"MY ASIAN MOVIES"マイアジアンムービース - UM BLOGUE MADEIRENSE DEDICADO AO CINEMA ASIÁTICO E AFINS!!!

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Concurso - 22ª imagem (Ninguém identificou. Solução: "The Scarlet Letter")


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e Prémios AQUI.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Concurso - 21ª imagem (Em competição - Identificada por Battosai)


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e Prémios AQUI.

Concurso - 20ª imagem (Identificada por barbarella)


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Concurso - 19ª imagem (Identificada por Battosai)


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terça-feira, fevereiro 24, 2009

Concurso - 18ª imagem (Identificada por Altemir)


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Concurso - 17ª imagem (Identificada por Battosai)


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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Concurso - 16ª imagem (Identificada por Battosai)


Qual o filme a que corresponde esta imagem? Vale 1 ponto. Regras AQUI e Prémios AQUI.

Concurso - 15ª imagem (Identificada por Nuno)


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Concurso - 14ª imagem (Identificada por gar)

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domingo, fevereiro 22, 2009

Concurso - 13ª imagem (Identificada por Battosai)

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Concurso - 12ª imagem (Identificada por Patyka)

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sábado, fevereiro 21, 2009

Concurso - 11ª imagem (Identificada por Battosai)

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Cheating/Hera Pheri - हेरा फेरी (2000)

Origem: Índia

Duração: 144 minutos

Realizador: Priyadarshan

Com: Akshay Kumar, Sunil Shetty, Paresh Rawal, Tabu, Gulshan Grover, Kulbhushan Kharbanda, Om Puri, Mukesh Khanna, Sulabha Arya, G. Asrani, Dinesh Hingoo, Mushtaq Khan, Kashmira Shah, Namrata Shirodkar, Snehal Dabi

"Baburao"

Sinopse

“Shyam” (Sunil Shetty) é um jovem que parte da sua vila para Calcutá, de maneira a tentar arranjar um emprego no banco onde o falecido pai trabalhou. O rapaz assenta a sua pretensão no facto do progenitor ter morrido num incêndio de uma sucursal do banco, fazendo com que esta instituição tenha uma dívida para com a família. Cedo, “Shyam” descobre que não está sozinho na luta pelo lugar, pois “Anuradha” (Tabu), cujo pai faleceu no mesmo incêndio, também pretende o emprego. No meio de discussões sobre qual dos pais morreu primeiro, “Shyam” tenta descobrir um sítio onde morar, e acaba por ir ter com “Baburao” (Paresh Rawal), um excêntrico e alcoólico dono de uma oficina chamada “Star Garage”, conseguindo aí um quarto.

"Shyam"

Os problemas não acabam, pois “Shyam” tem de partilhar a casa e também um pouco da sua vida com “Raju” (Akshay Kumar), um aldrabão nato cujo sonho é ganhar dinheiro fácil para subir na vida. Partilhando todos de imensas dificuldades financeiras, a sorte parece mudar quando numa noite de bebedeira, recebem um telefonema por engano, devido a uma troca de linhas. “Kabira” (Gulshan Gover), um terrível criminoso, raptou a neta do milionário “Deviprasad” (Kulbhushan Kharbanda), e exige uma fortuna como resgate. Muito por incentivo de “Raju”, os três decidem fazer-se passar pelos raptores, pedindo o dobro do dinheiro do resgate a “Deviprasad”, tencionando entregar o pedido pelos criminosos e a neta ao milionário. No meio do pouco ortodoxo esquema, escusado será dizer que muita confusão irá degenerar!

"Shyam, Baburao e Raju"

"Review"

“Hera Pheri” é um “remake” do filme de 1989, denominado “Ramji Rao Speaking”, cujo história o realizador Priyadarshan apreciou imenso. Estava dado o mote para que uma das comédias mais bem sucedidas do universo de “Bollywood” visse a luz do dia. O “frisson” viria a dar origem a sequelas, supostamente com uma qualidade inferior em todos os aspectos ao filme que agora se analisa. Neste aspecto, não me pronunciarei, pois assim como descobri “Hera Pheri” recentemente, desconheço por completo as restantes películas que compõem a saga e em que moldes saíram.

