"MY ASIAN MOVIES"マイアジアンムービース - UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!!

domingo, setembro 30, 2007

Votações do "My Asian Movies"

Outros quatro ilustres actores e actrizes asiáticos que estão a votação no "My Asian Movies":

Brigitte Lin
Sammo Hung

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Os Guerreiros da Montanha, Os Guerreiros da Montanha - versão 1983

Takako Matsu

Informação

Filmes em que participou, criticados no My Asian Movies": April Story, A Espada do Samurai

Hiroyuki Sanada

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": The Promise, Ring - A Maldição



sábado, setembro 29, 2007

Votações do "My Asian Movies" - último balanço

Caros amigos e visitantes deste blogue. Cumpre aqui fazer o balanço trimestral dos resultados das votações que estão a decorrer aqui no “My Asian Movies”. Será o último a ser feito, pois a “consulta popular” irá decorrer até dia 1 de Janeiro, à meia-noite. Nesse mês irão ser publicados os resultados finais, e ficaremos a saber qual a actriz e actor asiáticos preferidos dos visitantes deste espaço. Sendo assim:
Actriz Asiática Preferida
Zhang Ziyi (33 votos)
Gong Li (20 votos)
Cecilia Cheung (12 votos)

Aqui acho que temos quase uma vencedora antecipada, embora ainda muito possa ocorrer. A actriz Zhang Ziyi, provavelmente a intérprete asiática mais conhecida no ocidente, está a demonstrar a sua força. Segue-se a uma certa distância a musa do cinema chinês, a fantástica Gong Li, que possui igualmente uma votação digna de se ver. Em terceiro lugar, e já a uma certa distância, vai a bela Cecília Cheung, a “Mrs. Nicholas Tse” (grr…há gente com sorte neste mundo!!!). Com alguma relevância, temos ainda que contar com Maggie Cheung (11 votos), Shu Qi (10 votos), Jeon Ji-hyun (9 votos), Aya Ueto (7 votos) e Lucy Liu (7 votos).

Actor Asiático Preferido

Bruce Lee (29 votos)

Jet Li (24 votos)


Jackie Chan (23 votos)

Nesta votação já não existe a discrepância revelada na anterior. O eterno dragão Bruce Lee lidera, mas é seguido de perto por dois monstros do cinema asiático. O versátil Jet Li e a lenda Jackie Chan prometem luta até final. De uma coisa acho que não restarão dúvidas. Previsivelmente, estes três actores são os mais populares representantes do cinema oriental e provavelmente constituirão no final o pódium. Com alguma votação relevante, embora a uma distância considerável, temos Tony Leung Chiu Wai (12), Choi Min-sik (10), Toshiro Mifune (9), Takeshi Kaneshiro (7) e Tony Jaa (7).

Continuarei a postar semanalmente o perfil de actrizes e actores asiáticos que estão aqui a votação, com “links” para informação e filmes criticados aqui no blogue.






segunda-feira, setembro 24, 2007

Kung-Fu-Zão/Kung Fu Hustle/Kung Fu - 功夫 (2004)

Origem: Hong Kong

Duração: 95 minutos

Realizador: Stephen Chow

Com: Stephen Chow, Lam Chi Chung, Yuen Qiu, Yuen Wah, Eva Huang, Chan Kwok Kwan, Tin Kai Man, Feng Xiaogang, Lam Suet, Yuen Woo Ping, Yuen Cheung Yan, Lam Chi Sin, Wellson Chin, Dong Zhi Hua, Hsiao Liang, Chiu Chi Ling, Leung Siu Lung, Xing Yu, Zhang Yi Bai, Fung Min Hun

"Sing"

Estória

A Xangai da década de 1930 é completamente controlada pelas tríades, sendo o grupo mais forte o “Gang do Machado”. A polícia não intervém pois teme o crime organizado, além de ser altamente subornada pelos criminosos. Os únicos locais ainda seguros são os bairros pobres, que não despertam interesse nenhum nas máfias. Num desses bairros, conhecido como “pocilga”, vive um casal que arrenda todas as casas do sítio. O senhorio (Yuen Wah) é completamente dominado pela mulher (Yuen Qiu) que possui um feitio irascível, que todos temem.

“Sing” (Stephen Chow) e “Bone” (Lam Chi Sin) são dois pequenos escroques, cujo sonho é serem admitidos no “Gang do Machado”. Certo dia, ao tentarem enganar os habitantes do bairro da “pocilga”, acabam por atrair a tríade e provocar um confronto, do qual os moradores saem vencedores. A razão para tal é que por detrás de pessoas aparentemente inofensivas, existem verdadeiros mestres de artes marciais tais como o padeiro (Dong Zhi Hua), o alfaiate (Chiu Chi Ling) e o carregador (Xing Yu).

