"MY ASIAN MOVIES"マイアジアンムービース - UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!!

domingo, julho 30, 2006

Dragão Branco/The White Dragon/Fei hap siu baak lung (2004)

Origem: Hong Kong

Duração: 89 minutos

Realizador: Wilson Yip

Com: Cecilia Cheung, Francis Ng, Andy On, Hui Siu Hung, Patrick Tang, Kitty Yuen, Suet Nay, Liu Lei, Huang Xiao Xu, Dunn Siu Fung

"A jovem Fénix Negra"

Estória

A jovem mimada, rica e vaidosa "Fénix Negra" frequenta um liceu semelhante ao dos nossos dias, com a "ligeira" diferença que estamos no tempo da dinastia Ming! Não é diferente das outras raparigas, partilhando o sonho comum de casar-se com um principe encantado. No caso em concreto o alvo até já está escolhido, o belo "Tian Yang", herdeiro do trono imperial.

A corriqueira vida de "Fénix Negra" começa a tornar-se complicada quando um hábil assassino invisual chamado "Penas de Galinha" (!?) derrota uma heroína famosa chamada "Dragão Branco". Esta pensando que está a morrer transfere todos os seus poderes para "Fénix Negra", que devido a este facto passa a ser conhecida como "O Pequeno Dragão Branco". Quando "Fénix Negra" recebe a dádiva de ser a melhor lutadora das redondezas, começa a ser fustigada por uma das coisas que os adolescentes mais temem, o acne! A única maneira de fazer desaparecer as borbulhas é praticar boas acções, e então o novo "Dragão Branco" começa, à semelhança de "Robin dos Bosques" a roubar aos ricos para dar aos pobres.

"Dragão Branco enfrenta o aparentemente inofensivo Penas de Galinha"

Quando "Dragão Branco" descobre que "Penas de Galinha" planeia matar o principe "Tian Yang", desafia o assassino para um combate, mas é derrotada e parte uma perna.

"Penas de Galinha" acaba por revelar ser uma boa pessoa, levando "Dragão Branco" para a sua casa e tratando das suas maleitas até a mesma ficar restabelecida. Em virtude disto, ambos começam a desenvolver sentimentos um pelo outro.

Porém um dia, "Penas de Galinha", desesperado por ver a bela face de "Dragão Branco", acidentalmente perde todos os seus poderes relacionados com as artes marciais. "Dragão Branco", por sua vez e aquando do completo restabelecimento, volta para casa e é pedida em casamento pelo principe "Tian Yang".

Com o coração partido e sem poderes, "Penas de Galinha" é capturado e condenado à morte pelo corrupto irmão do principe "Tian Yang". Quando tudo parece que irá acabar em tragédia, "Dragão Branco" aparece para salvar o dia.

"O principe Tian Yang com Fénix Negra"

"Review"

"Dragão Branco" é um filme em permanente conflito consigo mesmo. Pretende ser tudo ao mesmo tempo, desde comédia, "wuxia", drama e sei lá mais o quê!!!

Os "gags" são um completo absurdo, sem piada nenhuma, inclusive indo até ao embaraço. Admito se calhar que também não os entendi muito bem em certos aspectos. Poderá estar aqui eventualmente em causa uma questão de culturas diferentes, com sentidos e noções de humor distintos, embora eu não acredite muito pois já visionei comédias provenientes de Hong Kong que achei bastante piada.

O argumento embora não seja nada de especial, até acaba por ser aceitável, e inclusive algum do drama é bem conseguido, outro nem por isso...

"Dragão Branco"

As cenas de luta são excelentes! É uma franca pena não haverem muitas ao longo do filme, ao contrário do que eu estava à espera. Neste particular, senti-me especialmente defraudado!

A fotografia é belíssima e fez-me lembra de sobremaneira "O Segredo dos Punhais Voadores". Aliás a atmosfera e certos pormenores desta película fazem lembrar em muito aquele filme, embora "Dragão Branco" seja incomparavelmente inferior no geral.

Com o visionamento desta longa-metragem, descobri que sou muito conservador no que toca a certos filmes, e até admito que esta característica não seja nada positiva, quando por vezes se pretende inovação e uma "lufada de ar fresco" a nível do cinema. Mas quando estamos por exemplo perante uma cena em que a original "Dragão Branco" está a transferir os seus poderes para "Fénix Negra" e aparecem umas folhas a sairem da cabeça de uma para a cabeça de outra, acompanhado de um caratere específico da área de informática em letras gordas "Download", já chega de palhaçada para mim!

