"MY ASIAN MOVIES"マイアジアンムービース - UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!!

quinta-feira, outubro 29, 2009

Beldades do Cinema Asiático - Aoi Miyazaki







Mais uma beldade do país do sol nascente. Mais informações AQUI.


domingo, outubro 25, 2009

Om Shanti Om - ओम शान्ति ओम (2007)

Origem: Índia

Duração: 165 minutos

Realizadora: Farah Khan

Com: Shahrukh Khan, Deepika Padukone, Arjun Rampal, Shreyas Talpade, Kirron Kher, Javed Sheikh, Bindu Desai, Asawari Joshi, Yuvika Choudhary, Shawar Ali, Girija Sarangi

"Shantiprya Aka Shanti"

Sinopse

Nos anos '70, “Om Prakash Makhija” (Shahrukh Khan) é um jovem actor de pouca nomeada, que sonha vir a tornar-se numa estrela. Mesmo assim, mais do que se tornar numa lenda de cinema, “Om” sonha vir a casar com “Shantipriya” (Deepika Padukone), também conhecida por “Shanti”, uma actriz em ascensão e de grande popularidade no meio. “Om” não conhece pessoalmente “Shanti”, mas a sua paixão leva-o a salvá-la numa cena de um filme, em que a mesma está perigosamente rodeada por chamas.

Agradecida pelo gesto heróico de “Om”, “Shanti” começa a conviver mais de perto com o jovem actor e as esperanças deste aumentam progressivamente. Contudo, cedo os seus anseios sofrem um rude golpe, quando este descobre que “Shanti” é casada secretamente com um famoso produtor de cinema chamado “Mukesh Mehra” (Arjun Rampal), e espera um filho dele. Na realidade “Mukesh” é um homem implacável que, em nome do dinheiro e da ambição, assassina “Shanti” pegando fogo a um estúdio. “Om”, desta vez não é bem sucedido, e morre ao tentar salvar a sua amada.

"Om Prakash e o amigo Pappu"

Devido a um acontecimento sobrenatural, “Om” renasce como o filho do conhecido actor “Rajesh Kapoor” (Javed Sheikh) e trinta anos depois é uma das maiores estrelas do universo de “Bollywood”. As suas memórias da vida passada começam a retornar quando se depara com a sua anterior e agora idosa mãe “Bela” (Kirron Kher). Por coincidência, “Om” volta a se cruzar com “Mukesh” e começa a arquitectar a sua vingança. Decide rodar um filme com ele, denominado “Om Shanti Om”, e contrata uma sósia de “Shanti” de forma a aterrorizar “Mukesh” e forçar uma confissão por parte deste. No entanto as coisas não correm como esperado, e “Om” vê-se em grande perigo outra vez. É então que uma inesperada ajuda surge...

"Shanti e Mukesh Mehra"

"Review"

“Om” é considerada a sílaba sagrada que representa o universo na sua totalidade, e embora não possua um significado literal para português, será qualquer coisa como o “absoluto”. “Om Shanti” será paz e acredita-se que a expressão quando muitas vezes repetida, induzirá a um estado de relaxamento, apaziguamento interior e bem-estar. Ao título do filme “Om Shanti Om” não será alheio estes significados, assim como o nome dos protagonistas principais. Não nos esqueçamos que Khan interpreta duas figuras cujo nome é “Om”, assim como a actriz Deepika Padukone usa o diminutivo na película de “Shanti”. No meio de significados como “absoluto”, “paz”, apaziguamento, para além da óbvia simbiose do casal, o que é certo é que esta obra interpretada pela mega-estrela Shahrukh Khan, e apresentando uma adorável Deepika Padukone, constitui até hoje, o filme de “Bollywood” que mais facturou nos EUA. Ostenta igualmente o orgulhoso record de venda de cópias para exibição a nível internacional, superando as dez mil. Contribuindo para uma grande difusão global do cinema hindi de Mumbai, é normal que as expectativas estivessem em alta.