"Fong"

Humilhado pela derrota, o “Irmão Sum” (Chan Kwok Kwan), contrata um duo de assassinos experimentados, que vencem os 3 mestres de artes marciais, mas que surpreendentemente acabam por perder para com o senhorio e a sua intratável esposa. “Sum” decide então recorrer a “Sing”, e contrata-o para libertar “Monstro” (Leung Siu Lung), que se encontra preso num manicómio e é considerado o maior assassino da história.

“Monstro” luta com o senhorio e a esposa, mas estes são ajudados inesperadamente por “Sing” e conseguem escapar. “Sing”, bastante ferido, é curado pelo casal e o seu “qi” (“chi” – força vital) é finalmente libertado, revelando-se o rapaz como um exímio mestre de artes marciais, que domina a técnica sagrada da “palma de Buda”.

As condições estão criadas para o grande confronto entre o “Gang do Machado”, agora liderado por “Monstro”, e um solitário “Sing”. Uma batalha épica irá ocorrer!!!

"O estranho casal de senhorios do bairro da pocilga"

"Review"

Hoje em dia, uma comédia de artes marciais protagonizada e realizada por Stephen Chow é sinónimo de um sucesso antecipado, não só a nível do continente asiático, mas igualmente no mundo inteiro. Chow significa dinheiro vivo e boas receitas de bilheteira. Embora eu esteja muito longe de ser um fã de comédias, e por isso mesmo Stephen Chow e Jackie Chan não recolham muito a minha preferência, sou forçado a reconhecer que Stephen Chow significa igualmente entretenimento e os seus filmes um bocado bem passado e descontraído. Para nos libertarmos um pouco do “stress” do dia-a-dia, não há nada como um filme de Stephen Chow. E desde os tempos em que o actor descobriu as maravilhas do CGI, esta premissa assume mais relevância, e ao contrário do que alguns pensavam, Chow atingiu outros patamares. Se uns gostam e outros não, isso já é outra conversa…

Quando “Kung Fu Hustle” viu a luz do dia, a expectativa em torno da película fez com que a mesma fosse praticamente um sucesso antecipado, muito por culpa do furor que “Shaolin Soccer” tinha feito três anos antes. E de facto o êxito de “Kung Fu Hustle” foi algo digno de se ver. Grandes receitas de bilheteira, e não apenas em Hong Kong. Dezassete prémios ganhos em vários certames de cinema, para além de 26 nomeações entre as quais uma para o “Globo de Ouro” para o melhor filme estrangeiro, e outro para o prémio BAFTA referente ao melhor filme não falado em inglês. Um inquestionável e excelente cartão de visita!

Que dizer do filme?

À semelhança do já aludido “Shaolin Soccer”, o estilo “cartoon” é incontornável. Aliás, em “Kung Fu Hustle”, esta característica ainda acaba por ser mais premente. Corridas à “Roadrunner” (Papa-léguas em Portugal), personagens que chocam com violência na parede e escorregam pela mesma suavemente, lutas em que os intervenientes são literalmente arremessados pelo ar num estilo muito semelhante a “The Matrix”, etc, etc, etc. O mesmo será dizer, uma loucura total (e porque não uma "Kung-Fu-Zão", um trocadilho com "confusão", sem ser depreciativo)!!!

"O Gang do Machado"

Pelas razões expostas no parágrafo anterior, “Kung Fu Hustle” vive quase completamente sob o signo do entretenimento. Tudo o resto assume um papel secundário. É certo que existe uma estória que é relativamente bem construída, embora simples e longe de ser original. Não se duvida que os adereços e a banda-sonora constituem bons acessórios. Mas neste filme de Stephen Chow, os espectaculares efeitos especiais e a comédia são verdadeiramente a lei!

Julgo que ninguém pode duvidar do amor de Stephen Chow pelos filmes de artes marciais e pelos seus intervenientes. O próprio actor e realizador é um admirador confesso do ícone Bruce Lee. Tenho forçosamente que admitir, embora não seja muito do meu agrado, que existem várias formas de homenagear o género. Stephen Chow escolheu a comédia temperada de infantilidade e de elementos que muitas vezes roçam a “palhaçada” de circo. Mas nem por isso tem menos mérito que aqueles que enveredam pela perspectiva mais séria da “coisa”, e os resultados estão à frente de todos. Chow é sem dúvida nenhuma, um dos grandes nomes do cinema asiático!

O próprio Chow na escolha do elenco desta longa-metragem, fez questão de perpetuar essa mesma homenagem e admiração que nutre pelos filmes de artes marciais. Pense-se em Yuen Wah, um dos membros dos conhecidos “Seven Little Fortunes” (na realidade eram mais de sete), um grupo de estudantes da ópera de Pequim, famoso pelas suas actuações acrobáticas, dos quais fizeram parte, para além de Wah, Yuen Biao, Jackie Chan, Sammo Hung e Corey Yuen. Outro exemplo será Leung Siu Lung (aka Bruce Leung) que era conhecido nos anos ’70 e ‘80 por o “Terceiro Dragão” (os outros dois eram Bruce Lee e Jackie Chan). Este último actor, por exemplo, já não participava num filme há quinze anos!

