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sábado, abril 21, 2007

Kai Doh Maru - O Filme/Kai Doh Maru (2001)

Origem: Japão

Duração: 45 minutos

Realizador: Kanji Wakabayashi

Vozes (versão inglesa): Mitsuki Saiga (Kentoki Aka Kai Doh Maru), Bruce Winant (Lorde Raikou), Jay Sinder (Sadamitsu), Flavio Romeo (Asuna), Corine Orr (Princesa Oni), Don Puglisi (Suetake)

"Asuna e Kai Doh Maru conversam acerca de algo de estranho que estão a ver"

Estória

No período da história do Japão conhecido como Heian, “Kentoki” vê o seu pai, um pequeno nobre rural, ser morto pelo tio, num conflito que visa conquistar o poder do feudo. A razão para que tal evento suceda passa pela intenção do pai de “Kentoki” em designar como seu sucessor a filha, em detrimento do irmão.

“Kentoki” é salva da morte pelo célebre samurai Lorde “Raikou Minamoto”, o líder da guarda pessoal do primeiro-ministro, um xógun da clã Fujiwara.

"Lorde Reikou e Kai Doh Maru"

A rapariga é criada por “Raikou” como um homem, sendo educada na arte do combate e da guerra, e cinco anos depois junta-se ao corpo guerreiro liderado pelo seu salvador, conhecido como os “Quatro Cavaleiros”. Para além do seu nome próprio, a heroína passa igualmente a ser identificada como “Kai Doh Maru”.

A certa altura, uma figura do passado da rapariga ressurge na pessoa da Princesa “Oni”, prima de “Kai Doh Maru”, e filha do tio que tentou assassiná-la. “Oni”, sob o feitiço de um estranho ser, julga que a prima encontra-se em cativeiro contra a sua vontade, e engendra um plano para salvá-la, o que irá provocar um rasto de sangue e destruição.

"As estranhas raparigas gémeas, acompanhadas do samurai Sadamitsu"

"Review"

Por força do meu gosto pessoal pela ciência histórica, em especial pela vertente político-militar, e já agora por lendas e épicos medievais, tenho uma tendência natural para, transportando isto para o campo do “anime”, deter uma especial predilecção por filmes como “Ninja Scroll” ou “Vampire Hunter D”. Era pois com alguma expectativa que aguardei o visionamento de “Kai Doh Maru”, mesmo sabendo que a película possuía apenas 45 minutos de duração, e por esta razão não haver espaço a grandes desenvolvimentos a nível de enredo e afins.

O realizador Kanji Wakabayashi, auxiliado pela equipa da “Production I.G.”, cria uma animação diferente da que estamos habituados, e praticamente sem pontos de contacto com outros animes (pelo menos com os que eu tive oportunidade de ver). Os tons de claros de pastel são lei, dando sempre uma aura algo esvanecida à película. A verdade é que durante todo o tempo, parecemos ver o filme coberto por uma ténue cortina de nevoeiro. Segundo o autor, o objectivo foi honrar a arte típica do período Heian. Pessoalmente, tenho que admitir que em certos momentos este factor funciona muito bem, principalmente no que se refere a reforçar a transmissão do factor histórico-trágico da trama. Também cumpre dizer que no tocante às cenas de acção, esta técnica já não é tão feliz, pois não podemos apreciar condignamente a movimentação das personagens. Mesmo assim, algo de positivo resulta nos combates, passando principalmente pela acentuação natural do vermelho ilustrativo do sangue derramado/jorrado.

"Os sequazes da princesa Oni"

Como anteriormente foi aludido, não se pode pedir muito ao enredo, atendendo à curta duração do filme. A ideia é boa, embora não muito original. Tem o condão de focar uma estória pessoal num período característico da vida do país do sol nascente, aspecto sempre atractivo para o signatário do presente texto. Pouco mais haverá a dizer, atendendo às naturais lacunas originadas pelos motivos apontados, e que fazem o espectador ficar com várias dúvidas e praticamente nenhuma resposta.

De resto, a habitual violência deste género de animes faz com que “Kai Doh Maru” não seja um filme dirigido a um público infantil, tendo, isso sim, o seu alvo apontado para adolescentes e adultos. Existe igualmente a velada estória de amor, a certa altura rodeada de um certo contorno reconducente ao lesbianismo.

Valerá acima de tudo pelo facto de podermos apreciar um estilo de animação diferente do normal, mas não é um “Ninja Scroll” com certeza!

"A violência por vezes impera no filme"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 7

Animação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 7

Emotividade - 7

Mérito artístico - 7

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7







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