Por natureza, eu sou daquele tipo de espectador que não é atreito a comédias e este filme destina-se essencialmente àquelas pessoas que gostam de rir. Não é uma obra propriamente dita de humor inteligente ou mais cerebral. Constitui, isso sim, uma mais versada em pessoas reais, que vivem situações perfeitamente “surreais”. Quando visionei esta película, e ressalvadas as devidas distâncias, ocorreu-me à ideia por vezes as longas-metragens de Emir Kusturica, onde o grande realizador frequentemente parodia os costumes dos ciganos de leste. Em “Hera Pheri”, apesar de termos como fio condutor da trama as desastradas aventuras do trio de amigos, verdadeiramente as situações que nos fazem rir a bandeiras despregadas é a ridicularização dos problemas sociais e alguns aspectos culturais da Índia. Pelo exposto, por vezes senti-me algo frustrado por ainda não ter conhecimentos suficientes acerca da vivência naquele país, de forma a apreciar melhor o “nonsense” presente. E acreditem que é bastante!


"O telefonema da confusão"

Quanto à representação, sempre se dirá que o “quebra-corações” Akshay Kumar e Sunil Shetty exibem-se num nível aceitável. Mas sem dúvida absolutamente alguma que o mérito terá de ir quase todo para Paresh Rawal, no papel do alcoólico inveterado e míope “Baburao”. É ele quem verdadeiramente faz as despesas cómicas de “Hera Pheri”, e conseguiu arrancar-me saudáveis gargalhadas. Imperdíveis as situações em que tenta apartar as constantes brigas entre os seus dois companheiros interpretados por Khumar e Shetty , ou que devido à perda dos seus óculos causa situações mirabolantes. Rawal é bem secundado pelo histórico actor Om Puri, que interpreta “Karakh Singh”, um homem de bom coração, que se encontra desesperado por não poder casar a sua irmã, devido a “Shyam” não ter meios para pagar o dinheiro que lhe deve.

No que respeita às inevitáveis músicas, as mesmas não se encontram, nem de perto, nem de longe, ao nível de outras produções de “Bollywood” que tive a felicidade de ver. No entanto, sempre se encontram impregnadas de uma alegria contagiante que auxilia bastante o ritmo do filme. Um “quid” sem dúvida nenhuma é a presença da belíssima Namratha Shirodkar, a Miss Índia de 1993, na melhor música da película “Tun Tunak Tun”! Um regalo para a vista!

“Hera Pheri”, embora longe de merecer a aclamação obtida (exteriorizada, entre outros aspectos, na super inflacionada nota do IMDb), constitui uma película que conseguirá descontrair o espectador, e por vezes arrancar umas valentes gargalhadas, devido a um humor ingénuo mas cativante!

Não perdem nada em verificar!


"Os três amigos"

Cena do filme

The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 9

Interpretação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 7

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 7

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,50




Concurso - 10ª imagem (Identificada por Battosai)


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quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Concurso - 9ª imagem (Identificada por Patyka)


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Concurso - 8ª imagem (Identificada por Patyka)



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quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Concurso - 7ª imagem (Identificada por Battosai)


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Concurso - 6ª imagem (Identificada por Patyka)

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terça-feira, fevereiro 17, 2009

Concurso - 5ª imagem (Imagem identificada por Baby_Boy_Swim)

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Concurso - 4ª imagem (Identificada por tf10)

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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Concurso - 3ª imagem (Identificada por Battosai)

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Concurso - 2ª imagem (Identificada por Patyka)


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domingo, fevereiro 15, 2009

Concurso - 1ª imagem (Identificada por Nuno)


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sábado, fevereiro 14, 2009

Prémios da 2ª edição do concurso do "My Asian Movies"

My Sassy Girl (Edição da Malásia)

Especificações técnicas:

Idioma: Coreano, Mandarim

Legendas: Inglês, Chinês tradicional, Malaio

Formato: NTSC

Região: Todas

Editor: PMP Entertainment (M) SDN. BHD.