A estória de amor também marca a sua presença e à semelhança de “Shaolin Soccer”, envereda pelo caminho da paixão entre alienados da sociedade. Existe uma relação entre “Fong” (representada por Eva Huang, uma actriz que não sei porquê, lembra-me Isabella Leong – isto é um grande elogio, acreditem!), uma rapariga muda que vende gelados e “Sing”, um criminoso de 10ª categoria. Pensem outra vez em “Shaolin Soccer”, e nas personagens aí representadas por Stephen Chow e Vicki Zhao (ai, ai, 1000 vezes suspiros…), e com certeza encontrarão alguma analogia.

Lembro-me perfeitamente que quando vi pela primeira vez “Kung Fu Hustle”, foi num dia em que quase nada me estava a correr bem, e que a minha pessoa estava um pouco triste e melancólica. A nostalgia era dona e senhora de mim, ao olhar para ruas da capital deste país, com as memórias a aflorarem cada poro da minha pele! Se calhar era um boa altura para visionar um melodrama qualquer de fazer chorar as pedras da calçada! Chegado ao “Alvaláxia”, terreno que não me é grato do ponto de vista futebolístico (não sou lá muito fã do “Lion Soccer”, por estas bandas é mais o “Dragon Soccer”), a veia do cinema asiático clamou mais alto, e “Kung Fu Hustle” foi eleito o companheiro da tarde. Posso dizer que o resto da jornada foi muito mais alegre…

É esse o mérito dos filmes de Stephen Chow no geral, e de “Kung Fu Hustle” em particular. De uma maneira disparatada, traz mais um pouco de felicidade à nossa vida!

"Sing em luta com o Gang do Machado"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Cinedie Asia, FanatiCine, Not Alone, Lord of the Movies, Cine-Asia, Nem Todos São Arte, Rollcamera...action!

Avaliação:

Entretenimento - 9

Interpretação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,75





domingo, setembro 23, 2007

Votações do "My Asian Movies"

Como já é costume semanalmente, aqui vão outros quatro gloriosos nomes a votação aqui no blogue:
Miho Nakayama

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Love Letter

Nicholas Tse

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": The Promise, A Man Called Hero, Dragon Tiger Gate

Isabella Leong

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Isabella

Donnie Yen

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Herói, Sete Espadas, New Dragon Gate Inn, Dragon Tiger Gate, A Dinastia da Espada, Butterfly & Sword



segunda-feira, setembro 17, 2007

A Coragem do Guerreiro/Fearless/Huo Yuanjia - 霍元甲 (2006)

Origem: China/Hong Kong

Duração: 99 minutos/140 minutos (versão originária)

Realizador: Ronny Yu

Com: Jet Li, Shido Nakamura, Betty Sun, Yong Dong, Hee Ching Paw, Yun Qu, Collin Chou, Masato Harada, Zhigang Zhao, Chen Zihui, Ting Leung, Michelle Yeoh (apenas na versão original), Nathan Jones, Brandon Rhea, Anthony De Longis, Jean Claude Leuyer, Mike Leeder, Jon T. Benn, John Paisley

"Huo Yuanjia"

Estória

Desde muito jovem, “Huo Yuanjia” (Jet Li) queria ser um grande mestre de Wushu, mas o seu pai “Huo Endi” (Collin Chou) opôs-se ao treino do filho, preferindo que o mesmo enveredasse por outro caminho que nada tivesse a ver com as artes marciais. No entanto, “Huo Yuanjia” não desiste, continuando a treinar e passados alguns anos torna-se num grande mestre de artes marciais.

O agora jovem e arrogante adulto apenas se preocupa com a fama e a glória, desejando ardentemente tornar-se no campeão da sua terra Tianjin. Características nobres como o desportivismo e a humildade são completamente postos de parte.

Certo dia, um jovem discípulo de “Huo” é violentamente agredido por outro exímio praticante de “Wushu”, chamado “Mestre Chin” (Chen Zihui). “Huo” vê aqui uma oportunidade não apenas para se vingar do sucedido para com o seu estudante, mas também para provar que é o melhor lutador de Tianjin. O combate finda em tragédia, com mortes em ambos os lados.

"A cidade de Tianjin, no início do século XX"

Desorientado, “Huo” parte da sua terra-natal e refugia-se numa aldeia isolada, onde conhece “Yueci – Moon na versão americana” (Betty Sun), uma rapariga invisual mas que possui uma gentileza e bondade contagiantes. “Huo” vai aprender finalmente os valores que devem nortear uma pessoa honrada, deixando para trás as suas características menos positivas.

