"MY ASIAN MOVIES"マイアジアンムービース - UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!!

sábado, dezembro 27, 2008

Painted Skin/Wa pei - 画皮 (2008)
Origem: Hong Kong
Duração: 103 minutos
Realizador: Gordon Chan
Com: Donnie Yen, Zhou Xun, Vicki Zhao, Chen Kun Aka Aloys Chen, Betty Sun, David Leong, Qi Yuwu
"Wang Shen"

Sinopse

“Xiao Wei” (Zhou Xun) é uma mulher atraente que na realidade revela ser um demónio devorador dos corações dos seus amantes, sendo este o alimento para que se possa manter sempre bela. Apesar de a sua natureza não se compadecer com as emoções humanas, “Xiao Wei” apaixona-se por “Wang Sheng” (Chen Kun Aka Aloys Chen), um honrado comandante do exército local, que está convencido que a salvou de um grupo de salteadores do deserto.

“Wang Sheng” acolhe “Xiao Wei” nos seus domínios, e cedo vários soldados e oficiais apaixonam-se pelo demónio, constituindo as vítimas ideais para as suas predações. Contudo, uma série anormal de assassinatos começam a grassar pelo burgo, e cedo se descobre que um assassino-demónio extremamente versado nas artes marciais (Qi Yuwu) é o responsável. O antigo general “Yong” (Donnie Yen), auxiliado pela caçadora de demónios “Xia Bing” (Betty Sun), tenta pôr fim à matança, dando caça ao misterioso homicida.

"Yong"

Entretanto, a esposa de “Wang Sheng”, a linda “Peirong” (Vicki Zhao) tem praticamente a certeza que “Xiao Wei” é um demónio, assim como está directamente relacionada com o infortúnio que se abateu sobre a povoação. As duas mulheres acabam por entrar num conflito directo, cujo prémio ambicionado é o coração de “Wang Sheng”.

"O demónio Xiao Wei"

"Review"

Baseado no conto do século XVIII de Pu Songling, denominado “Strange Tales of Liaozhai”, “Painted Skin” é supostamente o “remake” de um filme realizado por King Hu, em 1993, e onde despontavam nomes como Joey Wong, Adam Cheng e Sammo Hung. Como já li um texto de um amigo que neste aspecto está mais informado do que eu, a afirmar que tratavam-se de abordagens diferentes, deixo para já esta questão em aberto. Cabe ainda dizer que já no longínquo ano de 1966, esta história havia sido trazido para a tela, por intermédio do realizador Pao Fong, num registo que passaria um tanto ou quanto despercebido. O motivo de interesse mais imediato para conferir a obra que ora se analisa é o facto de a mesma ser a candidata de Hong Kong a tentar figurar nos cinco finalistas do óscar para melhor filme estrangeiro – edição de 2009, e quem sabe, até levar o troféu para casa (aspecto que desde já desconfio que suceda).

“Painted Skin” conseguiu fugir à onda de filmes como “O Tigre e o Dragão”, Herói” ou “O Segredo dos Punhais Voadores”, e revela ser tributária da vaga de “wuxia” com temáticas sobrenaturais que fizeram escola em Hong Kong nos anos '80 e '90. E efectivamente quando estava a visionar este filme, confesso que películas como “The Bride With White Hair” ou “A Chinese Ghost Story” acorreram ao meu pensamento. Após alguma pesquisa, sempre descobri que “A Chinese Ghost Story” e “Painted Skin” partilham a mesma inspiração, ou seja, as histórias fantasmagóricas do escritor Pu Songling. O facto de Gordon Chan ter enveredado por uma abordagem mais tradicional e em conformidade com as características mais identificativas do cinema de Hong Kong, não quer dizer necessariamente que seja positivo, mas sempre é de saudar. Principalmente numa altura em que os mais puristas acusam, e com alguma razão, que o cinema daquelas paragens está descaracterizado em nome da internacionalização. Isto consubstancia-se essencialmente na elaboração de longas-metragens que sejam mais apelativas aos olhos dos ocidentais, em detrimento dos aspectos mais identificativos do cinema de Hong Kong.

"Peirong transformada"

“Painted Skin” pretende ser ao mesmo tempo uma história de terror, temperada com elementos românticos e de “wuxia”. No entanto, não existe nada que assuste verdadeiramente o espectador, e é sem dúvida nenhuma os aspectos mais sentimentais e das artes marciais que marcam a bitola desta longa-metragem e que a enformam. As premissas prometem muito, embora não sejam inovadoras. Um demónio feminino, cuja única razão de viver é manter a sua beleza, mata os seus amantes e alimenta-se dos seus corações. Chega o dia em que um homem estóico desperta-lhe a paixão. O seu pendor maquiavélico agora é posto ao serviço da conquista do amor, tendo para o efeito que afastar uma rival humana. Essa mulher iguala-lhe em beleza, mas possui uma bondade intrínseca, antagónica a tudo o que representa aquele ser sobrenatural. Existem sacrifícios e combates, sejam físicos ou sentimentais. No fim, existirá um confronto final, onde tudo se decidirá e mesmo os vencedores ficarão com sequelas inultrapassáveis. Estes aspectos, embora expostos de uma forma que não defrauda, poderiam ter sido desfilados de uma forma mais apelativa ao espectador. A trama é intermitente, onde por vezes se envereda por uma lentidão quase exasperante, sobretudo nas partes da intriga onde se discute se “Xiao Wei” é realmente um demónio, ou se “Wang Sheng” está realmente apaixonado por aquela ou mantém-se fiel ao amor por “Peirong”. Outro aspecto que feriu um pouco o filme, foi a revelação frontal e desde o início que “Xiao Wei” é o demónio, fazendo com que todas as tentativas desta em ocultar o seu estado se afigurem um tanto ou quanto despiciendas perante quem visiona a película. Num campo um tanto ou quanto diverso, Gordon Chan deveria ter buscado inspiração na personagem de “Jiao Long” em “O Tigre e o Dragão”, interpretada pela diva Zhang Ziyi. Neste filme, Ang Lee apresenta-nos “Jiao Long” de uma forma gradual, incutindo uma salutar aura de mistério que nos apraz imenso e que mistifica positivamente a anti-heroína.

