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domingo, março 18, 2007

A Chinese Odyssey Part Two: Cinderella/Sai yau gei: Daai git guk ji - Sin leui kei yun (1995)

Origem: Hong Kong/China

Duração: 100 minutos

Realizador: Jeffrey Lau

Com: Stephen Chow, Athena Chu, Ng Man Tat, Ada Choi, Law Kar Ying, Karen Mok, Yammie Nam, Lee Kin Yam, Jeffrey Lau

Atenção - Spoilers!!!

Caso não tenha visto "A Chinese Odyssey Part One: Pandora's Box", não deverá continuar a ler o presente "post", pois parte do enredo daquele filme poderá ser eventualmente revelado!!!

"O Rei Macaco"

Estória

Em "A Chinese Odyssey Part One: Pandora's Box", "Joker" (Stephen Chow) tinha usado abundantemente a "Caixa de Pandora" para viajar no tempo, tendo em vista impedir o suicídio do seu amor, a mulher-demónio "Jing Jing" (Karen Mok). Embora tendo sido bem sucedido no seu objectivo, acaba por inadvertidamente recuar 500 anos em relação à época dos eventos do filme anterior.

O herói acaba por conhecer uma bela imortal chamada "Lin Zixia" (Athena Chu), que reclama para si a "Caixa de Pandora", acabando por apaixonar-se por "Joker", atendendo a que ele é o único que consegue desembainhar a espada de "Lin", para além de ela própria. "Joker", por seu lado começa a ter sérios problemas com "Lin", pois a deusa possui uma dupla personalidade muito "sui generis".

Ao mesmo tempo, chega ao conhecimento de "Joker" que "King Bull" raptou "Longevity Monk", o único ser capaz de o transformar de novo no "Rei Macaco".

"Lin Zixia e Joker"

"Joker" parte para o seu destino final, quando em conjunto com "Piggy" e o seu outro companheiro, decidem libertar "Longevity Monk". A confusão aumenta ainda mais, quando "Joker" apercebe-se que "Lin" igualmente foi raptada por "King Bull", tendo em vista o casamento com este demónio. Como se não bastasse, "Joker" é apanhado nas malhas do matrimónio, e vê-se forçado a juntar-se à irmã de "King Bull". A situação ainda piora mais, quando a primeira mulher de "King Bull" apaixona-se pelo protagonista!

Após reunir-se brevemente com "Jing Jing", "Joker" apercebe-se que na realidade o seu coração pertence a "Lin". Sem mais nada a perder, o herói aceita o seu destino e torna-se de novo no "Rei Macaco", decide lutar com "King Bull" e viajar até à Índia para recuperar umas escrituras sagradas do budismo, tentando cumprir desta forma a demanda "Jornada para Oeste".

"Lin Zixia luta contra King Bull"

"Review"

O prometido no anterior "post" foi cumprido muito mais rápido do que eu esperava, e eis-me aqui no dia seguinte a rever o segundo episódio da saga "A Chinese Odyssey". Como já tinha referido anteriormente, os aspectos técncos não serão tão considerados, pois mantem-se essencialmente o que foi dito neste particular em relação a "Pandora's Box".

Mesmo assim não custa nada fazer um apanhado geral.

As cenas cómicas têm os seus altos e baixos, destacando-se aqui no segundo episódio da saga a piada enorme das cenas iniciais em que "Joker" tenta entrar na caverna da "Teia de Aranha" (que tem a sua designação sucessivamente alterada para "Cascata" e depois para "Buda") e apanha sistematicamente com a porta a desabar em cima de si. A comédia igualmente tem vários bons momentos, quando finalmente o "Rei Macaco" resolve aparecer com mais continuidade, revelando-se uma personagem completamente alucinada e cheia de piada! Uma palavra simpática para "Longevity Monk", personagem interpretada por Law Kar Ying. Os seus devaneios e dotes para o canto entediam até um asceta, e conseguem-nos fazer sorrir.

O entretenimento consegue ser ainda maior do que na primeira parte, com verdadeiras cenas fabulosas de "wire fu", da responsabilidade do mestre Tony Ching Siu Tung. É normal que assim aconteça, pois estamos a chegar ao epílogo e aos grandes clímaxes da epopeia, fazendo com que tudo se desenrole de uma forma que nos tira por vezes a respiração no bom sentido.