Após uns anos remetido ao seu êxodo, “Huo” decide retornar a Tianjin, só para se aperceber que os chineses são constantemente mal tratados e desprezados pelas potências ocidentais. “Huo” decide enveredar por uma luta, que em vez de ser para glória pessoal, visa acima de tudo preservar o orgulho e identidade chinesas.

"Hercules O'Brien é projectado por Yuanjia"

"Review"

“A Coragem do Guerreiro” marcou o tão aguardado regresso de Jet Li ao cinema de China/Hong Kong e ao que ele sabe fazer melhor, ou seja, protagonizar filmes de artes marciais e wuxia. Praticamente desde o ano de 1998, com a participação em “Arma Mortífera 4”, no papel do vilão “Wah Sing Ku”, que Jet Li apenas fez produções ocidentais (com um breve interlúdio no meio, para participar no magnífico “Herói”). Alguns desses filmes eram de qualidade aceitável, outros nem por isso. Foi pois com alguma expectativa que os amantes do cinema asiático aguardavam pelo retorno de um dos seus heróis à cinematografia de origem.

Outro aliciante consubstanciado igualmente num regresso, era Ronny Yu. O realizador, que à semelhança de Jet Li, também emigrou para o ocidente, tendo em vista universalizar mais a sua carreira. O saldo ficou-se quase por um desastre, pois Yu realizou filmes perfeitamente néscios e a milhas de distância de obras que dirigiu em Hong Kong, tais como “Phanton Lover” ou “The Bride With White Hair”. Da mediocridade de Yu, no seu périplo ocidental, salvou-se apenas “Fórmula 51” (mais uma tradução perfeitamente idiota…) - “The 51st State”, uma película divertida e cheia de “glamour”, na linha de “Snatch, Porcos e Diamantes”, de Guy Ritchie.

“A Coragem do Guerreiro” é baseado numa personagem verídica da história da China, chamado precisamente Huo Yuanjia, um herói popular e co-fundador da “Associação Internacional de Chin Woo”, uma escola de artes marciais que hoje em dia possui mais de 50 delegações em todo o mundo. Huo Yuanjia é popular sobretudo por se ter tornado num acérrimo defensor do modo tradicional de vida chinês e um símbolo da luta contra a crescente influência dos ocidentais. O filme quando foi feito gerou uma certa controvérsia que envolveu os descendentes de Huo Yuanjia, essencialmente devido às costumeiras alterações de argumento, de forma a tornar uma película mais “cinematográfica” e do agrado dos telespectadores. A celeuma gira essencialmente em torno de um assassinato que ocorre no filme e a ser verdade, impediria que Huo Yuanjia tivesse descendentes directos. Os 7 netos e 11 bisnetos de Huo Yuanjia não gostaram e exigiram um pedido de desculpas formal, tanto por parte do estúdio, como de Jet Li. Esse pedido nunca foi acedido, pois defendeu-se que o filme apesar de ser uma espécie de biografia, nunca pretendeu ser um relato completamente fiel da história do herói chinês.

“A Coragem do Guerreiro” não é o típico filme de artes marciais, em que as lutas dominam quase por completo, sendo o argumento relegado para segundo plano. Nada disso. Os combates acontecem várias vezes, sendo na sua generalidade espectaculares (com a coreografia da autoria de Yuen Woo Ping havia uma probabilidade muito grande de tal acontecer), tendo o aliciante de não apenas vermos lutas entre mestres de “Wushu”. Huo Yuanjia põe à prova as suas capacidades contra praticantes de luta livre, karate, esgrima europeia, kendo, boxe e até muay thai na versão original. Isto dá um interesse acrescido à película e decorre um pouco do pendor nacionalista que grassa e tenta elevar indirectamente o “wushu” como a arte marcial mais completa e parte integrante da cultura tradicional chinesa.

"A preparação para mais um combate"

Como foi acima aludido, o filme não se resume apenas às indispensáveis lutas, constituindo a parte dramática, um aspecto igualmente importante. Sendo assim, Jet Li, a estrela da película, vê-se obrigado não apenas a demonstrar as suas capacidades de combate, mas igualmente a fazer uma representação mais convencional. Como é que se sai? De início não fiquei impressionado por aí além. Na parte mais imatura da vida de Huo Yuanjia, Jet Li tem os seus altos e baixos, algures entre o mediano e o razoável. A partir do momento que a lenda “desperta para a vida”, digamos assim, e envereda pelo caminho espiritual e da rectidão, observamos que as capacidades interpretativas de Jet Li não se resumem apenas ao combate, mas igualmente aos diálogos. O actor é como um vinho bem tratado, está a provar que a idade está a fazer maravilhas. Jet Li hoje em dia é sem dúvida um actor mais completo, e que consegue lutar contra alguns estereótipos e rótulos que lhe puseram. O restante elenco porta-se bem, dentro do que lhe é solicitado. Neste particular, fiquei agradavelmente impressionado com o actor Yong Dong, que representa “Nong Jinsun”, o melhor amigo de Huo Yuanjia.