Tecnicamente poder-se-á afirmar que o filme é bem executado, mas possui noutros itens falhas que, quanto a mim, fazem com que “Om Shanti Om” não mereça todo o alarido que gravitou em seu redor. O argumento possui algumas ideias interessantes, mas que carecem de mais alguma exploração. O restante, neste particular, é pobre, longe de ser convincente e com momentos verdadeiramente inacreditáveis no mau sentido. É dado assente que qualquer filme que trate com o tema da reincarnação, terá de ter um especial cuidado na maneira como expõe as coisas. As cenas da morte, o renascimento, os “flashback”, são premissas importantes que têm de estar interligadas pela coerência. Mesmo que estejamos, em princípio, no domínio do fantástico. Pois coerência, é uma das coisas que faltam a “Om Shanti Om”. E a maneira como “Om Kapoor” se vai relembrando de aspectos da sua vida passada na pele de “Om Prakash” carecem gritantemente de sustentabilidade e credibilidade perante o espectador.


"Om Kapoor Aka OK"

Por outra via, o argumento ganha algum fulgor positivo, quando embarca pelos caminhos do entendimento do cinema de “Bollywood”. No entanto, é preciso esclarecer que à partida, só quem estará mais esclarecido acerca dos bastidores da Meca do cinema indiano perceberá a envolvência, assim como a sátira e as piadas que desfilam acerca do meio. É fascinante debruçarmo-nos sobre a forma como eram rodados os filmes em Mumbai, tanto nos anos '70 como na actualidade, e todo o “hype” gerado à volta dos filmes e dos actores. Em “Om Shanti Om” é-nos apresentado o tal “mundo de sonho” que já referi aqui a propósito de outros textos acerca de longas-metragens de “Bollywood”, e que assume uma importância fulcral no dia-a-dia da sociedade indiana. Nestas coisas, como em tudo na vida, existe sempre alguém que não fica satisfeito. Ficou célebre a guerra travada entre os produtores de “Om Shanti Om” e o actor Manoj Kumar, devido a este ter entendido que foi ridicularizado no filme. Sinceramente, apreciei de sobremaneira as cenas que visam Kumar, constituindo dos melhores momentos cómicos da película. Desde o mesmo ser perseguido pela polícia, até ao facto de estar constantemente a colocar a mão à frente da cara, um gesto que o celebrizou. A crítica implícita ao protagonismo cinematográfico de Hollywood, está igualmente feliz. A mesma é corporizada no facto de “Mukesh Mehra” pedir pomposamente para o tratarem por “Ted”, pois nos EUA é assim que o chamam, e “Om Prakash” (na altura, “Om Kapoor”) responde que pode tratá-lo por “OK” (iniciais do seu nome), pois é assim que em “Bollywood” é conhecido.

Um dos aspectos que capta imenso a atenção é o manancial de estrelas bem conhecidas de “Bollywood” que surgem no ecrã, todas em “cameo” ou a título de participação especial. São mais de 42, imagine-se! Só na música “Deewangi Deewangi” aparecem trinta! Se na cerimónia dos “Filmfare Awards” justifica-se o ambicioso empreendimento, no momento musical tal se afigura como um provincianismo algo bacoco. O resultado redunda num desfile de vaidades, sem substância alguma e que não traz nada de novo ao filme. O grande Aamir Khan fez bem em recusar a proposta que lhe fizeram para aderir à “festa”, demonstrando desta forma o seu carácter e personalidade fortes. Reportando-me à banda-sonora propriamente dita, a mesma ficou a cargo da dupla Vishal-Shekhar, após uma recusa prévia de AR Rahman. O saldo global é positivo, indo a minha preferência pessoal para a música onde Shahrukh Khan expressa o seu desgosto, intitulada “jag soona soona lage”.

Com actuações medianas, onde quem brilha mais nem é o “rei” Shahrukh Khan, mas sim a beleza de Deepika Padukone ou a vilanagem de Arjun Rampal, “Om Shanti Om” é uma obra composta de altos e baixos. Tem uma visão saudosista e que se aclama no que concerne aos filmes de “Bollywood” dos anos '70, assim como expõe um cenário interessante da cena actual. O argumento é o “calcanhar de aquiles” da película, revelando que a orientação global foi impressionar visualmente o espectador e não tanto puxar pelos neurónios do mesmo. É uma longa-metragem que aposta imenso no amor à primeira vista, mas que falha no aprofundamento de itens considerados essenciais e que elevam as películas para um patamar de sobriedade. Pelo exposto, é forçoso concluir que “Om Shanti Om” é um filme agradável de seguir, mas que está longe de merecer toda a fama e referências que se geraram em seu redor.