Excerto da crítica no "M.A.M.": "Como é que nós homens podemos ficar indiferentes a "My Sassy Girl"? Qual de nós que já amou, nunca fez as coisas mais parvas em dado momento só para agradar àquela rapariga especial?Belíssima obra, cheia de calor humano e eivada de um arco-iris de sensações!" Ler o resto AQUI.

Musa, the Warrior (Edição de Hong Kong)

Especificações técnicas:

Idioma: Coreano, Cantonês

Legendas: Inglês, Chinês tradicional, Chinês simplificado

Formato: NTSC

Região: Todas

Editor: Modern Audio

Excerto da crítica no "M.A.M.": “Musa, the Warrior” é uma película imperdível para qualquer fã que goste de um bom épico asiático, pela simples razão de, sem margem para grandes teorias, ser um dos grandes expoentes do género." Ler o resto AQUI.

After This Our Exile (Edição de Hong Kong)

Idioma: Cantonês

Legendas: Inglês, Chinês Tradicional, Chinês simplificado

Formato: NTSC

Região: Todas

Editor: Panorama HK

Excerto da crítica no "M.A.M." : “After This Our Exile” é acima de tudo um filme impregnado de humanidade. Foca os dissabores de uma família pobre e pouco convencional, tendo por pano de fundo a vivência dos chineses na Malásia. Igualmente destaca-se por ter cenas mais “quentes” do que é normal num filme proveniente de Hong Kong, tanto a nível físico, como de linguagem." Ler o resto AQUI.




2ª edição do Concurso do "My Asian Movies"


Após o relativo sucesso da iniciativa do ano passado, resolvi lançar o 2º concurso do “My Asian Movies”, esperando desta vez que a adesão consiga ser mais alargada. Para o efeito, aumentei o leque de incentivos para que, todos sem excepção, se sintam tentados a participar. Traduzindo isto “por miúdos”, existirão prémios para o 1º, 2º e 3º classificados (Ena!). As recompensas serão, claro está, edições de dvd completamente originais e novinhas em folha, a atribuir segundo o regulamento que poderão consultar mais abaixo. Como quero que esta competição seja verdadeiramente internacional, e sem prejuízo de publicar as especificações dos “dvd” em questão, informo que os filmes são em formato “all region”. Pessoalmente, reputo todas as obras como detentoras de grande qualidade, e merecedoras de constar em qualquer colecção de um cinéfilo que se preze, mesmo não sendo um amante de cinema asiático. Um pequeno senão é que as legendas são em inglês, mas julgo que tal não constituirá grande problema para a maior parte dos que cá me visitam. Para saberem melhor a minha opinião acerca destas longas-metragens, colocarei no “post” dedicado aos prémios um “link” para o texto alusivo às mesmas.
Quanto à forma de acumular pontos, nada mais simples. Trata-se apenas de adivinharem qual o filme a que pertence uma imagem que vou colocando, sem qualquer tipo de aviso prévio. Pelo exposto, toca a estar atentos a este estaminé! Compreendo que por exemplo para quem esteja no Brasil ou no Japão, as dificuldades aumentem devido ao fuso horário e ao facto de eu precisar de dormir :) ! Mesmo assim, e de maneira a tentar tornar a competição o mais justa possível, tentarei colocar os “posts” num horário mais ou menos consentâneo e que tente minorar ao máximo este factor. Igualmente poderá haver mais do que um “post” por dia. Outra das medidas que irão ser tomadas para incrementar um pouco mais de “igualdade de armas” no concurso, será variar ao máximo os géneros de filmes que irão incidir as imagens.
Ao contrário da última edição do concurso, este será mais prolongado. Vence o primeiro que chegar aos 50 pontos. Trata-se de um esforço consentâneo com a maior qualidade dos prémios postos à disposição. Cabe-me, à semelhança do que fiz da outra vez,lançar o seguinte repto: “Não se acanhem e tentem a vossa sorte. Não quero ouvir histórias do género “tenho vergonha”, ou medo de fazer figura de parvo, etc. Aqui ninguém é um génio e o que interessa é que todos possamos nos divertir um pouco!”
Abaixo seguem as regras gerais do concurso:
  1. Sem periodicidade definida, será colocado um “post” com uma imagem de um filme asiático.
  2. Poderão ainda ser incluídas imagens de animes e de filmes que caibam no conceito da rubrica deste blogue intitulada “Cunho da Ásia”.
  3. Os concorrentes deverão responder no espaço do “post” reservado aos comentários.
  4. Cada concorrente dispõe de duas tentativas, não sendo consideradas as seguintes.
  5. O vencedor será o que identificar primeiro o filme a que corresponde a imagem.
  6. Serão aceites respostas com o título do filme na sua língua de origem (romanizada, claro!), assim como em português, inglês e espanhol. O que interessa é que a designação apontada seja oficial.
  7. Caso ninguém consiga acertar na resposta correcta no espaço de dois dias, os pontos acumulam-se para o “post” seguinte, e assim sucessivamente.
  8. O vencedor final é o concorrente que chegar primeiro aos 50 pontos.
  9. Será criado um quadro autónomo no “My Asian Movies”, onde estará exposta a classificação dos concorrentes, e links para o regulamento e prémios do concurso.
  10. O prémio é um de 3 dvd original de um filme asiático, cujas especificações técnicas serão publicadas no “My Asian Movies”.
  11. Terão direito a prémio os 3 primeiros classificados.
  12. O primeiro classificado terá a prioridade de escolha nos filmes que constituem o acervo do prémio, seguindo-se o segundo e terceiro classificados.
  13. Os premiados terão de indicar ao administrador deste blogue a morada para a qual deverá ser enviado o dvd escolhido.
  14. Caso os premiados residam na Região Autónoma da Madeira - Portugal, e se assim o pretenderem, o dvd será entregue pessoalmente pelo administrador deste blogue.
  15. As integrações de lacunas e dúvidas acerca do concurso serão resolvidas pelo administrador do blogue (não há direito a recurso, embora exista a contraditório).