Cumpre ainda referir uma curiosidade relacionada com esta película e Jet Li, já anteriormente aludida na biografia já aqui efectuada a propósito do actor. Omo muitos devem saber, um dos melhores e mais emblemáticos filmes de Jet Li é “Fist of Fury”, onde representava uma personagem de seu nome “Chen Zhen”. Ora, “Chen Zhen” não é nada mais, nada menos que um discípulo de Huo Yuanjia que combate os japoneses, para vingar a morte do seu mestre às mãos daqueles. Podemos assim dizer que doze anos antes (1994) de “A Coragem do Guerreiro”, Jet Li interpretou o díscipulo, enquanto no filme de que ora se fala dá vida ao mestre.

Na altura em que Jet Li protagonizou “A Coragem do Guerreiro”, o actor tinha afirmado que este seria o seu último filme de artes marciais, o que muitos não acreditaram, julgando se tratar de mais uma manobra de “marketing”. O tempo veio a dar parcialmente razão a estas pessoas, atendendo a que Jet Li viria a aceitar a participação em “Warlords” e “Forbidden Kingdon”, este último a tão ansiada colaboração com Jackie Chan. Quanto à manobra de “marketing”, não sei se tal será verdade. Jet Li até poderia estar a ser sincero naquele momento, e posteriormente ter mudado de ideias.

A mim pessoalmente não me interessam as motivações do actor. O cinema agradece que Jet Li continue na senda dos épicos de artes marciais e eu, em nome particular, também!

Bom filme!

"Yuanjia enfrenta o mestre japonês Anno Tanaka"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Cine-Asia, Asian Fury, A Cinematic Vision, O Consegliere, Axasteoquê?!?, Zeta Filmes, Críticas Críticas Críticas

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 8

Argumento - 8

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8





Votações do "My Asian Movies"

Outros 4 grandes nomes do cinema asiático, que estão a votações aqui no "My Asian Movies":

Chiaki Kuriyama

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Azumi 2: Amor ou Morte, Battle Royale

Tony Jaa (Panom Yeerum)

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Ong Bak, o Guerreiro, A Honra do Dragão

Kang Hye-jeong

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Oldboy - Velho Amigo, Ondas Invisíveis

Aaron Kwok

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Anna Magdalena, The Storm Riders



quinta-feira, setembro 13, 2007

Animelo Summer Live 2006 - Nana Mizuki - Hime Murasaki

Bem, o que é que se vai fazer! Eu sou mesmo assim, quando gosto de uma coisa qualquer, vejo-a, revejo-a, uso, estrago, etc...até fartar! E esta música "Hime Murasaki" de Nana Mizuki (aparece no genérico final de alguns episodios do anima "Basilisk") é uma melodia que interiorizei completamente. Simplesmente espectacular! Como não há bela sem senão, tenho de confessar que o facto de Nana Mizuki neste clip, estar sempre a acenar para o público a certa altura é irritante! Mas enfim, não se pode ter tudo...

segunda-feira, setembro 10, 2007

Millennium Actress - A Chave da Vida/Millennium Actress/Sennem joyû - 千年女優 (2001)
Origem: Japão
Duração: 83 minutos
Realizador: Satoshi Kon
Vozes das personagens principais - versão japonesa: Miyoko Shôji (Chiyoko Fujiwara com 70 anos), Mami Koyama (Chiyoko Fujiwara dos 20 aos 40 anos), Fumiko Orikasa (Chiyoko Fujiwara dos 10 aos 20 anos), Shôzô Îzuka (Genya Tachibana), Shouko Tsuda (Eiko Shimao), Hirotaka Suzuoki (Junichi Otaki), Hisako Kyôda (mãe de Chiyoko Fujiwara), Kan Tokumaru (presidente dos estúdios Ginei), Tomie Kataoka (Mino), Masaya Onosaka (Kyoji Ida), Masane Tsukayama (o homem com a cicatriz), Kôichi Yamadera (o homem da chaves/o amor de Chiyoko Fujiwara)
"Os papéis cinematográficos de Chiyoko Fujiwara ao longo dos anos"

Estória

Na sequência da demolição das instalações do histórico estúdio “Ginei”, “Genya Tachibana”, um produtor de televisão, é contratado para fazer um documentário acerca da sua actriz preferida de sempre, “Chiyoko Fujiwara”. A mulher retirou-se há muitos anos para uma casa num monte, levando desta forma uma vida isolada. “Tachibana” solicita uma entrevista com “Chiyoko”, agora com 70 anos, sendo-lhe a mesma concedida. Em decorrência disto, dirige-se para o refúgio da actriz, acompanhado do seu “cameraman”.