Por outro lado, “Painted Skin” tem méritos visuais de aclamar. É um filme “bonito” em praticamente todos os seus aspectos. Os cenários e a cinematografia fazem-nos sonhar acordados, e o guarda-roupa e a caracterização são um “must”. Uma das cenas mais poderosas que vi nos últimos anos é a transformação de “Peirong”, interpretada pela estonteante Vicki Zhao. Como é óbvio, e atendendo essencialmente à caracterização, chamei imediatamente à colação Brigitte Lin no emblemático “The Bride With White Hair”. Zhao está verdadeiramente de outro mundo, e não apenas pela sublime aparência, mas igualmente pela brilhante cena em que se nota à distância que a actriz colocou todo o seu empenho e mais algum. Verdadeiramente conseguimos sentir toda a agonia e sofrimento do sacrifício denotado por “Peirong”, e isto constitui o momento alto do filme a nível da interpretação. O restante “cast” porta-se competentemente, sem denotar grandes laivos de brilhantismo. Zhou Xun, Chen Kun e Betty Sun são três caras bonitas do espectro asiático, que possuem algumas capacidades artísticas. Quando se fala do mítico Donnie Yen, o tema das lutas inevitavelmente terá de vir ao de cima. Em “Painted Skin”, o “wire fu” domina, assim como as tradicionais perseguições pelos telhados, que já vimos tantas vezes antes, mas que não deixo de apreciar. Embora não existam muitos momentos de acção, quando os mesmos decidem dar um ar da sua graça, os resultados são aceitáveis e por vezes mesmo entusiasmantes, pelo que não será por aqui que o filme cairá. Obviamente que neste factor em particular, será Donnie Yen que contribuirá quase na plenitude.

“Painted Skin” consubstancia-se num esforço salutar do aclamado realizador Gordon Chan em fazer reviver o subgénero da fantasia sobrenatural de artes marciais, que parecia ter sido atirado para o baú das recordações. Possui méritos inquestionáveis, que passarão quase todos pelos aspectos visuais da película, desde os cenários, a caracterização das personagens até ao “cast” visualmente apelativo. Contudo, não me parece ter qualidade suficiente para que possa almejar um troféu com a magnitude de um óscar, mesmo que se reconheça que o prémio está muitas vezes sujeito ao crivo das modas e dos “lobbies”. Sinceramente, já vi a cinematografia de Hong Kong representada por filmes com qualidade superior, e mesmo assim nem chegar aos últimos cinco. O futuro o dirá e ele já está aí mesmo ao virar da esquina.

De qualquer forma, estamos perante uma obra interessante, que merecerá uma espreitadela descomprometida!

"Combate no deserto"

The Internet Movie Database (IMDb) link

Trailer

Site Oficial

Outras críticas em português:

  1. Asian Fury

Avaliação:

Entretenimento - 7

Interpretação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 7

Guarda-roupa e adereços - 9

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,50







sexta-feira, dezembro 26, 2008

Beldades do Cinema Asiático - Fan Bing Bing





Nesta época de paz e amor, só quero imagens bonitas na mente dos visitantes que cá passam :) ! Mais informações acerca desta bela actriz AQUI .



Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Teinosuke Kinugasa

Informação

Filmografia enquanto realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):

  1. Two Little Birds (1922)
  2. Spark (1922)
  3. Beyond Decay (1922)
  4. Aa, Konishi junsa (1922)
  5. Lady, Be Not Wronged (1923)
  6. Spirit of the Pond (1923)
  7. The Golden Demon (1923)
  8. Ways of Life (1923)
  9. Secret of a Wife (1924)
  10. The Theft (1924)
  11. The Foot (1924)
  12. Lonely Village (1924)
  13. Dance Training (1924)
  14. Thus It Turned Love (1924)
  15. Love (1924)
  16. Detective Yuri (1924)
  17. Fog and Rain (1924)
  18. A Woman's Heresy (1924)
  19. She Has Lived Her Destiny (1924)
  20. Kôhen (1924)
  21. Happy Old Man (1924)
  22. Chuji's Early Days (1925)
  23. Hanpeita, Master Swordsman (1925)
  24. Double Suicide (1925)
  25. Love and a Warrior (1925)
  26. The Sun (1925)
  27. Extra Girl (1925)
  28. The Shining Sun Becomes Clouded (1926)
  29. Kirinji (1926)
  30. Tenichibo and Iganosuke (1926)
  31. A Page of Madness (1926)
  32. The Horse Thistle (1927)
  33. Ojo Kichiza (1927)
  34. Epoch of Loyalty (1927)
  35. Cassowary (1927)
  36. The Government Vessel (1927)
  37. Moonlight Madness (1927)
  38. The Palanquin (1927)
  39. The Ship (1927)
  40. A Brave Soldier at Dawn (1927)
  41. Star of Married Couples (1927)
  42. The Secret Documents (1928)
  43. Female Demon (1928)
  44. Gay Masquerade (1928)
  45. Tales From a Country By the Sea (1928)
  46. Crossroads (1928)
  47. Before Dawn (1931)
  48. Tojin Okichi (1931)
  49. The Surviving Shinsengumi (1932)
  50. The Loyal Forty Seven Ronin (1932)
  51. Kôhen: Edo no maki (1932)
  52. Two Stone Lanterns (1933)
  53. Gimpei From Koina (1933)
  54. The Beaten Kochiyama (1934)
  55. Tokijiro of Kutsukate (1934)
  56. A Sword and the Sumo Ring (1934)
  57. The Double Suicide in Winter (1934)
  58. The Revenge of Yukinojo (1935)
  59. Ushimatsu in the Darkness (1935)
  60. The Summer Battle of Osaka (1937)
  61. Sacred Protector (1937)
  62. Loyalism at Kuroda (1938)
  63. Serpent Princess (1940)
  64. Zoku Hebihime sama (1940)
  65. The Battle of Kwanakajima (1941)
  66. Forward, Flag of Independence (1943)
  67. Rose of the Sea (1945)
  68. Lord for a Night (1946)
  69. Actress (1947)
  70. Four Love Stories - segmento Koi no sakasu (1947)
  71. Koga Mansion (1949)
  72. Kobanzame (1949)
  73. Face of a Murderer (1950)
  74. The Scarlet Bat (1951)
  75. Migratory Birds Under the Moon (1951)
  76. Lantern Under a Full Moon (1951)
  77. Castle of Carnage (1952)
  78. Dedication of the Great Buddha (1952)
  79. Zoku Shurajô hibun - Hiun no maki (1952)
  80. Gate of Hell (1953)
  81. Duel of a Snowy Night (1954)
  82. The Great Administrator (1954)
  83. End of a Prolonged Journey (1954)
  84. The Romance of Yoshima (1955)
  85. It Happened in Tokyo (1955)
  86. A Girl Isn't Allowed to Love (1955)
  87. Spark (1956)
  88. Three Women Around Yoshinaka (1956)
  89. Tsukigata Hanpeita: Hana no maki; Arashi no maki (1956)
  90. Floating Vessel (1957)
  91. A Fantastic Tale of Naruto (1957)
  92. Symphony of Love (1958)
  93. Woman of Osaka (1958)
  94. The Snowy Heron (1958)
  95. The Affair (1959)
  96. Stop the Old Fox (1959)
  97. The Lantern (1960)
  98. Okoto and Sasuke (1961)
  99. Blind Devotion (1961)
  100. Lies - segmento San jyokyo (1963)
  101. Bronze Magician (1963)
  102. Little Fugitive (1966)