"Dança na bola de cristal"

Trailer

The Internet Movie Database (IMDb) link

Site Oficial

Outras críticas em português:

Classificação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 7

Argumento - 6

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,50




quarta-feira, outubro 21, 2009

Beldades do Cinema Asiático - Sin Min-ha








E viva a Coreia do Sul!!! Por razões evidentes :))) . Mais informações sobre esta bela actriz, AQUI.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Vampire Hunter D: Bloodlust/Banpaia hantâ D - バンパイアハンターD (2000)
Origem: Japão/EUA
Duração: 103 minutos
Realizador: Yoshiaki Kawajiri
Vozes das personagens principais (versão falada em inglês): Andrew Philpot (D), John Rafter Lee (Meier Link), Pamela Adlon (Leila), Wendee Lee (Charlotte), Michael McShane (Left Hand), Julia Fletcher (Carmila), Matt McKenzie (Borgoff)
"Vampire Hunter D"

Sinopse

Num mundo futurístico, os vampiros estão em decadência, quando outrora já foram reis e senhores. “Charlotte”, uma linda rapariga, filha de um homem abastado, é raptada por um poderoso vampiro chamado “Meier Link”. Desesperada, a família de “Charlotte” contrata “D”, um caçador de vampiros, de forma a que a rapariga seja resgatada. “D” é um “dampiro”, designação que serve para ilustrar aqueles que são metade homem, metade vampiro, atendendo a que possuem progenitores de ambas as raças.

"A paixão de Charlotte e Meier Link"

No encalço de “Meier Link”, segue também um grupo de caçadores de recompensas, liderados por “Markus Borgoff”, sendo um dos elementos uma jovem rebelde com grandes capacidades de luta, chamada “Leila”. O séquito compete com “D” pelo resgate de “Charlotte”, de forma a receberem os vinte milhões de dólares de prémio. Acontece que um grande obstáculo surge perante aqueles que foram contratados para salvar “Charlotte”. A jovem afirma que está com “Meier Link” de livre vontade, declarando-se completamente apaixonada por ele.

"Meier Link Vs. D"

"Review"

Em 1985, surgiu um anime com pendor extremamente gótico denominado “Vampire Hunter D”, na altura a cargo de Toyoo Ashida, e que causou alguma sensação no meio. Quinze anos depois, tinha chegado a hora de “Vampire Hunter D: Bloodlust”, desta vez com Yoshiaki Kawajiri ao leme, o responsável por um dos meus “anime” preferidos, “Ninja Scroll”. “Vampire Hunter D” é baseado numa série de escritos da autoria do aclamado Hideyuki Kikuchi, uma personalidade famosa no Japão pelos seus contos de terror, tendo sido já comparado a Stephen King. Muito sumariamente, e como já se depreende um pouco da sinopse, o que está em causa são as aventuras de “D”, um cavaleiro solitário e misterioso. Na realidade, “D” é um dampiro, que nos mitos da região europeia dos Balcãs, representa um ser que possui um pai vampiro e uma mãe humana. Igualmente no folclore daquela zona, acreditava-se piamente que os dampiros davam excelentes caçadores de vampiros. Foi com base nestas lendas, que a personagem de “D” foi construída e a sua história pensada. Existem outros dampiros conhecidos no mundo da sétima arte, constituindo o exemplo mais flagrante o de “Blade”, interpretado pelo actor Wesley Snipes.

Tendo por fonte os escritos de Kikuchi, já que no filme não existe uma explicação directa, “D” exerce a sua actividade num mundo pós-apocalíptico, mais propriamente no ano de 12090 depois de Cristo. Em 1999, os vampiros orquestraram uma guerra nuclear que quase destruiu a civilização. Os vampiros, usando o seu poder tecnológico e também mágico, reconstruíram o mundo à sua maneira. Alimentando-se de humanos, foram reinando até a altura em que começam a entrar em declínio, apesar de ainda serem temidos e respeitados. “D” é o seu pior pesadelo, atendendo às suas magníficas capacidades como caçador de vampiros, possuindo as características físicas desta raça e não tantas fraquezas. Contudo, “D” não é bem aceite pelos humanos, atendendo à sua origem, fazendo com que seja rejeitado por ambas as partes contendoras. A sua solidão explica-se muito por esta razão. Kikuchi cria um mundo fascinante e tenebroso, que expressa um ambiente constituído por um manancial de características que se podem reconduzir ao velho oeste norte-americano, temperado com uma aura gótica, épica, de ficção científica e pura magia. “Vampire Hunter: Bloodlust” encarna muito bem este espírito, e é sem margem para qualquer dúvida, uma excelente obra de animação.

