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domingo, junho 10, 2007

Dead Leaves, o Filme/Dead Leaves/Deddo Ribusu - デッド リーブス (2004)
Origem: Japão
Duração: 52 minutos
Realizador: Hirouki Imaishi
Vozes das personagens: Kappei Yamaguchi (Retro), Takako Honda (Pandy), Kiyoyuki Yanada (777), Mitsuo Iwata (666), Nobuo Tobita (Drill), Wataru Takagi (Dr. Quack), Yuko Mizutani (Galática), Masami Iwasaki (Sargento)
"Pandy e Retro"

Estória

Duas personagens bizarras acordam amnésicos no meio de nenhures. Uma tem um estranho círculo cor-de rosa à volta do olho (“Pandy”), a outra tem uma televisão como cabeça (“Retro”).

Usando de capacidades físicas superiores, assaltam um banco e combatem ferozmente a polícia, lançando o caos e a destruição pela urbe onde se encontram. Eventualmente acabam por ser detidos, e enviados para a prisão de máxima segurança, situada no que resta da lua, conhecida como “Dead Leaves”. O presídio é comandado por uma estranha personagem chamada “Galática”.

"Galática"

“Dead Leaves” revela ser um local com uma disciplina brutal, em que os prisioneiros encontram-se envoltos em coletes de forças e transportados através de ganchos, à semelhança de um talho ou de uma qualquer unidade industrial de fabricação.

“Retro” e “Pandy”, através da cedência aos seus impulsos sexuais, acabam por se libertarem dos seus coletes de forças, e acabam por dirigir um gigantesco motim na prisão, tendo em vista escaparem do seu cativeiro. Pelo caminho, enfrentando os seus antagonistas, descobrirão os aspectos da sua vida que não se conseguem lembrar e que estão intimamente ligados a “Dead Leaves”.

"777 faz uma demonstração do seu poderoso arsenal"

"Review"

Quando me pedem para falar em “Dead Leaves”, “estranho” é a primeira palavra que me ocorre, a segunda porventura será “bizarro”, a terceira “empolgante”, e já que estou numa de adjectivação, venha lá acima de tudo a expressão “original”.

A obra dirigida por Hiroyuki Imaishi, impressiona desde logo por um estilo de animação pouco convencional, e que não estamos habituados a ver na generalidade dos “animes”. Não quero com isto dizer, que não exista uma variedade de estilos distintos na concepção da animação japonesa. Negá-lo seria ser redutor ou até mesmo mentiroso. No entanto, sempre poderemos encontrar alguns pontos de contacto entre os diversos segmentos. Em “Dead Leaves”, isso claramente não acontece, pois dos animes que conheço, não consigo relacionar absolutamente nenhum com este. Tentar descrever a arte gráfica usada no filme seria fastidioso, e emanado por uma pessoa que não tem conhecimentos suficientes na matéria. O melhor mesmo é contemplarem as fotos que acompanham o presente texto, e fazer fé no que o executivo da “Manga Entertainment” Kaoru Mifune diz ao estereotipar “Dead Leaves” como uma peça de “arte moderna abstracta”. Seja lá o que isso quer dizer, atendendo a este contexto em concreto!

A acção neste “anime” é frenética e extremamente contagiante. Para tanto muito contribui a realização de Imaishi, que aposta em diversos e distintos ângulos de câmara em segundos, a uma velocidade alucinante, o que dá uma sensação de movimento bastante elevada. Como contraponto, tal poderá ser, a certa altura, muito confuso para o espectador, obrigando-nos a fazer uns “rewinds” para verdadeiramente percebermos o que se passou.


"Pandy em acção"

O argumento é relativamente simples, mas atendendo à curta duração do filme (52 minutos), cumpre os seus propósitos. A estória aqui não tem tanta importância. O que se pretende demonstrar acima de tudo é uma arte diferente, acompanhada de vários elementos acessórios, mas importantes. A saber, a já aludida acção frenética, acompanhada de muito sangue e balas, para além de uma comédia muitas vezes associada a depravação sexual (calma! Eu não sou assim tão pudico! Estou apenas a ser politicamente correcto, eh, eh, eh!).

“Dead Leaves” constitui uma proposta interessante, ideal para os menos conservadores e que pretendem uma “lufada de ar fresco” no que toca à animação japonesa. Pelo contrário, não agradará muito àqueles que pretendem assistir a um “anime” dotado de maior profundidade argumentativa, com cenas idílicas de sonhar e chorar por mais. Este filme é bruto, mas não deixa de ser apaixonante à sua maneira!

Parafraseando o realizador Hiroyuki Imaishi, “vejam-no como se tivessem 14 anos”, embora eu ache que este “anime” será mais adequado para os maiores de idade. Mas como dizia a minha avó “os tempos são outros”, e já quando eu era adolescente, notavam-se fortes ventos de mudança!

Atrevam-se a visioná-lo!

"Os guardas da prisão levam a sua dose"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: AnimeHaus

Avaliação:

Entretenimento - 9

Animação - 8

Argumento - 7

Banda-sonora - 7

Emotividade - 8

Mérito artístico - 9

Gosto pessoal do "M.A.M" - 7

Classificação final: 7,86





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