Quanto à caracterização e aos efeitos especiais, remete-se para tudo o que já foi dito anteriormente a propósito de "Pandora's Box".

"Em desespero, Joker solicita que o flagelem"

Vou agora tão-só tentar explicar sumariamente, o porquê de "Cinderella" constituir um filme superior a "Pandora's Box", e isto resume-se essencialmente a quatro motivos: 1º o facto de ser o epílogo, e isto ajudar imenso ao desenrolar da acção, quando bem feito (senti o mesmo em relação à trilogia do Senhor dos Anéis, em que achei a parte final da saga "O Regresso do Rei" claramente o melhor filme), e quanto a isto não há nada mais a dizer; 2º Athena Chu; 3º o romance; 4º finalmente o aparecimento continuado do "Rei Macaco".

Athena Chu é sem dúvida nenhuma uma actriz encantadora e com muito mérito. Só tenho pena de não conhecer muito do seu trabalho. O papel de "Lin Zixia" que representa em "Cinderella" é magnificamente executado, e faz-nos sonhar de diversas formas. O seu encanto é inegável, e dá uma pujança a esta película que de certa forma falta à primeira parte da epopeia, em que Karen Mok e Yammie Lan tentam dar o toque feminino essencial. Por mais que estas duas actrizes se esforcem, estão a milhas de Athena Chu em todos os aspectos. Pelo menos, neste trabalho isto nota-se claramente! Uma palavra de apreço para Takeo Maruyama, o homem forte do "Asian Fury" , e fã incondicional da actriz. Digo isto pois há uns tempos trocamos uns comentários, no "post" deste blogue referente à biografia de Maggie Cheung e o caro Takeo defendeu galhardamente os atributos de Athena Chu. Pois digo-lhe uma coisa caro colega, a mulher é "uma gracinha", como dizem no Brasil e é boa actriz! Sei que isto não fica bem numa crítica, mas tinha que ser dito!

O romance ajuda imenso a cativar o espectador, sendo bastante bem conseguido, ajudando a que Stephen Chow, de uma forma inesperada, demonstre que tem dotes para o drama. Auxiliado pela belíssima Athena Chu, acho que até um cubo de gelo transformaria-se num sol incandescente!

Por fim, o aparecimento do "Rei Macaco" é um bálsamo que eleva o filme para uma dimensão superior e ajuda Stephen Chow a fazer, porventura, um dos melhores, senão o mais significativo papel da sua carreira! A representação é brilhante, e obriga Chow a dar tudo o que tem e não tem! Bravo!

Com esta comédia posso eu bem sobreviver e apreciar!

"Longevity Monk, o mestre do Rei Macaco"

Trailer - Não encontrado!, The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 8

Argumento - 8

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8







2 comentários:

Anónimo disse...

Pelo visto, você também se apaixonou pela Athena Chu, não? O carisma e a beleza dela são simplesmente incomparáveis!!!

Quanto à saga, eu acho que a obra teria funcionado melhor se fosse um único filme de 3 horas. Analizando a obra separadamente, gostei mais da primeira parte justamente por não ser tão movimentada quanto a segunda. Por ter ação muito frenética, o segundo não prendeu tanto a minha atenção quanto o primeiro, mas gosto muito da obra como um todo.

E claro, o humor típico de Stephen Chow (que, convenhamos, não é pra todos os gostos...) é o que faz a diferença entre A Chinese Odyssey e outros wuxias/swordsplays. Eu gosto muito dos filmes dele!

Jorge Soares Aka Shinobi disse...

Tem razão Takeo, de facto nunca tinha reparado muito no trabalho de Athena Chu, mas em Chinese Odyssey ela brilha até não mais poder!
Concordo consigo quando diz que o filme teria funcionado muito melhor como um todo, mas penso que na altura devem ter usado tácticas de marketing, por forma a rentabilizar melhor o filme comercialmente, mas daí não sei, é só uma suposição!
Pessoalmente, gostei mais do segundo filme, pelas razões que apontei, embora a primeira parte seja interessante.
O Stephen Chow não é dos meus actores de eleição, embora reconheça que o seu mérito é incontestável no panorama do cinema asiático.

Abraço!