O filme apresenta uma acção muito bem desenvolvida e enquadrada, que nos prende a atenção ao ecrã até ao epílogo. Os cenários são apaixonantes e o desenho das personagens muito bonito e atraente. A parte mais cénica ficou a cargo dos conhecidos estúdios “Madhouse” e o resultado é um verdadeiro regalo para a vista! As paisagens variam desde cemitérios, ruínas clássicas, povoações retiradas do século XVIII ou de um típico “western”, castelos assombrosos, florestas e campos. Tudo feito com uma arte apreciável e quase sempre com uma ambiência gótica bastante distinta. Ao contrário do que é normal, a versão original é falada em inglês, tendo sido posteriormente efectuada uma dobragem em japonês. Este factor não belisca minimamente a qualidade da obra, asseguro-vos.

A trama está bem urdida, com pormenores extremamente significativos, muitas vezes relacionados com o ar aparentemente jovem de “D”, quando o mesmo na realidade já possui imensos anos de vida. Pense-se a título exemplificativo, no homem de idade que defende o caçador, por este o ter salvo quando era criança, ou na cena final que não revelo por constituir um “spoiler”. Igualmente, a paixão entre o vampiro “Meier Link” e “Charlotte”, está bem transposta para a tela, o que nos faz granjear simpatia pelos enamorados. Repare-se que os mesmos são perseguidos pelo herói da história, mas sob falsos pressupostos, pois ambos nutrem um sentimento enorme um pelo outro. Tal situação, por vezes provoca algum abalo na segurança do aparentemente inexpugnável “D”, não fosse ele o produto de uma relação entre um vampiro e um humano. “Meier Link” cativa-nos imenso e verdadeiramente não pode ser considerado um vilão da história. A força da sua paixão é bem evidenciada quando luta contra a sua parte animal ao não querer morder “Charlotte”, quando ela insiste em nome de viverem juntos para sempre. Quem esquecerá a brilhante cena em que “Meier Link” enfrenta a exposição do sol, de forma a impedir que afastem “Charlotte” da sua vida (ou será morte?) para sempre e ela, desesperada, corre para os braços do seu amante a arder. Igualmente interessante é a relação entre “D” e “Leila”, com ambos a parecerem evidenciar algum tipo de sentimentos. Em suma, o jogo de emoções mergulhado na ambiguidade moral está um mimo!


"D faz-se anunciar"

As personagens, à semelhança do resto do filme, são bem conseguidas e como já acima aflorei, com um desenho muito belo. Reportando-me apenas às principais, “D” é enigmático tanto no aspecto como na sua vida. Aparentemente parece ter vinte e poucos anos, mas na realidade já possui centenas de vivência. O seu cabelo longo, a sua capa imensa e o seu chapéu de abas largas, servem para protegê-lo da luz do sol, que eventualmente poderá debilitá-lo, embora não tanto como os vampiros. A sua longa espada e o pendente azul, imbuído de poderes místicos, completam um dos aspectos mais “cool” alguma vez vistos na tela. As próprias origens de “D” estão envoltas num propositado nevoeiro. O seu nome composto por uma única sugestiva letra e a referência ao facto de ser descendente do “rei dos nobres”, induzem que o seu pai vampiro seria, nada mais nada menos, que o Conde Drácula! Aquando do seu embate com a poderosa vampira “Carmila”, esta exclama horrorizada uma frase que suporta esta ideia. “Carmilla”, a verdadeira vilã da história, é baseada num misto de personagens emblemáticas dos mitos vampirescos, a saber, “Carmilla” do romance com o mesmo nome, da autoria de Joseph Sheridan Le Fanu e a eterna Condessa Bathory, considerada o equivalente feminino do Conde Drácula. “Charlotte” é adorável, e constitui o protótipo da rapariga debutante do século XVIII, muito prendada e com laivos de ingenuidade, buscando a força e segurança no seu amor. O vampiro “Meier Link” constitui a única personagem que consegue disputar o protagonismo a “D”. Trata-se de um ser que não é mau por natureza e apenas mata quando a tal é obrigado ou por necessidade. Os sentimentos que nutre por “Charlotte”, parecem contribuir muito para esta faceta. É um dos vampiros mais poderosos, e com atributos que em muito excedem os do espécime normal desta raça. É capaz de se regenerar das feridas e, apesar de ser passível de ser considerado um ser que não é maligno, a sua aura poderosa faz com que os crucifixos fiquem deformados, as plantas sequem e os vidros partam. Constitui um oponente à altura de “D” e a sua caracterização é praticamente irrepreensível. “Leila”, por sua vez, é uma humana, que se dedica à caça de vampiros devido ao ódio que nutre por estes seres, assim como pelos “dampiros”. Tudo se deve a um acontecimento trágico que sucedeu no passado. No entanto, a sua opinião sofre alterações quando trava conhecimento com “D” e aprende que nem todos os “dampiros” são maus, muito pelo contrário.