domingo, dezembro 21, 2008

Feliz Natal e um próspero Ano Novo

...junto daqueles que mais amam e prezam! Já agora, sei que isto pode não ser uma boa recomendação, mas se existe época para abusar (com responsabilidade) é esta! Por mim, e sem contar com o belo repasto que me aguarda, já tenho ali uma "Herdade do Perdigão - Reserva" prontinha para ser degustada :) !

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Masahiro Shinoda

Informação

Filmografia enquanto realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):

  1. One-Way Ticket for Love (1960)
  2. Dry Lake Aka Youth in Fury (1960)
  3. Our Marriage (1961)
  4. Love Old and New (1961)
  5. My face Red in the Sunset (1961)
  6. Epitaph to My Love (1961)
  7. Glory on the Summit (1962)
  8. Tear's on the Lion's Mane (1962)
  9. Pale Flower (1964)
  10. The Assassin (1964)
  11. Samurai Spy (1965)
  12. With Beauty and Sadness (1965)
  13. Captive's Island (1966)
  14. Clouds at Sunset (1967)
  15. Double Suicide (1969)
  16. Outlaws (1970)
  17. Silence (1971)
  18. Sapporo Winter Olympic Games (1972)
  19. The Petrified Forest (1973)
  20. Himiko (1974)
  21. Under the Blossoming Cherry Trees (1975)
  22. Ballad of Orin (1977)
  23. Demon Pond Aka Dragon Princess (1979)
  24. Island of the Evil Spirits (1981)
  25. MacArthur's Children (1984)
  26. Gonza the Spearman (1986)
  27. The Dancer (1989)
  28. Childhood Days (1990)
  29. Sharaku (1995)
  30. Moonlight Serenade (1997)
  31. Owl's Castle (1999)
  32. Spy Sorge (2003)

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Donnie Yen

Informação

Filmografia enquanto realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):

  1. Legend of the Wolf (1997)
  2. Ballistic Kiss (1998)
  3. Shangai Affairs (1998)
  4. Der Puma (1999) - co-realizador em conjunto com Axel de Roche
  5. The Twins Effect (2003) - co-realizador em conjunto com Dante Lam
  6. Protégé de la Rose Noire (2004)


Jantar de Natal dos "bloggers" da Madeira!


Passe a publicidade :) ! Lá estarei no dia, hora e local, com muito prazer :) !

domingo, dezembro 14, 2008

Beldades do Cinema Asiático - Kim Hee-sun (Kim Hee-seon)






Na minha opinião pessoal, é sem dúvida absolutamente alguma uma das actrizes sul-coreanas, quiçá asiáticas, mais belas! Mais informações AQUI.



Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Kaneto Shindô
Nota: A fotografia deste realizador acima exposta foi cedida pelo tf10 , a quem se agradece a gentileza.

Informação

Filmografia enquanto realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):

  1. Story of a Beloved Wife (1951)
  2. Avalanche (1952)
  3. Children of Hiroshima (1952)
  4. Shukuzu (1953)
  5. Onna no issho (1953)
  6. Dobu (1954)
  7. Okami - Wolf (1955)
  8. Shirogane sinju (1956)
  9. Riûri no kishi (1956)
  10. An Actress (1956)
  11. Umi no yarodomo (1957)
  12. Kanashimi wa onna dakeni (1958)
  13. Lucky Dragon No. 5 (1959)
  14. Hanayome-san wa sekai-ichi (1959)
  15. Naked Island (1960)
  16. Ningen (1962)
  17. Mother (1963)
  18. Onibaba (1964)
  19. A Scoundrel Aka The Conquest (1965)
  20. Lost Sex (1966)
  21. Libido (1967)
  22. Kuroneko (1968)
  23. Strong Women, Weak Men (1968)
  24. Kagerou - Heat Wave Island (1969)
  25. Shokkaku (1970)
  26. Live Today, Die Tomorrow! (1970)
  27. Kanawa (1972)
  28. Sanka (1972)
  29. The Heart (1973)
  30. My Way (1974)
  31. Kenji Mizoguchi: The Life of a Film Director (1975)
  32. The Life of Chikuzan (1977)
  33. The Strangling (1979)
  34. Edo Porn (1981)
  35. The Horizon (1984)
  36. Black Board (1986)
  37. Tree Without Leaves (1986)
  38. Sakura-tai Chiru (1988)
  39. The Strange Tale of Oyuki (1992)
  40. A Last Note (1995)
  41. Will to Live (1999)
  42. By Player (2000)
  43. Owl (2003)
  44. Ishiuchi jinjô kotô shôgakkô: Hana wa chiredomo (2008)


Death Note: The Last Name/Desu nôto: The Last Name - デスノート (2006)

Origem: Japão

Duração: 135 minutos

Realizador: Shusuke Kaneko

Com: Tatsuya Fujiwara, Ken'ichi Matsuyama, Erika Toda, Nana Katase, Takeshi Kaga, Shido Nakamura, Peter, Shigeki Hosokawa, Shunji Fujimura, Shin Shimizu, Sota Aoyama, Magy, Michiko Godai

"Ryuk e Light Yagami"

Alerta! "Spoilers"!

