xin, que apesar de não ser dos intérpretes mais conhecidos no que toca ao cinema asiático, é fabuloso nas cenas de kung-fu. Gostei imenso do seu papel em “The Blade”, e aqui o homem volta a demonstrar que tem uns excelentes golpes para vender, e um jogo de pernas do melhor que há. Aqueles pontapés são demais!

Outro factor de extremo interesse e que causa alguma pasmo, tem a ver com a relação romântica mantida entre “Fei Hung” e a prima “Yee”. Existe um evoluir considerável, fazendo com que “Fei Hung” perca a timidez e finalmente decida avançar para o casamento. A pressão exarada pelo vilão “Tomanski” contribui para o facto. O que é verdadeiramente de nos deixar siderados é que “Fei Hung” é beijado na boca pela prima “Yee”! Porquê que o espanto é tanto? Meus amigos, em quantos filmes vocês se lembram de ver Jet Li a ser mais audaz nas cenas mais apaixonadas? O homem é extremamente púdico nestas questões, e as más-línguas costumam afirmar que a influência da esposa Nina Li não é alheia a este facto. Mas quando nos deparamos com Rosamund Kwan a “espetar” um “chocho” na boca de Li, a surpresa emerge automaticamente.

Oferecendo-nos mais uns grandes momentos de artes marciais, “Era Uma Vez na China III” é indicado para os fãs do género, em especial para aqueles que apreciam o trabalho de Tsui Hark nesta saga que viria a marcar uma posição incontornável no espectro de Hong Kong.



"A dança do leão"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 7

Argumento - 6

Banda-sonora - 7

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,38




Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático que está sujeito ao vosso escrutínio, no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.

Nagisa Oshima

Informação

Filmografia (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto basta clicar):

  1. A Town of Love and Hope (1959)
  2. Cruel Story of Youth (1960)
  3. The Sun's Burial (1960)
  4. Night and Fog in Japan (1960)
  5. The Catch (1961)
  6. Shiro Tokisada from Amakusa (1962)
  7. Pleasures of the Flesh (1965)
  8. Violence at Noon (1966)
  9. Band of Ninja (1967)
  10. A Treatise on Japanese Bawdy Song (1967)
  11. Japanese Summer: Double Suicide (1967)
  12. Death by Hanging (1968)
  13. Three Resurrected Drunkards (1968)
  14. Diary of a Shinjuku Thief (1968)
  15. Burglar Boy (1969)
  16. The Man Who Left His Will on Film (1970)
  17. The Ceremony (1971)
  18. Dear Summer Sister (1972)
  19. In the Realm of the Senses (1976)
  20. Empire of Passion (1978)
  21. Merry Christmas, Mr. Lawrence (1983)
  22. Max, Mon Amour (1985)
  23. Kyoto, My Mother's Place (1991)
  24. Taboo (1999)

domingo, fevereiro 03, 2008

Jade Goddess of Mercy/Yu Guan Yin (2003)

Origem: China


Duração: 110 minutos


Realizador: Ann Hui


Com: Vicki Zhao, Nicholas Tse, Liu Yunlong, Sun Haiying, Chen Jianbin, Chen Habao, Fu Qiang, Gao Zhilan, Hong Jiantao, Liu Guanghou, Lun Zhu, Niu Li, Su Jiatong, Tang Jinglin


"An Xin"

Estória

“An Xin” (Vicki Zhao) é uma empregada de limpeza de uma escola de “Taekwondo” em Pequim. “Jang Rui” (Liu Yunlong), um dos alunos, apaixona-se por “An Xin”, aumentando o sentimento à medida que a rapariga vai repelindo os seus avanços. A persistência dá os seus frutos e o casal enceta um relacionamento. As coisas correm bastante bem e “Jang Rui” torna-se como um segundo pai para o pequeno “Xiong”, o filho de "An Xin". Posteriormente “Jang” é preso por corrupção, devido a uma armadilha montada pela ex-namorada. “An Xin” contrata um advogado para defender “Jang”, e desaparece em seguida, deixando uma carta ao seu companheiro.


"An Xin e Mao Jie"


Ao ler a missiva, “Jang” descobre o passado tenebroso de “An Xin”. A rapariga era uma polícia dos narcóticos a prestar serviço na província de Yunnan. Era casada com um jornalista promissor chamado “Tiejun” (Chen Jiabin), que faleceu vítima de um tiroteio, tentando proteger o bebé “Xiong”. A razão para que tal tivesse acontecido passa pelo facto de “An Xin”, quando estava noiva de “Tiejun”, ter mantido uma curta, mas intensa relação paralela com “Mao Jie” (Nicholas Tse), um traficante de droga da zona. “Mao Jie” acaba por ser preso, devido à intervenção de “An Xin”, e os familiares do criminoso são mortos ou detidos.