“Vampire Hunter D” é uma obra imperdível para qualquer amante de anime que se preze como tal! Tem quase tudo o que é requerido para criar uma legião de fãs, desde uma banda-sonora com motivos orquestrais que se adequam à película, até um manancial de personagens emblemáticas que ficam na memória. O argumento é bom, a animação cativante e o factor “estilo” desponta até ao máximo! A pujança desta longa-metragem é um factor indesmentível! O que é que se pode pedir mais? Um filme de vampiros não pode ser melhor do que isto!

Excelente película de animação!


"A atmosfera gótica marca a sua presença"

Trailer

The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português:

Avaliação:

Entretenimento - 9

Animação - 9

Argumento - 8

Banda-sonora - 8

Emotividade - 9

Mérito artístico - 9

Gosto pessoal do "M.A.M." - 9

Classificação final: 8,71




quarta-feira, outubro 14, 2009

Beldades do Cinema Asiático - Janice Man








Mais informações sobre este "monumento" de Hong Kong, AQUI.

sábado, outubro 10, 2009

Drunken Master II Aka The Legend of the Drunken Master/Jui kuen II - 醉拳二 (1994)
Origem: Hong Kong
Duração: 99 minutos
Realizadores: Lau Kar Leung e Jackie Chan (não aparece nos créditos finais)
Com: Jackie Chan, Ti Lung, Anita Mui, Felix Wong, Lau Kar Leung, Ken Lo, Chin Kar Lok, Pak Ho Sung, Cheung Chi Kwong, Hon Yee San, Andy Lau, Ho Wing Fong, Liu Chia Yung, Kwan Suki, Louis Rock, Vincent Tuatanne
"Wong Fei Hung"
Sinopse
“Wong Fei Hung” (Jackie Chan) é um jovem que se farta de meter em confusões e trapalhadas, e que tem um pai muito sério e rigoroso, o médico “Wong Kei Ying” (Ti Lung). No regresso a casa de uma viagem que visava comprar ingredientes para as curas do pai, “Fei Hung” inadvertidamente mete-se em mais uma embrulhada. Pelos vistos, o embaixador britânico na China, (Louis Roth) está metido num esquema que passa por exportar relíquias do país extremamente importantes, entre os quais um selo de jade do imperador. Tal comportamento está a ser combatido por nacionalistas e oficiais do governo chinês, nos quais se destaca o general “Fu” (Lau Kar Leung). No meio deste combate sem tréguas, “Fei Hung” é metido na trama.
"Drunken boxing"
O rapaz é um especialista na arte do “drunken boxing”, que potencializa ao máximo quando ingere bebidas alcoólicas em demasia. Infelizmente, o pai é um pacifista e desaprova qualquer tipo de luta, ainda para mais uma que necessita da ingestão de grandes qualidades de álcool para atingir o seu auge. Em consequência deste factor, “Fei Hung” terá de lutar não só contra os estrangeiros opressores, assim como com o antagonismo do progenitor. No entanto, terá na “Sra. Wong” (Anita Mui), a sua madrasta, uma grande aliada.