“Death Note: The Last Name” é a continuação do filme “Death Note”, anteriormente criticado neste espaço (para ler o escrito ir AQUI). Pelo exposto, o texto abaixo contém pormenores essenciais da trama da primeira película, pelo que só deverá prosseguir caso tenha visionado aquela obra.

Sinopse

“Misa Amane” (Erika Toda), uma famosa estrela da TV Sakura e ídolo dos jovens japoneses, encontra-se a ser perseguida por um fã alucinado que a pretende assassinar. Quando já não parece haver fuga possível, o homem morre inexplicavelmente de ataque cardíaco e um estranho caderno de notas aparece vindo do nada. Mal “Misa” toca no objecto, depara-se perante o Shinigami “Rem” (Peter), o deus da morte que é o dono do caderno de notas.

Entretanto, “Light Yagami” (Tatsuya Fujiwara) consegue os seus propósitos ao entrar para a equipa especial que investiga o misterioso assassino “Kira”, liderada por “L.” (Ken'ichi Matsuyama). Uma nova sucessão de mortes de criminosos sucede, que apanha de surpresa “Light” e os restantes, e cedo se descobre que existe uma personagem denominada “Kira 2".

“Misa” acaba por se revelar a “Light” como sendo “Kira 2”, e apaixona-se por ele. “Light”, o "Kira" original, embora relutante, acaba por juntar esforços com a rapariga. Auxiliados pelos seus Shinigami, ambos diligenciam na morte de “L.”. No entanto, é imperioso descobrir o verdadeiro nome do genial investigador.

"Misa Amane usa os olhos do deus da morte"

"Review"

Na conclusão do texto acerca de “Death Note”, alertei para o facto de ser fulcral visionar igualmente este “Death Note: The Last Name”, pois só assim o espectador ficará com uma noção completa da história. Caso assim não se proceda, quem espreitar apenas “Death Note” ficará com um sentimento de incompletude, não havendo um epílogo propriamente dito. Por outra via, quem perder “Death Note” e entrar directamente em “Death Note: The Last Name”, sentir-se-á confuso pois não conseguirá entender muitas das premissas do filme. A explicação passará por um ser a continuação do outro, não podendo desta forma serem observados de uma forma isolada. Não é inocente o facto de ambas as longas-metragens serem do mesmo ano, assim como a segunda parte ter sido realizada três meses depois. Atendendo a este factor, a história de “Death Note: The Last Name” começa exactamente onde “Death Note” acaba.

"Light rodeado dos Shinigamis Ryuk e Rem"

Comparativamente ao primeiro filme, “Death Note: The Last Name” foca-se mais na contenda entre “Light” e “L.”. Este aspecto torna-se perfeitamente natural face ao evoluir da história, porquanto na primeira parte, o que estava mais em causa era a adaptação de “Light” à sua nova condição de “deus do novo mundo” (expressão que o rapaz usa para se auto-designar) e a permanente descoberta dos poderes do seu caderno de notas. É certo que “L.” já detém um papel preponderante, pois a caçada ao homem que mantém conhece alguma evolução. Contudo, é no filme que ora se analisa que verdadeiramente começa a sério o confronto de titãs, ilustrado numa guerra intelectual e psicológica quase incessante, onde cada um dos oponentes está quase sempre a preparar armadilhas e a lançar rasteiras um ao outro. Torna-se interessante, embora com algumas falhas argumentativas mais evidentes, observar o duelo cerebral entre “L.” e “Light” e toda a envolvência que daí resulta. O jogo do gato e do rato assume aqui o seu apogeu, com muitos avanços e recuos que têm a potencialidade de prender a atenção do espectador.

Os aspectos mais visuais, interpretativos e musicais mantêm-se essencialmente semelhantes aos primeiro filme, com algumas bem-vindas adições. O “cast” é praticamente o mesmo, havendo apenas a entrada relevante da actriz e ídolo pop japonês, a bela Nana Katase. Erika Toda tem bastante mais minutos, atendendo ao desenrolar da trama, onde aqui assume um papel determinante. A nível de interpretação, talvez seja de relevar Ken'ichi Matsuyama que tem a oportunidade de desfilar com mais sentimento as pouco peculiares características de “L.”, conseguindo momentos de verdadeira alucinação. É uma personagem que enfatiza bastante o provérbio “de génio e louco, todos nós temos um pouco”. “L.” tem muito de génio, e possivelmente bastante mais de louco. Surge um novo Shinigami chamado “Rem”, visualmente bem elaborado à semelhança de “Ryuk” e que coexiste com este, embora com características psicológicas bastante distintas. “Ryuk”, o deus da morte de “Light” não parece interessar-se bastante pelo seu protegido, demonstrando ser uma personagem mais cínica e sarcástica. “Rem”, pelo contrário, revela ser bastante protector em relação a “Misa”, devido a factores que aqui não posso revelar, sob pena de cometer um grave “spoiler”. A nível do som, se em “Death Note” os Red Hot Chili Peppers tinham cedido a sua música “Dani California” para o genérico, aqui participam na banda-sonora com “Snow”, contribuindo ainda mais para a aura juvenil desta longa-metragem.