O meu circunspectivismo impede-me de poder gostar deste filme, salvando-se apenas um ou outro pormenor, para além da grande beleza e graciosidade da mais bela das actrizes asiáticas, Cecilia Cheung!

Fraquito!

"Espectacular cena de luta entre Dragão Branco e Penas de Galinha"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Vetorial

Avaliação:
Entretenimento - 6
Interpretação - 6
Argumento - 7
Banda-sonora - 6
Guarda-roupa e adereços - 7
Emotividade - 7
Mérito artístico - 7
Gosto pessoal do "M.A.M." - 5
Classificação final: 6,38


quinta-feira, julho 27, 2006

Asoka ( música "O Re Kanchi")

Aqui vai uma musiquinha daquelas indianas das "palmas e cantigas", como diz um amigo meu!
Escolhi esta, pois apesar de por princípio não gostar nada das bandas sonoras dos filmes indianos, tenho que admitir que esta "O Re Kanchi" do filme "Asoka" até é muito agradável de se ouvir e quase apetece saltar e cantar com Karena Kapoor (ui, ui!), Shahrukh Kahn e o resto dos dançarinos e figurantes!
Aproveitem que até tem "subtitles" em inglês!

sábado, julho 22, 2006

Sword in the Moon/Cheongpung myeongwol (2003)

Origem: Coreia do Sul

Duração: 99 minutos

Realizador: Kim Ui-seok

Com: Choi Min-su, Jo Jae-hyeon, Kim Bo-yeong, Lee Jong-su, Yu Yeon-su, Gi Ju-bong, Jeon Seong-hwan, Jo Sang-geon

"Choi"

No século XVII, na península coreana existe uma afamada escola de ensino do manejo da espada, denominada "Clear Wind Shinning Moon", reputada como a melhor do país.

Findo o treino, os estudantes são recrutados pelo imperador. Uns são destacados para proteger a capital Seul, outros são enviados para proteger as fronteiras para prevenir eventuais agressões de reinos vizinhos, e por fim muitos são destacados numa missão que consiste em ir no encalço de rebeldes.

"Shi" e Choi" são os melhores alunos, sendo ao mesmo tempo camaradas que nutrem uma grande amizade mútua como irmãos. "Shi" fica na capital, "Choi é enviado para a fronteira.

"Shi em apuros"

Tudo corre bem, até que um dia um nobre rival do imperador açambarca as tropas fronteiriças e leva a cabo um verdadeiro golpe de estado. "Choi" é obrigado a jurar lealdade ao usurpador e assassina o mestre da escola "Clear Wind Shinning Moon". Em lados opostos, os dois amigos são forçados a lutar um contra o outro quando Seul é invadida, e "Choi" mata "Shi". As tropas do imperador são desbaratadas, sendo posto no trono o nobre rebelde.

Cinco anos após estes eventos, uma misteriosa onda de homicídios começa a grassar, tendo como alvo altas patentes do exército. "Choi" é encarregue de perseguir e aprisionar o assassino, e cedo descobre que o seu antigo amigo não está tão morto quanto isso...

"Shi em confronto com Choi"

"Review"

Da Coreia do Sul, chega-nos mais um "swordplay movie", género que se está a popularizar cada vez mais por aquelas bandas, como provam os recentes "Shadowless Sword" e "The Duelist". Devo dizer que isto satisfaz-me imenso, pois independentemente de apreciar o filme ou não, o género está a assumir uma visibilidade praticamente sem precedentes naquele país.

Falando agora directamente de "Sword in the Moon", tenho logo por assente que o filme divide-se em duas partes bastante distintas. Os primeiros 70 minutos são um pouco para o "ensosso", chegando a película a ser monótona, ressalvando as lutas que apresentam-se com um nível bastante aceitável. O realizador preocupou-se em demasia na explicação de determinados aspectos, recorrendo para o efeito a uma série de "flashbacks" que em parte resultaram, mas que por outro lado criam momentos mortos, fazendo com que o espectador perca momentaneamente o interesse pelo filme.

A última meia-hora é bastante mais apelativa, com uma acção bem estruturada, dotada de momentos verdadeiramente empolgantes. O grande exemplo que aqui se aponta é a batalha ocorrida na "Ponte Pérola" em Seul, demonstrativa de como um bom epílogo de uma longa-metragem desta "família" deve ser, ou seja, brutal, trágico sem ser "bera", acima de tudo despontando as emoções que todos nós amantes do cinema asiático em geral, e do "swordplay" em particular gostamos de sentir.