"Wong Fei Hung e o agente secreto"

"Review"

Quando se alude ao cinema ligado às artes marciais mais tradicionais, existem obras incontornáveis e cuja referência é obrigatória. “Drunken Master II” é uma delas. Após protagonizar o muito satisfatório “Drunken Master”, dezasseis depois Jackie Chan voltaria a envergar as vestes de Wong Fei Hung, o herói popular mais conhecido em e de toda a China. O filme foi extremamente bem sucedido, e esta premissa assume mais importância quando vários críticos, distantes do cinema asiático de artes marciais, elogiaram bastante esta película. Cabe ainda dizer que quando “Drunken Master II” viu a luz do dia, a popularidade das películas de kung fu já estava relativamente a decair, e isso não impediu que esta longa-metragem fosse um verdadeiro sucesso de bilheteira por toda a Ásia. Seis anos mais tarde, no virar do século, o filme viria a estrear em mais de mil salas de cinema nos E.U.A., sob a denominação de “The Legend of Drunken Master”, tendo granjeado alguma popularidade no meio.

Quando visionamos um filme de kung fu, normalmente o argumento é posto de parte (ou simplesmente é ignorado), e o que interessa são as cenas de acção, com especial ênfase para o domínio das técnicas de artes marciais. Estando em causa um filme de Jackie Chan, estas premissas são ainda mais elevadas. “Drunken Master II” não foge à regra, simplesmente distingue-se das demais películas, por demonstrar um Jackie Chan no seu auge, tanto nas coreografias bastante imaginativas, como nas demais acções levadas a cabo pelo próprio actor e pela sua equipa de duplos. Existe quem defenda que “Drunken Master II” foi a melhor película alguma vez protagonizada por Chan. Embora tal seja discutível, julga-se que quem afirma isto não andará muito longe da verdade. Certo é que “Drunken Master II” vive sob o signo do puro entretenimento, e com cenas de antologia, que viverão no imaginário dos fãs de artes marciais durante muito tempo.


"O general Fu"

O “drunken boxing” é algo bastante divertido de observar e que exterioriza a junção quase perfeita do insuspeito domínio de Chan nas artes marciais, com a sua veia mais cómica que muitas vezes critico negativamente. Como já foi aflorado, a personagem de Chan é especialista num estilo de kung fu que pouco tem de convencional. Deparando-se “Fei Hung” com a necessidade de enfrentar algum oponente, a sua salvação reside em embebedar-se. Após a ingestão de grandes quantidades de bebidas alcoólicas, mais do que um ser humano normal poderá aguentar, começa o desfile das excelentes coreografias. Quando Chan parece ir estatelar-se no chão, atira um soco ou um pontapé bem colocado nos adversários. Se Chan parece estar completamente desnorteado devido à bebedeira, é sinal que uma acrobacia incrível estará a caminho. Por incrível que pareça, a principal marca desta película originou uma incompatibilidade entre Lau Kar Leung, que defendia a existência de um kung fu mais tradicional nesta obra, e Chan, que achava que se deveria apostar muito mais no “drunken boxing”, por ser a marca distintiva desta longa-metragem. Leung viria a abandonar a rodagem das filmagens, e seria Chan a dirigir o embate final que ocorre no epílogo. O tempo viria a dar razão a Chan, pois além de efectivamente “Drunken Master” ter sido bem sucedido sobretudo pelo estilo original de luta que apresentava, o combate final é um hino ao bom cinema de artes marciais.

Os actores, regra geral, cumprem o que lhes é requisitado. No entanto, o actor Ti Lung é bastante jovem para representar o pai de Chan, e a caracterização (?) não consegue disfarçar este aspecto. Na realidade, Ti Lung é apenas sete anos mais velho do que Chan. A malograda e saudosa Anita Mui, é quem assume, juntamente com Chan, as despesas cómicas do filme e consegue arrancar alguns momentos de boa disposição. Quanto a Chan, o que haverá a dizer de novo? Não morro de amores pelo actor, como é do conhecimento geral, mas ele aqui está numa forma fantástica desde que se reduza a fazer o que sabe melhor, a sua imaginação nas coreografias de artes marciais. Neste particular, julgo que o “drunken boxing” constituiu o seu auge.

“Drunken Master II” poderá ser considerada, com muita propriedade, uma das melhores obras do cinema de artes marciais. Obrigatório para os fãs do género!