"Rem e Misa"

“Death Note: The Last Name” revela ser um filme quase à altura do seu predecessor, pois mantém praticamente todas as características que definiram “Death Note” como uma das mais bem sucedidas obras japonesas dos últimos anos. Contudo, e principalmente a nível da trama, está uns furos abaixo do que se pedia, fazendo com que não seja um filme tão bem conseguido como o primeiro. O seu epílogo, embora satisfatório, fique um tanto ou quanto além das expectativas. Mesmo assim, e atendendo à época que presentemente está a decorrer, não deixa de ser uma boa prenda de Natal. Especialmente se conseguirmos obter as maravilhosas edições especiais em dvd, visualmente bonitas e com bastantes extras, num “dois em um” que enriquece bastante a nossa colecção privada.

A conferir, mas não antes de visualizar o primeiro filme! Fica mais uma vez o insistente alerta!

"Duelo de génios"

The Internet Movie Database (IMDb) link

Trailer

Outras críticas em português:

Esta crítica encontra-se igualmente disponível "on line" em Clubotaku

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 9

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,75





quinta-feira, dezembro 11, 2008

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Takeshi Kitano

Informação

Filmografia enquanto realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):

  1. Violent Cop (1989)
  2. Boiling Point (1990)
  3. A Scene at the Sea (1991)
  4. Sonachine (1993)
  5. Getting Any? (1995)
  6. Kids Return (1996)
  7. Fireworks (1997)
  8. Kikujiro (1999)
  9. Brother (2000)
  10. Dolls (2002)
  11. Takeshi's (2005)
  12. Chacun son cinéma - segmento One Fine Day (2007)
  13. Glory to the Filmmaker! (2007)
  14. Achilles and the Tortoise (2008)


quarta-feira, dezembro 10, 2008

Death Note/Desu nôto - デスノート (2006)

Origem: Japão

Duração: 121 minutos

Realizador: Shusuke Kaneko

Com: Tatsuya Fujiwara, Ken'ichi Matsuyama, Asaka Seto, Shigeki Hosokawa, Erika Toda, Shunji Fujimura, Takeshi Kaga, Yu Kashii, Shido Nakamura, Sota Aoyama, Michiko Godai

"Ryuk e Light Yagami"

“Light Yagami” (Tatsuya Fujiwara), filho de um inspector da polícia, é um jovem e brilhante estudante de direito, com um forte sentido de justiça. Contudo, encontra-se desiludido com o sistema judicial, pois vários delinquentes permanecem impunes após a prática de crimes horrendos. Certo dia, “Light” encontra um misterioso livro negro, pertencente a um Shinigami (literalmente "deus da morte") chamado “Ryuk” (Shido Nakamura). Na realidade, o estranho achado é um objecto com um imenso poder mortal. Escrevendo o nome de uma pessoa nas páginas do livro, de acordo com certas regras, a mesma morre de ataque de coração passados 40 segundos.

"L."

Vendo uma oportunidade de debelar as lacunas da polícia e dos juízes, “Light” começa a fazer justiça pelas próprias mãos, escrevendo o nome dos criminosos que escapam às mãos do sistema. Com o tempo, começa a dar utilizações mais elaboradas à sua arma, descobrindo que consegue provocar mortes da maneira que lhe apetece e no tempo que lhe convier mais.

Trabalhando sob o pseudónimo de “Kira”, e tendo “Ryuk” a seu lado, “Light” provoca um verdadeiro massacre entre os criminosos de todo o mundo. A sua popularidade cresce imenso, principalmente entre os jovens, mas também chama a atenção da polícia que não pode permitir que alguém faça justiça de forma tão atroz. No entanto, as autoridades são impotentes perante a forma de actuação de “Light”, até que “L” ( Ken'ichi Matsuyama), um jovem e brilhante detective, oferece a sua ajuda. O duelo entre as duas poderosas mentes começa, num típico jogo do gato e do rato.

"Shiori, a namorada de Light"

"Review"

  1. O humano cujo nome seja escrito neste livro de notas morrerá;
  2. A nota não terá efeito a não ser que a pessoa visualize a face do destinatário da morte quando estiver a escrever o seu nome. Assim, as restantes pessoas que partilhem o mesmo nome não serão afectadas;
  3. Após a aposição do nome do destinatário, se a causa da morte for escrita num espaço de 40 segundos, a mesma efectivar-se-á;
  4. Se a causa da morte não for especificada, o destinatário morrerá de ataque de coração;
  5. Quando a causa da morte seja especificada, os detalhes da mesma deverão ser escritos nos 6 minutos e 40 segundos seguintes;
  6. O humano que tocar neste livro consegue ver e ouvir o deus da morte que é o dono original. Não é necessário ser o possuidor actual do livro;
  7. Este livro será propriedade do mundo humano, a partir do momento que toque no seu solo;
  8. O humano que usar este livro não poderá ir nem para o céu, nem para o inferno;
  9. Se a ocasião da morte for escrita 40 segundos após a sua causa, o tempo em que ocorre o decesso pode ser manipulado;
  10. Mesmo que não seja o actual possuidor deste livro, poderá escrever na mesma o nome da pessoa a morrer, desde que o reconheça;
  11. Este livro só é efectivo durante 28 dias, contados de acordo com o calendário humano. Este princípio é conhecido como “a regra dos 28 dias”;
  12. Os indivíduos que percam a posse deste livro, igualmente perderão a memória de o terem usado;
  13. Caso algum dia voltem a tocar no livro, todas as memórias de o terem usado retornarão.

Numa tradução livre, e por esse motivo, provavelmente dotada de algumas imprecisões, o conjunto de regras acima exposto, são as relativas ao uso do livro de notas da morte, o objecto que constitui o cerne da trama do filme objecto do presente texto. É sempre importante saber por que linhas nos cosemos, e por essa razão, entendi como fulcral que os leitores desta crítica percebessem verdadeiramente o que significa o uso daquele instrumento mortal.