Voltando ao presente, “Jang” consegue ser ilibado e parte em busca de “An Xin”, para que tudo volte a ser como dantes. O problema é que “Mao Jie” já não se encontra na prisão e embarca numa cruzada de vingança.


"Em luta com os traficantes de droga"


"Review"

Kwanyin (ou Guan Yin) é uma divindade budista, representada por uma mulher, que frequentemente está associada à misericórdia e compaixão. Vicki Zhao bem poderia ser a sua encarnação na terra, atendendo à sua beleza divina e porte celestial. Nenhum homem, no seu perfeito juízo, se importaria de ser alvo da misericórdia e da compaixão dela (Nota: já tinha saudades de atirar uma piada sexista nos meus textos!). Bem, não posso me perder nos devaneios, e vamos lá então escrever um pouco acerca deste filme, até porque as expectativas eram grandes.


Adaptada de um livro do escritor chinês Hai Yan, a realizadora Ann Hui dá forma a um “thriller” que pretende ter tanto de comercial, como de artístico, tentando agradar a todos os fãs de cinema e mais alguns. Em virtude deste facto, a película perde um pouco a sua personalidade própria e acabará por ser apenas mais um filme que detém alguma qualidade, mas que está longe de alcançar o pretendido ou ser algo marcante.

"Tiejun e An Xin"

Abarcando dois dos mais emblemáticos actores de Hong Kong e verdadeiros ídolos da adolescência asiática, a saber, Vicki Zhao e Nicholas Tse, o filme vive sobretudo da boa interpretação evidenciada pela actriz. Pessoalmente entendo que em “Jade…”, Zhao dá corpo a uma das melhores performances que tive a oportunidade de assistir no que toca a esta mulher lindíssima (confesso…já estou a ser repetitivo no que toca aos atributos físicos de Zhao). Em “Jade…”, Zhao tem a oportunidade de representar várias facetas, incorporando o papel de uma polícia dedicada, uma mãe extremosa e uma amante que irradia sensualidade, saindo-se airosamente e com um bom nível em todos os momentos. Chega agora a hora de falar de Nicholas Tse. Por mais que eu tente, não gosto do actor, e essa é que é a verdade. Mesmo assim sempre se admitirá que nesta película, Nicholas Tse cumpre minimamente o que lhe é pedido sem atrapalhar o bom desempenho dos colegas. Contudo, nunca ninguém me convencerá que Tse é um actor que mereça figurar no panteão dos melhores intérpretes de Hong Kong. O seu mérito cinematográfico resume-se apenas a arrancar uns quantos suspiros às adolescentes que não estão com a sua personalidade bem definida. Merecem uma palavra de apreço os actores Chen Jiabin e Liu Yunlong. O primeiro dá uma aura de saudável integridade à personagem de “Tiejun”. O segundo tem um papel extremamente exigente, no sentido de ser muitas vezes o narrador da estória e o veículo de transmissão dos sentimentos da “deusa da misericórdia” “An Xin”.

A trama poderia ser sido alvo de um melhor tratamento. Existem partes do filme que careciam de um desenvolvimento mais aprofundado, em nome da empatia do espectador com as personagens. Outros segmentos pecam precisamente pelo contrário. Enveredam por devaneios inúteis, descartáveis e desinteressantes, que não fazem nada pela qualidade que este filme poderia almejar. A certa altura, a confusão chega mesmo a instalar-se, falhando o equilíbrio entre as cenas de acção e as mais dramáticas, degenerando-se num género qualquer de esquizofrenia.

A banda-sonora tem momentos agradáveis, embora bastante espaçados para o meu gosto. As cenas de acção são bastante típicas do espectro de Hong Kong, com bastante sangue e rajadas de metralhadora para dar e vender. Vicki Zhao tem oportunidade para demonstrar que sabe dar uns pontapés e uns socos, embora esta imagem não assente muito bem à figura doce da actriz, que tantos gostam (eu incluído!).

“Pang” o superior de “An Xin” afirma que não consegue entender o amor, mas que com certeza percebe a esperança. Quanto a mim, julgo que já entendi que Ann Hui terá o seu ponto forte na realização de melodramas, mas actualmente deixa um pouco a desejar no que toca às películas mais viradas para a acção. Isto abrange a mistura de ambos os estilos, presente nesta longa-metragem. “Jade...” merece uma nova interpretação de outro realizador asiático (não um remake americano, por favor!), que se encontre na senda de um John Woo ou de um Johnny To.


"Jang Rui parte em busca do seu destino"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 8

Argumento - 7

Banda-sonora - 7

Guarda-roupa e adereços - 7

Emotividade - 8

Mérito artístico - 7

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação Final - 7,38