"Wong Fei Hung e a madrasta"

Trailer

The Internet Movie Database (IMDb) link

Outras críticas em português:

Avaliação:

Entretenimento - 9

Interpretação - 7

Argumento - 6

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 9

Mérito artístico - 9

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8




Beldades do Cinema Asiático - Noriko Aota








Quem quiser saber mais sobre esta deslumbrante mulher nipónica, pode ir AQUI.

sábado, outubro 03, 2009

A Moment to Remember/Nae meorisokui jiwoogae - 내 머리속의 지우개 (2004)


Origem: Coreia do Sul

Duração: 120 minutos

Realizador: John H. Lee

Com: Jung Woo-sung, Son Ye-jin, Baek Jong-hak, Lee Sun-jin, Park Sang-gyu, Kim Hye-ryeong, Seon Ji-hyun, Kim Bu-seon



"Kim Su-jin"

Sinopse

“Kim Su-jin” (Son Ye-jin) é uma designer de moda masculina, cuja vida dá um volte-face quando é abandonada por “Yong-min” (Baek Jong-hak), um homem casado com quem a jovem mantinha um relacionamento. Deprimida pelo evento, “Su-jin” dá de caras com um jovem mal encarado numa loja de conveniência, e entra num conflito mudo com o mesmo, pensando que ele lhe tinha furtado uma lata de coca-cola. Certo dia, quando visitava um empreendimento que está a ser construído pelo pai, “Su-jin” encontra novamente o rapaz da loja de conveniência. Intrigada, a rapariga descobre que o mesmo se chama “Chul-so” (Jung Woo-sung) e é um carpinteiro que trabalha na obra. “Su-jin” começa a sentir-se atraída por “Chul-so”, e aproxima-se dele. Uma paixão nasce entre os dois, que leva a que os mesmos se casem.




"Chul-so"

Um romance à partida idílico, sofre um golpe mortal quando “Su-jin” descobre que sofre de uma estirpe rara de “Alzheimer”, que ataca independentemente de a pessoa ser jovem ou idosa. Devido à doença, “Su-jin” tenta se separar de “Chul-so”, mas este apegado ao grande sentimento que nutre pela esposa, recusa-se a ceder. À medida que a maleita evolui, “Su-jin” esquece-se progressivamente de tudo e de todos, inclusive do próprio marido. Cederá um grande amor perante as partidas cruéis da vida?


"Enlace"


Sinopse

Quem está um bocado mais atento aos caminhos percorridos pelo cinema oriental terá, no mínimo, uma vaga noção da predilecção de algumas cinematografias pelo drama que envolve uma doença grave ou terminal e todas as incidências associadas. Seria exaustivo estar a enumerar os vários exemplos ilustrativos daquele verdadeiro subgénero. Apenas cabe-me dizer que, sendo este espaço dedicado ao cinema asiático, era-me praticamente impossível fugir aos filmes que se dedicam ao tema. Já elaborei alguns textos, sobre o assunto e até agora o melhor exemplo que consta no “My Asian Movies” talvez seja “C'est La Vie Mon Cheri”. Na última década do século passado, foi Hong Kong que dominou no que toca às películas que focavam os dissabores provocados por todo o tipo de enfermidades. Com o “boom” do cinema sul-coreano, e a sua natural propensão natural para o melodrama, estava encontrado um campo onde o subgénero poderia deflagrar e vencer. “A Moment to Remember” é talvez o seu expoente máximo, e o sonho de qualquer vendedor de lenços de papel, tal a quantidade de lágrimas que com certeza terá feito derramar um pouco por esse planeta fora.

O cenário para a tragédia é previsível, mas cuidadosamente planeado de forma a partir corações. Um homem e uma mulher com características sociais e pessoais opostas enamoram-se perdidamente. Num cenário muito romântico e incrivelmente lamechas, somos confrontados com o início da relação onde acontecem coisas que só podem mesmo acontecer num filme ou num mundo à parte. É a vertente sul-coreana explorada ao máximo, com situações “fofinhas” que de vez em quando provocam um “oohhhhh” (versão “tão querido”) bem sonoro e que, por mais que apreciemos, devem muito à credibilidade. Tudo corre bem, o amor vence tudo e pouco mais há a dizer. Na segunda parte da película, é que a construção idílica atrás referida, desmorona-se como um castelo de cartas e o filme começa verdadeiramente a demonstrar a sua pujança e, por vezes, sinais de alguma grandiosidade.