Boa sorte a todos e que vençam os melhores!

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Eleição/Election/Hak se wui - 黑社会 (2005)

Origem: Hong Kong

Duração: 100 minutos

Realizador: Johnny To

Com: Simon Yam, Tony Leung Ka Fai, Louis Koo, Wong Tin Lam, Lam Suet, Eddie Cheung, Nick Cheung, Gordon Lam, Maggie Siu, David Chiang, Berg Ng, You Yong, Yuen Bun, Raymond Wong, Tam Ping Man, Wong Chung, Chan Siu Pang

"Lam Lok"

Sinopse

Numa Hong Kong com mais de 300.000 membros de tríades, a organização mais respeitada, denominada “Sociedade Wo Sing”, está prestes a eleger um novo líder, e tudo parece resumir-se à escolha entre “Lam Lok” (Simon Yam) e “Grande D” (Tony Leung Ka Fai). Este último começa a subornar os “tios”, que são os membros mais antigos da tríade e responsáveis pela escolha do chefe. Contudo, as pretensões de “Grande D” são barradas por “Teng” (Wong Tin Lam), um homem idoso que é o membro mais respeitado da “Wo Sing” e que apela à unidade da organização em detrimento dos jogos de bastidores. Em consequência, “Lok” acaba por ser apontado como o responsável máximo do grupo criminoso.

"Grande D"

Acontece que a eleição de “Lok” só estará completa quando este possuir o ceptro da “Cabeça do Dragão”, o símbolo usado pelo líder da “Wo Sing” e representativo da sua autoridade. “Grande D”, ciente desta premissa, tudo faz para impedir que o artefacto seja entregue a “Lok”. Com todos os membros da tríade a tomar partido, ora por “Lok”, ora por “Grande D”, a guerra pelo poder dentro da organização parece ser inevitável.

