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sábado, janeiro 06, 2007

Street Fighter II - Animação/Street Fighter II - The Animated Movie (1994)

Origem: Japão

Duração: 101 minutos

Realizador: Gisaburo Sugii

Vozes das personagens (versão japonesa/americana): Kôjiro Shimizu/Skip Steelrecht (Ryu), Kenji Haga/Eddie Frierson (Ken Masters), Miki Fujitani/Mary Briscoe (Chun Li), Masane Tsukayama/Kirk Thornton (Guile), Daisuke Gôri/Richard Epcar (Edmond Honda), Shigezô Sasaoka/Peter Spellos (Sagat), Jôji Nakata/Phil Mathews (Lord M. Bison)

"Ken Masters"

Estória

A organização "Shadowlaw" é um mega grupo criminoso, que se dedica ao tráfico de armas e de droga, cuja influência se propaga a nível mundial, chegando a provocar a queda e ascensão de governos. O seu líder é o poderoso e infame "Lord Bison", sendo auxiliado pelos lugares-tenentes "Sagat", "Vega" e "Balrog".

O FBI e a Interpol, nas pessoas da agente chinesa "Chun Li" e do capitão do exército norte-americano "Guile", tudo fazem para exterminar esta organização criminosa, e descobrem a última conspiração levada a cabo por "Bison".

"Ryu"

Pelos vistos, o líder da "Shadowlaw" anda à procura do mais poderoso guerreiro existente nos últimos anos, de seu nome "Ryu". O problema é que "Ryu" deambula pelo mundo inteiro, procurando estar sempre em contacto com novas culturas e povos, dificultando imenso o objectivo de "Bison" em encontrá-lo e recrutá-lo.

Eventualmente, "Bison" encontra um substituto à altura em "Ken Masters", um campeão de artes marciais norte-americano, que estudou em jovem com "Ryu", sob a orientação do mesmo mestre.

"Bison" captura "Ken", e faz-lhe uma lavagem cerebral, lançando-o contra os seus inimigos, incluíndo "Ryu". Quem vencerá a batalha?

"O vaidoso Vega furioso por ver a sua beleza afectada"

Review

Antes de pronunciar-me propriamente acerca do filme, permitam-me que partilhe convosco algumas singelas recordações da minha adolescência, e que estão intimamente ligadas a "Street Fighter II", mais propriamente ao jogo.

A primeira consola de jeito que eu tive foi uma "Sega Megadrive" que os meus pais ofereceram-me por altura do Natal, já nem sei dizer há quantos anos. Muitos mesmo! Nesse glorioso dia, em que descerrava o embrulho, reparei que além da consola e do jogo que vinha de oferta ("Sonic, the Hedgehog"), vinha um pequeno embrulho acoplado. Era nada mais, nada menos que o jogo "Street Fighter II", e uma relação de grande amizade iniciou-se.

Posteriormente, já na média adolescência, aí pelos 14-15 anos, comecei a frequentar um salão de jogos que ficava no Centro Comercial Bom Jesus, aqui no Funchal, e o "Street Fighter II" era o jogo obrigatório para todos os que se divertiam por aqueles lados, chegando a realizarem-se torneios bem empolgantes, eh, eh, eh!

Perdoem-me este pequeno devaneio pessoal, mas quis apenas ilustrar que "Street Fighter II" foi um jogo de computador muito marcante para mim, e porventura para muitos dos que estarão a ler este "post" Passemos então ao filme.

Não concordo muito com aqueles que insistem em afirmar que quando estamos perante um "anime" de artes marciais, o enredo e o desenvolvimento das personagens assumem um carácter secundário, interessando apenas a acção e nada mais. São opiniões válidas, e que respeito imenso, mas sou claramente obrigado a discordar. Para mim um enredo muito bem desenvolvido, com personagens muito bem caracterizadas, são condição essencial para que se obtenha uma película com um mérito de se apreciar. Atendendo a esta consideração, "Ninja Scroll" por exemplo é um bom filme, infelizmente já não posso dizer o mesmo de "Street Fighter II", para mal dos meus pecados...

"A agente da Interpol Chun Li"

As falhas argumentativas abundam. Com a excepção de "Ken" e "Ryu", as restantes personagens são bastante mal-tratadas a nível do seu desenvolvimento pessoal. Resumindo: Praticamente a única preocupação que se teve foi a tentativa em expor as impressionantes capacidades de combate dos intervenientes.

As lutas que deveriam ter supostamente servido de pilar para que este "anime" pudesse ser algo acima da média, acabam por ser eivadas de uma certa banalidade. Para ser sincero, os únicos dois combates que mexeram um pouco comigo foram os travados entre "Ryu" e "Sagat" no início do filme, e principalmente o de "Chun Li" com "Vega" no quarto de hotel. Este último tenho que reconhecer que foi deveras impressionante. Fossem todos assim!

A animação é competente, embora não seja nada do outro mundo, comparado com o que já nos habituamos a ver dos produtos nipónicos. E ela só não é mais elogiada por esta mesma razão, pois estamos a falar de um produto oriundo do país do sol nascente. Provavelmente se o filme fosse originário de uma outra qualquer nação, estaria a tecer grandes considerações acerca da beleza, dos ãngulos de câmara, etc.

Uma última palavra para a banda-sonora, que é muito fraca na versão japonesa. Pelo contrário, na versão ocidental é quase fabulosa! A nota abaixo foi dada, tendo em conta que vi a versão original, com uma música de qualidade muito inferior.

"Street Fighter II" é uma película banal, que não faz jus ao jogo em que é baseada. Acaba no entanto por fugir da completa mediocridade do filme protagonizado por Jean Claude Van Damme, esse sim um atentado a uma das maiores lendas dos "arcades".

Mais ou menos, sendo mais para menos!

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: AnimeHaus

Esta crítica encontra-se igualmente disponível "on line" em ClubOtaku

Avaliação:

Entretenimento - 8

Animação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 6

Emotividade - 7

Mérito artístico - 7

Gosto pessoal do "M.A.M." - 6

Classificação final: 6,86

"Lord Bison desfere um violento ataque em Ken Masters"





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