"Desespero"

É cruel e demasiado doloroso acompanhar a degradação progressiva da memória de “Su-jin” e os efeitos que a doença tem nela própria e no seu marido. Provavelmente é uma das tragédias que mais me custou a acompanhar num filme,e aqui apercebi-me que esta obra acerta na “mouche” e obtém um dos seus objectivos mais pretendidos. Uma coisa é uma morte ocorrer num melodrama, em que somos atingidos de uma forma seca, embora contundente. Outra completamente diversa, é estarmos hora e meia (mais ou menos o tempo pós-casamento dos protagonistas) a navegar num sofrimento cada vez mais elevado e atroz. “Su-jin” mal se apercebe do que lhe está a acontecer, tenta afastar nobremente “Chul-so” da dor que sabe que lhe irá causar. Contudo, o sentimento que lhe habita o coração é demasiado forte, e ele pensa estar pronto para o que der e vier. O evoluir da doença passa por as memórias mais recentes começarem a desaparecer em primeiro lugar. E isto martiriza “Chul-so” de sobremaneira, pois “Su-jin” revela ter afeição pelo ex-namorado que a abandonou, chegando a chamar “Yong-min” a “Chul-so”, ou mesmo a atacá-lo quando ele se trava de razões com o pseudo-oponente.

Os actores, em especial o casal, fazem um trabalho meritório, embora com alguns exageros certamente requeridos em função das circunstâncias. A actriz Son Ye-jin possui uma beleza e expressões muito inocentes, que a ajudam imenso na representação da doce “Su-jin”. Consegue transparecer a degradação própria a que está sujeita, e aumentar imenso o nosso sentimento de comiseração. Por sua vez, Jung Woo-sung não é muito convincente no seu papel inicial de durão, mas na parte do sofrimento interior, está no seu campo natural. Consegue fazer dos espectadores, os seus aliados compreensivos e apoiantes do esforço e decisão estóicas em se manter ao lado de “Su-jin”.

Se alguém nos perguntar o seguinte: “O que é o mais importante na vida?” (família não é agora para aqui chamada), as respostas variarão de pessoa, mas não fugirão muito de saúde, sucesso, dinheiro, amor, amizade, entre outras. Todas estas coisas são importantes, e a medida apenas variará em função do que cada um de nós espera da sua existência. O que ninguém duvidará é que são as nossas experiências que moldam o nosso carácter e a própria essência do nosso ser. Quando tentamos alcançar os nossos objectivos, por vezes perdemos o rasto aquilo que verdadeiramente é importante para nós. E aqui, só podemos recorrer às nossas lembranças. “A Moment to Remember” dá uma perspectiva bastante forte do quão importante são as nossas recordações, e da injustiça e consequências que podem levar à sua perda, tanto para o próprio como para terceiros. No caso de “Su-jin”, ela não tem escolha, pois depara-se com uma doença insuperável, sendo o combate votado ao fracasso. E o dano colateral principal é um homem que a ama com todas as forças do seu corpo, mas que igualmente se vê impotente em lutar contra o curso da vida. Haverá crueldade maior do que a pessoa que amamos e que retribui o nosso sentimento, esquecer-se por completo da nossa existência e olhar para nós como um desconhecido?! “A Moment to Remember” é para muitos, e com toda a razão, o expoente máximo do melodrama sul-coreano e de todas as suas características próprias que o fazem distinguir das demais cinematografias orientais. Contém os predicados todos de romance e tragédia, que prendem a atenção do espectador e emocionam-no ao máximo. Pelo exposto, se tem um coração e pode compactuar com alguns exageros mais óbvios no tocante ao drama e lamechice, então este filme é imperdível! Quanto a mim, posso bem com estes predicados todos!



"Memories to remember"


Trailer


The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 8

Argumento - 7

Banda-sonora - 9

Guarda-roupa e adereços - 7

Emotividade - 10

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8,13







quinta-feira, outubro 01, 2009

Beldades do Cinema Asiático - Katrina Kaif







Quem quiser saber mais sobre esta mulher lindíssima e verdadeira deusa de Bollywood, pode ir AQUI.