"A luta pela tomada do poder"

Uma palavra quanto à interpretação dos actores. Ela não versa tanto sobre os diálogos verbais, enveredando mais pelos corporais, acentuando-se as expressões faciais. Os movimentos realizados com bastante cuidado, fazem com que a nota seja francamente positiva, provando que actuar não é apenas e tão só declamar umas falas e pronto!

O argumento em si, embora nem sempre bem transposto para a tela, é enternecedor de uma forma pouco usual. Estamos mais do que habituados a que exista uma paixão entre um homem e uma mulher, acentuada por uma estória com um pendor dramático e que nos ponha a sonhar com o trágico destino dos amantes. Aqui o resultado é almejado e verdadeiramente conseguido através da amizade. O sentimento que une dois homens, nutrindo ambos um respeito mútuo como irmãos, mas que o destino pôs em campos opostos, tornando-os em inimigos por força das circunstâncias, pode soar a "cliché" mas acaba verdadeiramente por não o ser. Acabamos posteriormente por descobrir e sentir que a amizade não morreu, simplesmente foi adormecida pelos cruéis meandros da vida! Mas como sentimento nobre que é, ressurge das cinzas da rivalidade e no fim apercebemo-nos disso!

"Sword in the Moon" é um filme a apreciar, mas convém mais uma vez acentuar que é preciso fazer um sacrifício um pouco penoso em grande parte da película, embora no epílogo venha uma enorme recompensa.

"Explosão na Ponte Pérola"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Henshin, Rascunhos

Avaliação:

Entretenimento - 6

Interpretação - 8

Argumento - 8

Banda-sonora - 6

Guarda-roupa e adereços - 7

Emotividade - 8

Mérito artístico - 7

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,13







quinta-feira, julho 20, 2006

Ran, Os Senhores da Guerra(Hidetora sai do castelo em chamas)

Cena emblemática de uma das várias obras primas do mestre Akira Kurosawa, e pessoalmente a minha favorita. Hidetora, líder do clã Ichimonji, é cercado pelos dois filhos rebeldes. Derrotado e com a sua temível guarda pessoal toda morta em batalha, sai num estado perfeitamente alucinado de um castelo, cuja construção custou cerca de 1,5 milhões de dólares!!! Fantástico momento do cinema!

quinta-feira, julho 13, 2006

O Segredo dos Punhais Voadores (a dança de Mei).

A belíssima dança de Zhang Ziyi no "Segredo dos Punhais Voadores"! Desfrutem!!!

sábado, julho 08, 2006

Bichunmoo, o Guerreiro/Bichunmoo: Warrior of Virtue Aka Dance of the Flying Sword/Bichunmoo (2000)

Origem: Coreia do Sul

Duração: 117 minutos

Realizador: Kim Young-jun

Com: Shin Hyeon-jun, Kim Hee-sun, Jeon Jin-young, Jang Dong-jik, Choi Yoo-jung, Suh Tai-wah, Kim Hak-chu, Lee Han-garl, Kim Su-ro, Ryoo Hyoun-kyoung.

"O trágico espadachim Yu Jin-ha"

Estória

A estória inicia-se com "Yu Jin-ha", um fantástico espadachim coreano, a comandar dez fabulosos guerreiros numa batalha contra o que resta do exército mongol na China.

Posteriormente, numa série de "flashbacks", recuamos uns anos para tomar conhecimento do grande amor que o herói nutre por "Sullie", filha ilegítima do general mongol "Taruga". Aí ficamos a saber que "Jin-ha" e "Sullie" na sua juventude foram cruelmente separados, e esta última é obrigada a casar-se com um amigo de "Jin-ha", o Senhor "Namgung". "Jin-ha" luta com o noivo de "Sullie", e perde o duelo devido a uma traição, sendo dado como morto.

"A bela e sofrida Sullie"

Neste ponto avançamos dez anos na estória, onde descobrimos que afinal "Jin-ha" não morreu e lidera o tal grupo de combatentes acima mencionado, estando ao serviço dos "Hans" chineses que pretendem expulsar os mongóis da sua terra.

Os "Hans" acabam por revelar-se tão perniciosos como os mongóis, desejando ambas as facções obter a mesma coisa, aprender a arte secreta do manejo da espada conhecida como "Bichun", que é a herança da família de "Jin-ha".

As lealdades tornam-se perenes quando "Jin-ha" tem o reencontro dramático com "Sullie"e o filho que nunca conheceu, e antes do fim, o guerreiro terá a tarefa hercúlea de confrontar o seu passado, proteger aqueles que ama e derrotar os que tentam aprender a sua arte a todo o custo.