Aquando do início da entrevista, a sala da casa de “Chiyoko” transforma-se num turbilhão de memórias. Começamos por observar o encontro de uma “Chiyoko” adolescente, com um jovem artista revolucionário que é perseguido pelas autoridades. A rapariga esconde-o dos seus perseguidores, e acaba por se apaixonar por ele. O rapaz acaba por fugir para a Manchúria, onde os japoneses combatem, e “Chiyoko” promete que tudo fará para ir ter com ele. Pouco tempo depois, o presidente dos estúdios “Ginei” repara em “Chiyoko” e oferece-lhe um papel num filme de propaganda de guerra, a ser rodado na Manchúria. A rapariga aceita, vendo aqui uma oportunidade para cumprir a sua promessa. No entanto, o encontro com o seu prometido não se chega a realizar.

"Genya Tachibana e o seu cameraman"

A partir daqui deparamo-nos com a cruzada de “Chiyoko”, de filme em filme, sempre com o objectivo que se reconduz a encontrar o seu amor, e a devolver-lhe uma chaves que o mesmo entregou por altura do encontro do casal.

"Chiyoko como gueixa"

"Review"

Qualquer amante de cinema gosta de um filme que relate, de uma forma directa ou indirecta, uma história que verse sobre a sétima arte em si considerada. Qualquer fã de um bom drama, adora uma película que puxe o sentimento até fronteiras quase inalcançáveis. Qualquer apreciador de “anime”, anseia por um produto de elevada qualidade e que premeie a originalidade, atendendo por vezes à profusão de produtos de duvidoso mérito que por aí deambulam.

“Millennium Actress” é um filme que sagazmente, embora não de uma forma frontal, foca a evolução do cinema japonês numa idade considerada de ouro, entre a década de ’40 e ’70, no tempo dos grandes clássicos de Ozu, Mizoguchi e Kurosawa. “Millennium Actress” é um drama belíssimo, mágico, que nos transporta para uma dimensão superior e nos enternece até à exaustão. “Millennium Actress” é um “anime” superior em muitos aspectos, constituindo um dos mais ilustres representantes do segmento onde se insere. “Millennium Actress” é uma MAGNÍFICA longa-metragem de animação!

Satoshi Kon, o realizador, tem de ser encarado, sem margem para dúvida, como um caso bastante sério no domínio da animação proveniente do reino do sol nascente. Já tinha chamado à atenção com “Perfect Blue”, posteriormente realizou a obra-prima que aqui se discorre um pouco, e mais recentemente atingiu verdadeiramente os mercados globais com o aclamado “Paprika”. Constitui uma certeza, e no futuro, com mais dois ou 3 filmes do nível dos que já nos mostrou, poderá partilhar com Miyazaki um trono no qual este último tem estado sentado solitariamente. Não tenho dúvidas nenhumas disso!

O impacto emocional de “Millennium Actress” é tremendo, e está ao nível do que de melhor se fez até hoje na cinematografia mundial, quer se trate de um filme de animação ou não. É impossível não sermos contagiados pela ternura de Chiyoko na busca do seu amor, e no périplo que faz pelo cinema da sua terra-natal, tornando-se inclusive num dos seus nomes mais sonantes. O próprio “comic relief” proporcionado por “Tachibana”, um verdadeiro “otaku” no que toca a “Chiyoko”, desperta-nos as mais belas sensações elevadas pelo seu amor platónico, sentimento que perdura há mais de 30 anos.

"Desde muito jovem, Chiyoko persegue o seu amor"

Constitui igualmente um interesse notável, o acompanhar da carreira como actriz da protagonista, e a interacção que se promove entre as películas que protagoniza e a busca do seu amor, o rapaz activista e pintor de telas. A referência aos filmes é abundante, a que não será alheio o facto de muitos defenderem que a famosa actriz japonesa Setsuko Hara, serviu de inspiração à personagem de “Chiyoko Fujiwara”. Satoshi Kon chegou a admitir a influência da actriz japonesa na construção da personagem principal de “Millenium Actress”. Quanto às películas propriamente ditas, das quais podemos encontrar reminiscências em “Millenium Actress”, salta logo à vista “Trono de Sangue” de Kurosawa (pense-se no espectro que prevê a maldição da eterna busca do amor por parte de “Chiyoko). No entanto, podemos identificar influências dos melodramas familiares japoneses que tiveram alguma profusão nos anos 50, indo até a algumas cenas que relacionamos com um dos monstros mais conhecidos da história, ou seja, “Godzilla” (“Gojira”). Algo mais se poderia apontar, mas tal seria fastidioso e eventualmente retiraria um pouco da magia ao visionamento daqueles que ainda não tiveram o privilégio de ver esta obra.