"Light em conversa amena com Ryuk"

Desta vez, o aclamado realizador japonês Shusuke Kaneko traz para a tela a adaptação “de carne e osso” de uma das mangas mais aclamadas de sempre do Japão, intitulada “Death Note”, da autoria de Takeshi Obata e Tsugumi Ohba. A banda desenhada venderia, imagine-se, 20 milhões de cópias só no país do sol nascente. Assim como seria previsível que a história teria honras de anime, igualmente aguardar-se-ia que a transposição para a sétima arte fosse também efectuada. Na realidade, quando nos referimos a “Death Note” é mais correcto falar em películas, porquanto “Death Note” para ser completamente apreendido, terá de ser conjugado com “Death Note: The Last Name”, que constitui a segunda parte da história. À semelhança de outras sagas que mereceram a atenção deste blogue, optou-se por respeitar as opções das companhias cinematográficas, dos produtores e realizadores, e por agora focar-me-ei apenas na primeira parte. Fica desde já a promessa que o próxima texto a colocar aqui no “My Asian Movies”, versará acerca de “Death Note: The Last Name”.

Apesar da sua premissa original e naturalmente apelativa para os fãs do lado mais sombrio da sétima arte, “Death Note” acaba por ter um argumento simples, facilmente perceptível e quase sempre bem conduzido. Trata-se de um clássico caso em que alguém tem o poder para fazer algo de grandioso no mundo, mas cujos caminhos que envereda acabam por corromper um objectivo magnânimo e justo. Já alguém dizia que “o poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente.” No caso de “Light”, a premissa ajusta-se que nem uma luva, pois partindo de um propósito inocente, embora algo justiceiro e errado, acaba por embarcar em atitudes que a “emenda sai pior do que o soneto”. No início trata-se de matar criminosos, que cometeram ilícitos hediondos. A certa altura, quando se vê confrontado com a perseguição que as forças policiais lhe movem, acaba por utilizar os mesmos métodos contra qualquer um que lhe possa fazer frente ou que esteja perto de descobrir a sua identidade. Isto causa uma transformação no outrora bem intencionado “Light”, tornado-o num ser mau, cuja perniciosidade acaba mesmo por surpreender o seu fiel companheiro, o deus da morte Ryuk.

Não é de admirar a aura negra e gótica do filme, atendendo à trama por onde navega. Apesar de este aspecto ser omnipresente na película, “Death Note” está longe de ser uma obra sangrenta, e aqui, consoante a perspectiva de cada um, poderá residir uma das falhas mais evidentes desta longa-metragem. Considerando que a esmagadora maioria dos alvos de “Light” falece de ataque de coração, e tendo o mesmo o poder de escolher as causas da morte, pergunta-se o porquê da falta de imaginação. Existem pessoas que clamavam por imolações, por enforcamentos, etc, etc,etc. Quanto a mim, julgo que a opção resultou bem, porquanto o epílogo do filme resulta claramente mais evidenciado. Correndo o risco de enveredar por um “meio spoiler”, entendo que tal capta muito mais a atenção do espectador, quando o rapaz decide finalmente fazer uso de todas as potencialidades do livro que tem nas mãos. E acentua claramente o seu intelecto e personalidade, acentuando o o caminho maligno e calculista pelo qual enveredou.

Quanto às actuações, é normal que “Light”, interpretado por Tatsuya Fujiwara (que viria a ser sobretudo por “Battle Royale”) e “L”, corporizado por Ken'ichi Matsuyama tenham o protagonismo quase total. Tatsuya Fujiwara desempenha de uma forma competente o seu papel, cumprindo a missão de parecer tanto sombrio, como tremendamente inocente. Matsuyama não fica atrás do seu oponente, e consegue explanar um “L” que por vezes parece um ser diminuído e alienado, mas que acaba por ser um “mastermind” da mais elevada craveira, demonstrando estar bem à altura de Fujiwara. Mesmo assim, e embora isto soe contraditório, quem acaba por impressionar mais é o totalmente computorizado “Ryuk”. Tirando o facto de a sua face lembrar imenso “Joker”, o arqui-inimigo de “Batman”, as suas movimentações roçam a perfeição e o seu carisma é bastante considerável.

Apesar de ter sido realizado há relativamente poucos anos, “Death Note” já se tornou um filme de culto para muitos, tendo-se tornado numa das películas japonesas mais bem sucedidas de sempre, quer dentro de portas, assim como um pouco pelo mundo inteiro. A tal facto não será alheio a bem sucedida mescla composta pelo pendor juvenil, pela faceta de thriller e os aspectos mais obscuros e sobrenaturais, corporizados sobretudo no bem conseguido demónio “Ryuk”. É dotado de momentos de tensão bem urdidos, em especial na derradeira parte, conseguindo desta forma abrir o apetite para “Death Note: The Last Name”. A sua visualização impressionaria tudo e todos, incluindo a conhecida banda rock “Red Hot Chili Peppers”, que forneceria o tema “Dani California” para o genérico do filme.

Sem dúvida uma obra a conferir! No entanto, é preciso não esquecer que a mesma terá de ser acompanhada por "Death Note: The Last Name".

"Death Note"

The Internet Movie Database (IMDb) link

Trailer

Outras críticas em português:

  1. Cinedie Asia
  2. Axasteoquê?!?

Esta crítica encontra-se igualmente disponível "on line" em Clubotaku

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 7

Argumento - 8

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 9

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8





terça-feira, dezembro 09, 2008

Beldades do Cinema Asiático - Cecilia Cheung







Cecilia Cheung irá ser sempre...Cecilia Cheung!!! Site oficial norte-americano AQUI.


sábado, dezembro 06, 2008

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Edward Yang

Informação

Filmografia enquanto realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):

  1. In Our Time (1982)
  2. That Day, on the Beach (1983)
  3. Taipei Story (1985)
  4. Terrorizer (1986)
  5. A Brighter Summer Day (1991)
  6. A Confucian Confusion (1994)
  7. Mahjong (1996)
  8. Yi Yi: A One and a Two (2000)


quarta-feira, dezembro 03, 2008

Realizador Asiático Preferido - Votação

Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Lau Kar Leung (Liu Jia Liang)

