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quarta-feira, maio 03, 2006

Os Guerreiros da Montanha/Zu Warriors/ Shu shan zheng zhuan (2001)

Origem: Hong Kong/China

Duração: 77 minutos

Realizador: Tsui Hark

Com: Ekin Cheng, Cecilia Cheung, Louis Koo, Patrick Tam, Kelly Lin, Sammo Hung, Zhang Ziyi, Jacky Wu, Lau Shun

"Dawn medita num belo pano de fundo"

Estória

As montanhas de "Zu" constituem a morada dos deuses cuja principal função consiste em velar pelo equilíbrio do mundo e da civilização, um pouco à semelhança do Olimpo da mitologia grega. Acontece que uma destas divindades, o poderoso e diabólico "Insomnia" rebela-se contra os seus pares e tenta conquistar o poder pela força. Os exércitos do reino mítico de "Omei" congregam-se para dar luta a "Insomnia". Deste fantástico exército destaca-se "King Sky" (noutras versões "Blue Wolf"), que possui como arma principal, o fabuloso "Disco Lunar", que herdou da sua falecida mestre e apaixonada, "Dawn".

"Dawn explica ao seu discípulo e amante King Sky, os poderes do maravilhoso Disco Lunar"

Apesar de "Dawn" ter sido assassinada por "Insomnia" há 200 anos atrás, "King Sky" depara-se com a sua reincarnação amnésica "Enigma", que é uma das deusas que lidera as tropas de "Omei". "Enigma" em conjunto com a reicarnação do seu irmão "Hollow", voam para a batalha chefiados pelo deus mais poderoso de "Omei" chamado "White Eyebrows", conseguindo afugentar "Insomnia" para a "Caverna do sangue".

"Red Hawk", uma divindade possuidora de umas fantásticas asas de metal que tanto servem para voar, como para lutar, fica encarregue da vigilância da "Caverna do sangue" e das movimentações do inimigo. No entanto, é enganado pelos ardis de "Insomnia" e passa para o lado das forças do mal. O deus do mal sentindo-se suficientemente poderoso, decide lançar um ataque decisivo contra "Omei", criando desta forma as condições para a batalha final que irá decidir quem terá o controlo das montanhas de "Zu" e consequentemente do mundo.

"King Sky tenta dominar o Disco Lunar"

"Review"

Tenho dificuldades em opinar acerca desta película, atendendo à grande confusão argumental que o filme padece, deixando o espectador completamente "à nora" em determinados momentos. Mesmo assim, e como não poderia deixar de ser, darei o meu melhor.

A primeira ideia a reter é que este filme foi criado com o intuito quase exclusivo de deslumbrar o espectador com os seus efeitos especiais. O que dizer quanto a estes?

Numa primeira aproximação, convém desde já dizer que não estamos perante um clássico filme de artes marciais. As personagens literalmente voam, atiram raios e coriscos uns aos outros, brandem espadas místicas com 10 ou 15 metros de comprimento, etc. Falamos pois de um filme de super-heróis, que por acaso até são deuses. Em todo o filme, existe apenas o registo de uma luta convencional, travada entre "Ying" (a reincarnação de "Hollow") e "Joy", uma mortal cujo sonho de uma vida é conhecer os deuses.

As armas sagradas dos deuses são em regra muito interessantes de se ver. Destaco desde já o "Disco Lunar" de "King Sky", que constitui um verdadeiro regalo para os olhos! Adoro ver a graciosidade de movimentos e o poder que este artefacto transmite! Outra arma que merece bastante atenção é a possuída por "White Eyebrows", designada por "Escudo do Céu", uma eficaz protecção que repele quase todo o tipo de ataques.

"King Sky e Red Hawk conferenciam numa noite de lua cheia"

As interpretações são à semelhança do enredo uma total confusão. Parece que os actores decoraram tudo à pressa e debitaram as falas "às três pancadas", degenerando na incongruência total. A desilusão ainda é maior, quando estamos perante um elenco de luxo claramente subaproveitado. Veja-se o exemplo da personagem interpretada por Zhang Ziyi, totalmente desfasada do filme, "sem ponta por onde se lhe pegue".

No entanto cumpre dar uma pequena palavra de apreço para Ekin Cheng, o actor que corporiza "King Sky". Apesar do seu "acting" ser igualmente pouco mais do que medíocre, salva-se da tragédia geral devido ao seu ar circunspecto e sonhador, o que lhe dá uma aura muito "cool". O romance protagonizado primeiro com "Dawn" e posteriormente com "Enigma" (ambas interpretadas pela belíssima Cecilia Cheung), tem momentos verdadeiramente ternos e bonitos, sendo bem acompanhados por uma música de cariz sentimental. Claro que depois vem mais uma sem nexo nenhum e lá se vai o romantismo e tudo o resto ao ar!

Tenho que confessar que não sou grande fã de Tsui Hark. Isto dito assim parece uma heresia e uma verdadeira afronta a todos aqueles que adoram o cinema proveniente de Hong Kong. Vi o seu último trabalho "Sete Espadas", e apesar do filme ter os seus bons momentos, a minha opinião não mudou muito. À primeira vista, deste realizador gostei da saga "Era Uma Vez na China" e pouco mais. Perdoem-me, mas é a minha opinião.

"Os Guerreiros da Montanha" é um filme que possui algumas cenas que ficarão na memória, mas sinceramente o resto é para esquecer. Deste género, prefiro 1000 vezes "The Storm Riders".

Medíocre, quase no mediano!

"King Sky ladeado das forças do bem de Omei"


Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português:

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 5

Argumento - 6

Guarda-roupa e adereços - 9

Banda-sonora - 6

Emotividade - 7

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 5

Classificação final: 6,75





































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