A designação do filme, “Millennium Actress”, parecendo óbvia à primeira vista, no que toca a uma vida longa à procura de algo maior, tem um pouco mais que se lhe diga. Numa observação mais atenta, (e que neste aspecto confesso que não tive, tendo me apercebido do que estava em causa após a leitura de um pequeno ensaio acerca desta longa-metragem e confirmado com um segundo visionamento do filme) vê-se por várias vezes imagens da ave conhecida como grou ao longo da película. Pelos vistos, o grou é um dos símbolos nacionais do Japão e nas fábulas do reino nipónico, frequentemente é-lhe atribuída uma longevidade de 1000 anos (daqui provavelmente justificar-se-á o termo “Millennium”). Igualmente o grou constitui um símbolo de fidelidade, porquanto só tem um parceiro durante toda a sua vida, sendo frequentemente referenciado como um ícone da paz no período pós-guerra do conflito que quase levou à ruína do país.

A animação não é nada de outro mundo, sendo inclusive considerada algo normal quando comparado com outras obras, principalmente as provenientes do estúdio Ghibli. No entanto o seu teor, para alguns minimalista, serve na perfeição os propósitos da película, porquanto temos de ter presente que estamos perante um “anime” porventura virado para um público adolescente e adulto, do que propriamente infantil. A sua densidade narrativa assim o justifica e é por este meio ainda mais acentuada e amada.

No final, “Chiyoko” conclui, à semelhança do que alguns de nós já tínhamos nos apercebido ao longo do filme, que se calhar amava mais a ideia de procurar o seu amor, do que propriamente o homem em si. Quantos de nós já não sentimos o mesmo em relação à alma considerada gémea, e não nos questionamos por exemplo se amávamos determinada pessoa, ou na realidade ansiávamos as sensações que a mesma nos oferecia. Quantos de nós já não olhamos para o céu, fechámos os olhos e perguntamo-nos se almejávamos a tal pessoa ou o ideal que ela transmitia, ou até mesmo a razão que ela constituía e que nos fazia ter algum objectivo na vida?

“Millennium Actress” é daqueles filmes que nos fazem sonhar e sentirmo-nos afortunados por gostar de cinema! Só tenho pena e uma infindável mágoa em não conseguir exprimir em palavras, o que todo o meu coração sentiu ao visionar esta obra-prima do cinema mundial.

Entusiasmante, mas acima de tudo brilhante!!!

"Chiyoko contempla a recordação que o jovem pintor revolucionário lhe deixou"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Cinedie Asia, AnimeHaus

Avaliação:

Entretenimento - 9

Animação - 8

Argumento - 10

Banda-sonora - 8

Emotividade - 9

Mérito artístico - 9

Gosto pessoal do "M.A.M." - 9

Classificação final: 8,85







Votações do "My Asian Movies"

Outras quatro estrelas que estão a votação aqui no blogue:

Ashwarya Rai

Informação

De momento não existem filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies"

Chow Yun Fat

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": O Tigre e o Dragão, O Rei dos Jogadores, O Rei dos Jogadores - O Regresso, A Maldição da Flor Dourada

Yukie Nakama

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Shinobi: Heart Under Blade

Takeshi Kaneshiro

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": O Segredo dos Punhais Voadores , Anna Magdalena



domingo, setembro 09, 2007

Ferro 3/3-Iron/Bin-jib - 빈집 (2004)

Origem: Coreia do Sul

Duração: 89 minutos

Realizador: Kim Ki-duk

Com: Lee Seung-yeon, Jae Hee, Kwon Hyuk-ho, Choi Jeong-ho, Lee Ju-seok, Lee Mi-suk, Moon Sung-hyuk, Park Jee-ah, Jang Jae-yong, Lee Dah-hae, Kim Han, Park Se-jin, Park Dong-jin

"Sun-hwa"

Estória

“Tae-suk” (Jae Hee) é um jovem que não tem uma vida dita comum. Ele põe prospectos publicitários em portas de residências, e quando vê que os mesmos não foram removidos, penetra nas casas.

Não, “Tae-suk” não é um ladrão. Ele apenas passa as noites em moradias de estranhos, usufruindo das suas comodidades e inclusive fazendo pequenos serviços, tais como lavar a roupa e consertar aparelhos danificados. Faz questão de tirar sempre uma fotografia com a sua câmara digital, dos sítios onde passou e ao pé das fotos das famílias que residem nas habitações.

"Tae-suk"

A vida do jovem sofre uma viragem quando um dia entra numa casa que pensa que está abandonada e depara-se com “Sun-hwa” (Lee Seung-yeon), uma mulher que se apresenta mal tratada física e emocionalmente pelo marido (Kwon Hyuk-ho).

Uma cruzada silenciosa de reconhecimento e amor inicia-se entre o casal, fazendo com que “Sun-hwa” acompanhe “Tae-suk” nas suas deambulações por casas de terceiros. No entanto, o marido de “Sun-hwa” tudo fará para aprisionar a sua esposa e terminar o estranho relacionamento que esta mantém com o “Tae-suk”.