"Os Tios procedem à eleição do líder da tríade Wo Sing"

"Review"

“Eleição” é um dos filmes mais conhecidos de Johnny To e dos produtos mais bem sucedidos da sua companhia, a conhecida “Milkyway". Foi uma película que causou imensa sensação nos circuitos cinematográficos, tendo vencido nove prémios, divididos pelos “Golden Horse Awards”, os “Hong Kong Film Awards”, e Sitges, o conhecido festival internacional de cinema catalão. Viria ainda a concorrer para o galardão máximo de Cannes, a “Palma de Ouro”, mas aí viria a ser ultrapassado por “L'Enfant”, dos irmãos Dardenne (Jean-Pierre e Luc). Quentin Tarantino é um professo admirador desta longa-metragem, e viria a contribuir na edição de DVD norte-americana, onde pontificava a sua citação “o melhor filme do ano”. Quer se goste ou se recrimine, uma coisa é certa. É praticamente inquestionável que “Eleição” é dos mais emblemáticos, senão o mais importante filme do género “tríade” dos últimos anos.

Um dos grandes méritos desta obra é elucidar-nos sobre o “modus operandi” das tríades de um ponto de vista mais conceptual e educativo. “Eleição” faz-nos interiorizar o aspecto “político” essencial na vivência do crime organizado de Hong Kong, que passa muito pelo aspecto negocial onde se pretende um certo equilíbrio e onde todos podem lucrar com as actividades ilícitas. Trata-se de um jogo que ocorre não só entre os elementos das tríades, mas igualmente com a polícia que revela deter grande interesse no evitar de conflitos entre os “gangsters”. Temos igualmente a hipótese de observar os rituais ancestrais das tríades, com todo o simbolismo associado às cerimónias de iniciação e às juras de fidelidade entre os seus membros. É um dos ritos destas organizações criminosas, a saber, o processo de escolha do líder, que constitui o cerne da trama. Tal “eleição” poderá variar entre um processo de votação oligárquico, como é o caso da tríade Wo Sing (“empresa” sobre a qual gravita a película), ou por um sistema monárquico onde um familiar sucede a outro, como aprendemos que acontece noutras tríades. Tudo sucede como se estivéssemos a dissertar sobre os multi-variados sistemas de governação das nações, com os seus próprios processos de “checks and balances” ao melhor estilo dos politólogos John Locke ou Montesquieu.

"Luta nas ruas de Hong Kong"

É certo que as traições, o jogo duplo e a violência são inevitáveis, mas “Eleição” não cai na tentação fácil de se transformar num “gun fu” no inimitável estilo das conhecidas obras de John Woo. Por força desta asserção, a obra revela uma identidade própria e distintiva, que consegue ser extremamente apelativa e verosímil. É aqui que reside a força do filme. Aliás, para termos uma ideia da forma como o confronto entre os membros das tríades é abordado nesta obra, não existe praticamente nenhum duelo de balas. Tudo é tratado com o máximo realismo e crueza, com agressões “mano a mano”, onde os punhos e os pés (sem recurso a técnicas de artes marciais), os facalhões, as garrafas de "whisky" e outros utensílios primários ditam a lei.

Os “jogos de poder” e a duplicidade das estratégias evidenciadas, necessariamente têm de se reflectir na forma de actuação das personagens. Sem querer desvendar demasiado o enredo, sempre se dirá que o espectador terá de estar preparado para alguns volte-faces na história, onde quem parecerá estar imbuído de “boas intenções” (passe a expressão) revela um carácter frio, sanguinário e calculista, e por outra via, quem se assemelha ao que mais associamos ao “mafioso” típico, é quem cede e acaba por ser vítima dos seus próprios desígnios, quando as coisas parecem estar bem encarreiradas. É a estratégia de Maquiavel, exteriorizada na sua obra e verdadeiro guia político, “O Príncipe”, posta em prática religiosamente. Os actores Simon Yam e Tony Leung Ka Fai desempenham com bastante competência os seus papéis, mas são verdadeiramente os intérpretes que têm os papéis secundários, mormente Louis Koo e o obeso Wong Tin Lam, que fazem as maiores despesas a nível de representação, carecendo apenas de falta de minutos. Espectacular é a actuação de Nick Cheung, no papel de “Jet” (“Cabeça de Peixe” na versão portuguesa), o pequeno traficante de droga, que revela um pendor eléctrico, maníaco e violento ao nível de um Jacky Cheung nos seus melhores dias.