Informação

Filmografia enquanto realizador (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):

  1. Breakout from Opression (1973)
  2. The Spiritual Boxer (1975)
  3. Challenge of the Masters (1976)
  4. Shaolin Executioners (1977)
  5. Shaolin Mantis (1978)
  6. Heroes of the East (1979)
  7. Spiritual Boxer II (1979)
  8. Dirty Ho (1979)
  9. Mad Monkey Kung Fu (1979)
  10. Return to the 36th Chamber (1980)
  11. The Martial Club (1981)
  12. My Young Auntie (1981)
  13. Cat vs. Rat (1982)
  14. Legendary Weapons of China (1982)
  15. Eight Diagram Pole Fighter (1983)
  16. The Lady Is the Boss (1983)
  17. Heroic Family (1983)
  18. Disciples of the 36th Chamber (1985)
  19. Raining Night's Killer (1986)
  20. Martial Arts of Shaolin (1986)
  21. Tiger on the Beat (1988)
  22. Aces Go Places V: The Terracota Hit (1989)
  23. Tiger on the Beat II (1990)
  24. Drunken Master II (1994)
  25. Drunken Master III (1994)
  26. Drunken Monkey (2002)


terça-feira, dezembro 02, 2008

Beldades do Cinema Asiático - Malaika Arora





De repente fez-se silêncio...nem sei bem porquê...ir AQUI.


segunda-feira, dezembro 01, 2008

Era Uma Vez na Índia/Once Upon a Time in India/Lagaan - लगान (2001)
Origem: Índia
Duração: 215 minutos
Realizador: Ashutosh Gowariker
Com: Aamir Khan, Gracy Singh, Rachel Shelley, Paul Blackthorne, Suhasini Mulay, Kulbhushan Kharbanda, Raghuvir Yadav, Rajendra Gupta, Rajesh Vivek, Shri Vallabh Vyas, Javed Khan, Rajendranath Zutshi, Akhilendra Mishra, Daya Shankar Pandey, Yashpal Sharma, Amin Hajee, Aditya Lakhia, A. K. Hangal, John Rowe, David Gant, Jeremy Child, Ben Nealon, Amin Gazi
"Bhuvan ladeado dos seus conterrâneos"

Sinopse

Em 1893, em pleno período vitoriano, a Índia é governada com mão-de-ferro pelos britânicos, num sociedade em que os marajás, outrora príncipes e reis poderosos, são apenas meras figuras decorativas. Numa província remota, o poder britânico é personificado no capitão “Andrew Russell” (Paul Blackthorne), um homem racista e arrogante, que espezinha os indianos, considerando-os seres inferiores. Eivado de um espírito autoritário e feudal, o capitão “Russel” aplica aos camponeses o dobro da quantia que costumam pagar a título de “lagaan”, a expressão que serve para designar o imposto sobre a terra, normalmente ressarcido em produtos agrícolas.

“Bhuvan” (Aamir Khan) é um jovem agricultor rebelde da aldeia de Champaner, que não vê com bons olhos a medida tomada por “Russel”, que inevitavelmente deflagrará a fome e a miséria pelo seu povo. Descobrindo que o capitão inglês é um fanático pelo cricket, “Bhuvan” acicata o orgulho de “Russel”, ao afirmar que o jogo é bastante fácil de praticar. “Russel” faz então uma aposta com “Bhuvan” cujos termos são os seguintes: num espaço de 3 meses, uma equipa da povoação local terá de enfrentar um conjunto composto pelos oficiais britânicos. Se vencerem, toda a província estará isenta do “lagaan” durante 3 anos; se perderem, todos os agricultores terão de pagar o triplo do imposto.

"Gauri"

“Bhuvan” começa a recrutar e a treinar a equipa para o confronto com os ingleses, mas as dificuldades são imensas, pois apercebem-se que o “cricket” não é tão fácil quanto isso. Contudo, recebem uma ajuda inesperada da irmã do seu oponente, “Elizabeth Russell” (Rachel Shelley) que revoltada com a injustiça da aposta, decide tomar partido e ajudar a equipa indiana. No meio de muitas privações e volte-faces, chega o dia em que através de um mero jogo, decidir-se-á o futuro a curto prazo de um povo.


"Elizabeth Russell"

"Review"

“Era Uma Vez na Índia”, ou somente “Lagaan”, foi um filme aclamadíssimo no seu país, tendo a sua fama ultrapassado fronteiras ao ponto de ter sido nomeado para o óscar de melhor filme estrangeiro, na edição de 2002 dos prémios da academia de Hollywood. Apenas dois filmes indianos tinham conseguido tal feito, sendo os outros “Mother India” (1957) e “Salaam Bombay!” (1989). Concorrendo contra “O Fabuloso Destino de Amélie”, a conhecida obra de Jean-Pierre Jeunet e principal favorito, estatueta acabaria por ser atribuída a “No Man's Land”, do bósnio Danis Tanovic, numa vitória que muitos acusaram ter natureza estritamente política. Independentemente destas considerações, “Lagaan” ganharia inúmeros prémios em certames de cinema, e não apenas na Índia. A aclamação no mundo da sétima arte, seria acompanhado pelo sucesso comercial, pois “Lagaan” bateria todos os recordes de venda de “dvd”, no que concerne a um filme de “Bollywood”, assim como entraria rapidamente no “top 10” do “box office” do Reino Unido, a que não será alheio o facto de existir naquela nação uma grande comunidade indiana e paquistanesa.

“Lagaan” é à partida uma longa, mas mesmo bastante longa-metragem (mais de três horas e meia de duração!!!) que tem os condimentos para agradar a tudo e todos. Possui um argumento que passeia pelos campos da intriga política, da história, do desporto, do amor, da amizade, da comédia salutar, da cultura e etnografia. Alie-se umas músicas bem conseguidas, não só as ligadas às tradicionais danças, mas igualmente aquelas cuja função é constituir o pano de fundo do desenrolar das cenas do filme, e temos uma base para algo positivo. Imagine-se que até nos é facultada a oportunidade de visionar os actores britânicos a participar com os indianos nas melodias, numa mescla bem conseguida onde tanto se debitam cantos em “hindi” como em inglês. O mundialmente conhecido A.R. Rahman, esse ícone mundial da “world music” e autor da banda-sonora desta película, presenteia-nos com um registo extremamente bem conseguido e apelativo aos nossos ouvidos.