"Um casal infeliz"

"Review"

Para muitos, “Ferro 3” é considerado o melhor filme de Kim Ki-duk e uma das grandes películas provenientes da cinematografia asiática. Pessoalmente, sou a concordar com esta última afirmação. “Ferro 3” é de facto uma longa-metragem grandiosa e cativante, e cujos quatro prémios que venceu no Festival de Veneza – edição de 2004, constituem um excelente cartão de visita. No entanto, quanto à filmografia do realizador coreano, continuo a preferir, ainda que por uma margem mínima, “Samaritana”. Mas isso é outra estória.

Os diálogos não colhem muita preferência por parte de Kim Ki-duk, e isso nota-se em todos os seus filmes. O realizador nutre a sua franca preferência pelos esgares, olhares, gestos e tudo o mais que implique expressão corporal. O enveredar por esta técnica de representação, poderia, eventualmente, tornar as longas-metragens de Ki-duk um penoso e maçador exercício. Mas tal não acontece devido ao facto do realizador ser um verdadeiro mestre na arte de dirigir os actores e de potenciar ao máximo as qualidades intrínsecas destes. Esta forma de estar no cinema aliada aos maravilhosos planos de câmara e sábios argumentos, fazem de Kim Ki-duk, sem margem para qualquer dúvida, um dos melhores realizadores asiáticos actualmente em actividade.

“Ferro 3” é um excelente exemplo do que se falou no parágrafo anterior. A relação entre “Sun-hwa” e “Tae-suk” é alicerçada numa muda interacção, onde predominam os carinhos, os olhares e os aludidos gestos significativos. Quando o silêncio no filme é quebrado (refiro-me apenas às duas personagens principais) por “Sun-hwa” ouvimos um grito lancinante e que nos congela a alma. Na segunda vez, ouvimos “Sun-hwa” a afirmar com um carácter casto e sincero “amo-te”, já depois das peripécias vividas com “Tae-suk”. O rapaz encontra uma razão sublime em “Sun-hwa” para expor todos os seus atributos de “bom samaritano” e de humanidade. Esta última ideia, humanidade, é um valor muito caro a Ki-duk e alvo de uma constante exploração em todos os filmes que realizou.

"Descarregar a tensão"

Em “Ferro 3”, é dado o enfoque nos relacionamentos entre os casais das grandes urbes, com as suas tragédias e conflitos pessoais. Não nos é dado a observar apenas o peculiar triângulo amoroso formado por “Tae-suk”, “Sun-hwa” e o seu marido. Com apenas uma excepção, todas as casas invadidas por “Tae-suk” albergam casais de diferentes géneros e feitios, constituindo o relacionamento destes, a temática secundária da estória, mas nem por isso menos importante.

O argumento, igualmente da autoria de Ki-duk, é fantástico e merece a nota máxima. A exposição de ideias é simplesmente brilhante à falta de adjectivo melhor. A banda-sonora faz jus ao exposto no filme, e acentua exponencialmente o desfile de sentimentos.

O título original desta película significa literalmente “casas vazias”. Aquando da sua difusão internacional é que optou pela designação “Ferro 3”. Não se pense que já houve um “Ferro” e “Ferro 2”, sendo este o terceiro episódio de uma trilogia. “Ferro 3” refere-se ao taco de golfe nº 3 (feito de ferro), e que no filme tem a função de fazer com que “Tae-suk” descarregue a sua raiva e liberte-se amiúde da sua faceta mais singela.

No epílogo da longa-metragem, sob um fundo negro, somos confrontados com a seguinte expressão:
“É difícil dizer se o mundo em que vivemos é uma realidade ou um sonho.”

Ora aqui está uma afirmação para a qual não tenho uma resposta concreta. O que eu sei é que “Ferro 3” é um filme imperdível para todos os amantes de bom cinema!

"À procura da próxima casa"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português:

Avaliação:

Entretenimento - 7

Interpretação - 9

Argumento - 10

Banda-sonora - 9

Guarda-roupa e adereços - 7

Emotividade - 9

Mérito artístico - 10

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8,38





sexta-feira, setembro 07, 2007

scorpio rising - death in vegas

Um videoclip de uma banda ocidental, mas com um conteúdo de imagem digna de um "chambara" de século XXI, polvilhado "des femmes fatales"...
Glorioso!!!

segunda-feira, setembro 03, 2007

Votações do "My Asian Movies"

Outros quatro grandes representantes do que se faz de melhor no cinema asiático e que estão a votos neste blogue:

Maggie Cheung

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Herói, Ashes of Time, New Dragon Gate Inn, 2046, The Moon Warriors

Tony Leung Ka Fai

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Ashes of Time, New Dragon Gate Inn, O Mito, A Dinastia da Espada, Dupla Visão, O Amante, O Rei dos Jogadores - O Regresso

Yoon Son-yi (Yoon Soy)

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": Shadowless Sword, Arahan

Andy Lau

Informação

Filmes em que participou, criticados no "My Asian Movies": O Segredo dos Punhais Voadores, The Duel, Infiltrados, Battle of Wits, O Rei dos Jogadores, The Moon Warriors