“Eleição” constitui uma das numerosas boas produções que os estúdios “Milkyway” têm dado a conhecer ao grande público, e que de alguma forma têm defendido a honra do cinema de Hong Kong que, diga-se de passagem, já passou melhores momentos. É um filme que assenta num espectro político interessante, para além de ser extremamente informativo para aqueles que se interessam pelo submundo daquela região administrativa chinesa (esperemos que de um ponto de vista estritamente teórico). Consegue dosear estes aspectos, utilizando uma violência que se afigura necessária, mas longe de ser gratuita. Aliando-se todos estes factores a uma realização e interpretação bem conseguidas, uma cinematografia de elevada qualidade e a momentos emblemáticos assinaláveis, não se poderá pedir muito mais. Talvez lhe fique a faltar apenas um pouco mais de alma e aposta nas interessantíssimas personagens secundárias.

Poderá não ser um filme de “eleição”, mas fica bem lá perto!

"A cerimónia de fidelidade"

Trailer

The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 8

Interpretação - 8

Argumento - 8

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8

Gosto pessoal do "M.A.M." - 8

Classificação final: 8





quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Beldades do Cinema Asiático - Erika Toda







Uma jovem actriz japonesa de 20 anos, que ainda tem muito para dar. Se a aparência fosse o único requisito para vencer no cinema, aposto que Erika Toda, tinha "toda" a possibilidade de trilhar por uma carreira memorável! Mais informações AQUI.



domingo, fevereiro 08, 2009

O Macaco de Ferro/Iron Monkey/Siu nin Wong Fei Hung ji: Tit Ma Lau -少年黄飞鸿之 (1993)

Origem: Hong Kong

Duração: 86 minutos

Realizador: Yuen Woo Ping

Com: Yu Rong Guang, Donnie Yen, Jean Wang, Yen Shi Kwan, James Wong, Hsiao Hsou, Tsang Sze Man, Sunny Yuen, Li Fai

"Dr. Yang e Orchid"

Sinopse

No fim da dinastia Qing (dinastia manchu), a província de Chekiang (actual Zhejiang) é dominada pelos funcionários corruptos que retiram tudo o que podem à população, enquanto esta definha na pobreza e na miséria. O “Dr. Yang” (Yu Rong Guang) é um médico bondoso e calmo, que possui uma dupla faceta na sua vida. Enquanto que de dia, auxilia os necessitados na cura das suas maleitas, à noite é o temível “Macaco de Ferro”, um fora-da-lei que rouba o governador “Cheng” (James Wong) e os seus sequazes, e oferece o dinheiro aos pobres.

"Wong Kei Ying e o seu filho Wong Fei Hung"

Entretanto chegam à cidade “Wong Kei Ying” (Donnie Yen) e o seu filho, o jovem “Wong Fei Hung” (Tsang Sze Man). Devido à ânsia em apanhar o “Macaco de Ferro”, o governador “Cheng” manda prender todos os cidadãos que remotamente possam ser o herói, e os dois “Wong” são irremediavelmente também detidos. Livres das acusações, mesmo assim os problemas não acabam. O governador impressionado com as incríveis habilidades de “Kei Ying” no domínio das artes marciais, ordena-o que este capture o “Macaco de Ferro”, detendo “Fei Hung” indefinidamente. Tendo em vista salvar o filho, “Kei Ying” não tem remédio senão perseguir o bondoso ladrão. Mas quando “Hiu Hing”, o governador distrital e um monge renegado de Shaolin, chega à cidade e aprisiona tanto “Fei Hung”, como “Orchid” (Jean Wang) a assistente do “Dr. Yang”, “Kei Ying” e “Macaco de Ferro” esquecem as suas divergências e unem-se tendo em vista salvar os seus entes queridos.