"O casal de amantes"

"Review"

Do realizador do mais recente épico "Wuxia" sul-coreano "Shadowless Sword", este "Bichunmoo, o Guerreiro" é um filme que prima sobretudo pelo sentimentalismo. Centra-se na trágica estória de amor de "Jin-ha" e "Sullie", formando uma orgulhosa parelha de "swordplays" tipo "Romeu e Julieta", conjuntamente com "The Bride With White Hair" e "Shinobi: Heart Under Blade". O romance é delicioso, e claramente podemos sentir e até mesmo invejar o amor sem fronteiras que une os principais protagonistas da estória, embora tenha que forçosamente admitir que por vezes exagerou-se um pouco no drama. A cena final, como expoente máximo do já propalado romance e dramatismo, é muito triste e bela de se ver e com certeza serviu de base a uma das cenas finais de "Herói". Por mero exercício de raciocínio, façam uma breve comparação entre o desfecho trágico de "Espada Partida" e "Neve Esvoaçante" daquele filme com o de "Jin-ha" e "Sullie" neste, e inevitavelmente concluirão da mesma forma do que eu. Honra seja feita, "Bichunmoo" foi realizado primeiro do que "Herói", embora este último seja um melhor filme inquestionavelmente.

As interpretações são feitas à medida do drama, ou seja, por vezes envoltas num certo exagero que certamente era requisitado.

O guarda-roupa é muito bom, e chamou-me à atenção particularmente a indumentária usada pelos guerreiros de "Jin-ha", de um negro verdadeiramente temível, como poderão vislumbrar na última foto aqui exposta.

A banda-sonora é variada, cheia de "riffs" de guitarra quando toca aos momentos de luta, e as músicas mais sentimentais nos momentos de amor ou reflexão. Neste particular destaco uma melodia verdadeiramente contagiante que ilustra os sentimentos dos amantes e que felizmente podemos ouvir diversas vezes ao longo do filme.

"O senhor Namgung (marido de Sullie) em fúria"

As cenas de luta são bastante confusas, pois passam-se a uma grande velocidade, com as costumeiras implosões dos corpos, acompanhadas de areia por todo o lado e o sangue a jorrar em catadupa!

Verdadeiramente o que estraga o filme é o próprio enredo que por vezes torna-se indecifrável, embora à terceira visualização as coisas já comecem a fazer mais sentido. Mesmo assim existem personagens que aparecem e desaparecem a um ritmo vertiginoso, e um "Han" que é dos principais maus da fita é disso um exemplo. Surge do nada, sabemos pouquíssimo acerca das suas motivações, e em consequência afigura-se como um verdadeiro actor terciário! Penso que muitos concordarão comigo, quando afirmo que o filme deve ter sido bastante cortado na sala de edição, fazendo com que se criem vazios quase insanáveis e que a amálgama de questões inevitavelmente acabem por aparecer. Dispensava-se esta situação!

"Bichunmoo, o Guerreiro" é um bom filme, mas que peca pela sua sombria e mal explicada estória, para além dos excessos de dramatismo que começam demasiado cedo, antes do próprio espectador criar a necessária empatia com as personagens. De qualquer forma, aconselho o seu visionamento, pois é uma obra com um certo mérito que merece ser apreciado, sobretudo pelos românticos "lamechas" nos quais orgulhosamente me incluo!

"Um dos formidáveis guerreiros de Yu Jin-ha"

Trailer, The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português: Cine 7, Cinema ao Sol Nascente

Avaliação:

Entretenimento - 6

Interpretação - 7

Argumento - 6

Banda-sonora - 9

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 10

Mérito artístico - 7

Gosto pessoal do "M.A.M" - 7

Classificação final: 7,50




















domingo, julho 02, 2006

The Duel/Kuet chin chi gam ji din (2000)

Origem: Hong Kong

Duração: 106 minutos

Realizador: Andrew Lau

Com: Nick Cheung, Vicki Zhao, Ekin Cheng, Andy Lau, Kristy Yeung, Patrick Tam, Elvis Tsui, Tin Sum, Tsui Siu Keung, Jerry Lamb

"Os oponentes Snow (Ekin Cheng) e Yeh Cool Sun (Andy Lau)"

Estória

No mundo das artes marciais, dois espadachins ostentam o título de lutadores sem rival. De um lado temos "Snow" (Ekin Cheng), um poderoso e estóico mestre envolto em mistério, e do outro "Yeh Cool Sun" (Andy Lau), um fenomenal guerreiro, possuidor de um golpe considerado imbatível e cujas origens remontam à família do imperador.