“Lagaan” pretende ser a “história de uma batalha sem sangue”, como é apregoado nos cartazes que publicitaram o filme, um pouco por todo o mundo. Apesar de nos ser explicado no início da película, com um certo formalismo, que todos os eventos e personagens são ficcionais, poderíamos perfeitamente ser induzidos a pensar o contrário, e acreditarmos que estávamos perante um épico baseado em eventos reais embora algo romanceado. A sua envolvência no que toca aos aspectos mais pessoais e colectivos, em que observamos o quotidiano difícil de um povo dominado e pobre, que tem a oportunidade de se sublimar perante obstáculos aparentemente intransponíveis, assim nos leva a concluir. Não obstante, o filme por vezes exagera no pendor nacionalista, em que os ingleses com a excepção de Elizabeth, são vistos como “uns bebedores de chá” ostracizantes e em constante desrespeito pelo povo e cultura indianos. É uma forma de passar uma mensagem, que visa acentuar outra mais positiva que se reconduz à união de todos os indianos num desiderato comum. E esta premissa é claramente exposta quando vemos “Bhuvan”, o herói da trama, a acolher de braços abertos na equipa um muçulmano e um “sikh”, assim como desafia as convenções mais entranhadas a pugnar pelo recrutamento de um “intocável” com uma deficiência numa mão. O protagonista usa um argumento simples, mas bastante significativo. Como é que os indianos podem queixar-se do mau tratamento dos ingleses, se eles próprios, seja através da religião, ou de um rigoroso sistema de castas, discriminam-se uns aos outros. É com esta inteligência e perspicácia que, à semelhança de um Ghandi, “Bhuvan” engendra uma forma de luta não violenta, que passa por atingir os britânicos directamente no seu orgulho. O objectivo é vencê-los num campo que nem ousam sonhar perder, neste caso um dos seus desportos de eleição, o “cricket”. Mas poderia ser outro aspecto qualquer que estivesse em causa, desde que servisse para marcar uma posição. Pense-se na inevitável história de amor, em que nem os encantos naturais e bondade intrínseca da britânica “Elizabeth” conseguem vencer a indiana “Gauri”, na luta pelas atenções de “Bhuvan”. À europeia resta ficar só a vida toda a suspirar pelo seu enamorado indiano.

"A pouco convencional equipa de Champaner"

É relativamente fácil de concluir que “Lagaan” foi um filme que teve vários recursos financeiros e materiais à sua disposição, sendo até hoje a maior produção de sempre na história da meca do cinema indiano. O filme é visualmente poderoso, alicerçado numa fotografia de respeito onde nos é dado a conhecer vastas paisagens áridas de uma Índia desconhecida para quase todos nós. Junte-se os palácios dos marajás, as casas senhoriais inglesas, um guarda-roupa meticuloso e um interminável leque de actores e estão criadas as condições materiais para mais uma película que visa provar que a lenda é quase sempre maior do que a vida.

Os actores, embora cumpram o que lhes peçam, não se exibem todos em igual medida, muito por força da dispersão dos papéis num grande número de intervenientes. Mesmo assim, sempre se dirá que Aamir Khan demnstra o carisma que lhe é inato. Não é segredo que estamos perante um dos mais sensacionais actores de “Bollywood”, se não mesmo o mais competente actualmente. Gracy Singh faz praticamente a sua estreia numa grande produção, e embora se esforce, há que reconhecer que ainda tinha muito que calcorrear para chegar ao nível de uma Kareena Kapoor, de uma Preity Zinta ou de uma Aishwarya Rai. No que concerne à falange britânica presente na película, é necessário desde logo afirmar que o cinema de “Bollywood” ainda não é suficientemente atractivo para capitalizar grandes nomes ingleses, pelo que invariavelmente se recorre a figuras desconhecidas. Falando de Rachel Shelley e Paul Blachthorne, os que assumem mais despesas nesta longa-metragem, ambos são actores de séries ou filmes desconhecidos. Muito provavelmente, “Lagaan” constituirá o expoente máximo nas suas carreiras. O seu desempenho é aceitável, embora longe de ser brilhante. Como aspecto lateral, sempre se dirá que a actriz britânica é lindíssima, e possui uns olhos que petrificam qualquer um...

“Lagaan” é uma película de excelente qualidade que teve, entre outros méritos, o de chamar a atenção para a cinematografia de “Bollywood” no ocidente, provando de uma vez por todas que na Índia também residem obras de grande envergadura cinematográfica. Apesar de ser uma longa-metragem bastante extensa, o seu ritmo contagiante faz com que as mais de três horas e meia de filme decorram num ápice, nunca entediando o espectador. Transmite uma mensagem assaz positiva e que passa muito pela ideia de sermos nós os deuses que controlam o nosso destino. Contudo, na minha ainda curta deambulação pelas obras daquele país, confesso que já tive a oportunidade de visionar películas que, por mais inverosímel que pareça, são superiores. Pelo exposto, sempre se poderá questionar com alguma acuidade, o porquê de mais filmes provenientes da Índia não terem uma presença constante nos grandes certames de cinema do mundo. Já é tempo de ultrapassar o trauma de que tudo o que provém daquelas paragens está conotado com o signo do “rasca”. Eu, aos poucos, já o estou a fazer. E sinto-me feliz por isso, pois é sinal que os meus horizontes cinematográficos evoluíram e subsequentemente estão a tornar-se mais vastos.

A não perder!


"Bhuvan e Gauri"

Trailer - música "Chale Chalo"

The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português:

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 7

Argumento - 8

Banda-sonora - 9

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 9

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8,13