Após vários anos granjeando as suas reputações, "Sun" desafia "Snow" para um duelo, tendo em vista encerrar de uma vez por todas a discussão sobre qual dos dois é o melhor. O desafio está marcado para um local verdadeiramente simbólico e à altura dos concorrentes, o palácio imperial, e toda a China aguarda expectante.

No entanto apenas oito pessoas, excluindo os residentes do palácio imperial, terão o privilégio de assistir ao fabuloso combate. O agente do imperador "Dragon 9" (Nick Cheung), fica encarregue de escolher os eleitos, atribuindo-lhes para o efeito um medalhão feito de ouro.

À medida que o dia do embate aproxima-se, misteriosos homicídios começam a ocorrer, e o agente "Dragon 9" decide investigar por conta própria os crimes, chegando à conclusão que as provas apontam para um dos oponentes e seu amigo pessoal "Snow".

O tempo urge, o duelo está quase a ocorrer e a vida do imperador corre sérios riscos!

"Dragon 9 (Nick Cheung) e a princesa Phoenix (Vicki Zhao)"

"Review"

Apesar de "The Storm Riders", "A Man Called Hero" e este "The Duel" serem filmes completamente independentes a nível de enredo, são muitas vezes apontados como uma trilogia não oficial do realizador Andrew Lau (não confundir com um dis actores principais desta película Andy Lau). Todas estas longas-metragens demonstram um uso intensivo de "CGI", para além de terem em comum o facto de serem fantasias que envolvem artes marciais. Eu próprio adquiri os filmes acima mencionados num bonito "pack" que sugestivamente intitulava-se "The Storm Riders Trilogy".

Comparando muito resumidamente os 3 filmes, temos logo que fazer uma analogia com a data da realização dos mesmos, no sentido de que a qualidade vai decrescendo. "The Storm Riders" (1998) é um filme bastante interessante, apesar de um ou outro defeito mais evidente. "A Man Called Hero" (1999) tem um bom argumento e não só, mas já encontra-se uns furos abaixo de "Stormriders". "The Duel" é claramente o pior dos três.

Os efeitos especiais não são nada demais quando comparado com "Stormriders". Até parece que o que não prestava para os dois anteriores filmes sobrou para este!

O argumento embora não seja mau de todo, também não impressiona por aí além, sendo um misto de acção, romance, mistério e comédia. Só esta última componente resultou minimamente bem, fazendo com que Nick Cheung seja o actor que se salva da mediocridade geral, conseguindo efectivamente proporcionar-nos alguns momentos hilariantes.

"Dragon 9 tem muitas dores de cabeça com as exigências da mimada princesa Phoenix"

As cenas de romance são uma trapalhada geral, embora em certos momentos "Ye Ziqing", a personagem interpretada por Kristy Yeung, consiga me fazer crer acerca da bondade e sinceridade dos seus sentimentos em relação a "Snow". Ekin Cheng prima pela mudez, devendo dizer no máximo umas dez, quinze linhas em todo o filme. Pretendia-se porventura acentuar o mistério em torno da personagem de "Snow", mas o que se obteve efectivamente foi um grande vazio. o ar e personalidade do actor, que reconhecemos ser propício para este tipo de papéis, tem os seus limites e não consegue fazer milagres!

A belíssima Vicki Zhao e Andy Lau, sendo dois actores de nomeada, têm no entanto interpretações sofríveis e nada condizentes com o seu elevado estatuto.

A própria beleza das paisagens e dos cenários, que constituem "regra de ouro" em filmes do género, são invariavelmente preteridas a favor do "CGI", o que se torna verdadeiramente cansativo e irritante.

O duelo que todos ansiamos, e que temos a secreta esperança que salve a película, acaba por revelar-se uma desilusão!

Se mesmo assim pretenderem adquirir "The Duel", aconselho a adquirir no "pack" que aqui já mencionei. Comprar este DVD isolado, só mesmo se estiver a um preço não superior a € 5,00...

Pouco mais do que medíocre!

"Um momento do duelo final, verdadeiramente demonstrativo das incríveis capacidades dos litigantes"




Avaliação:
Entretenimento - 7
Interpretação - 6
Argumento - 6
Banda-sonora - 6
Guarda-roupa e adereços - 7
Emotividade - 6
Mérito artístico - 6
Gosto pessoal do "M.A.M." - 5
Classificação final: 6,38