"O Macaco de Ferro"

"Review"

“O Macaco de Ferro” consubstancia-se em mais uma história que tem por base uma das personagens mais populares do folclore chinês. Refiro-me obviamente a Wong Fei Hung, uma figura, que como já tive oportunidade de referir em anteriores textos aqui publicados, realmente existiu e serviu de inspiração ou referência a cerca de 100 filmes (poderão consultar uma lista relativamente completa AQUI). Na película que agora se irá analisar, Fei Hung assume um papel mais secundário, embora importante, e a trama foca-se mais nas peripécias do seu pai, Wong Kei Ying, e do Dr. Yang, que personaliza o “Macaco de Ferro”. Contudo, é inquestionável que esta longa-metragem tenta sempre passar a mensagem do futuro grandioso que aguarda o jovem Fei Hung, conferindo-lhe momentos suficientes para que nos apercebamos disso.

No que toca a acção, poucos filmes podem comparar-se a “O Macaco de Ferro”. Embora existam algumas cenas em que vemos que existiu um auxílio de guindastes, igualmente é certo que as lutas em muito dependem da habilidade superior dos intervenientes. Claro que ajuda muito ter Donnie Yen e Yu Rong Guang, dois dos maiores actores de sempre do cinema de artes marciais, e executantes com uma maestria e poder físico impressionantes. Auxiliados pela realização e coreografia de Yuen Woo Ping, para além da produção de Tsui Hark, os intervenientes desfilam um manancial de lutas impressionante, com pormenores técnicos muito imaginativos e simplesmente deliciosos. E num crescendo louvável, chegamos à luta final que, obedecendo à tradição do género, se pretende que constitua o clímax. Neste particular, “O Macaco de Ferro” não deixa mesmo nada os seus créditos por mãos alheias. Efectivamente no epílogo, se tal fosse possível após os excelentes combates anteriores, temos um digladiar do mais elevado quilate. Donnie Yen e Yu Rong Guang juntam forças e lutam contra um monge de Shaolin renegado, interpretado pelo actor Yen Shi Kwan, e oferecem-nos uma das melhores sequências de artes marciais jamais passada para a tela. A tensão provocada pelo equilíbrio perene dos combatentes em cima de uns postes de madeira, com tudo a arder em redor, é imperdível! Cabe ainda referir uma intrigante curiosidade acerca do actor que representa o jovem Wong Fei Hung. Na realidade, Tsang Sze Man é uma rapariga, embora confesse que tal não seja tão evidente assim para quem visiona a película. Ao consultar a filmografia desta actriz, pude observar que “O Macaco de Ferro” foi o único filme em que esta intérprete participou.


"O Macaco de Ferro enfrenta o monge renegado Hiu Hing"

O argumento contém os predicados tradicionais do género e afigura-se extremamente simples de seguir. Trata-se da clássica luta em que alguém desafia o poder corrompido instituído, e numa evidente aproximação a personagens como “Robin dos Bosques” ou “Zorro”, combate as injustiças roubando aos ricos para dar aos pobres. Os mais familiarizados com os filmes de artes marciais de décadas anteriores à de 2000, sabem que na maior parte das vezes filmavam-se as cenas de acção (o fulcral) e logo depois elaborava-se uma trama muitas vezes primária, sobretudo para preencher os momentos mortos da película, ou para justificar o manancial de pancadaria existente. “O Macaco de Ferro” gravita um pouco em torno desta ideia, embora note-se que existe um certo cuidado numa abordagem minimamente credível relativamente aos aspectos culturais, não chegando, contudo, ao tratamento evidenciado pela saga “Era Uma Vez na China” . No fundo, temos acima de tudo entender que Yuen Woo Ping sempre teve uma faceta de coreógrafo de artes marciais muito superior à de realizador. Apreendida esta ideia, estaremos em condições de obviar certos aspectos menos felizes no desfilar da história. Outro factor que colheu algum agrado da minha parte, foram os momentos de comédia enxertados nesta longa-metragem que desanuviam um pouco o ambiente, e por vezes até nos conseguem fazer sorrir. Constitui, como muitos também devem saber, uma característica do género e que seria sobretudo potenciada por Jackie Chan. Não tão desenvolvido, mas ainda presente, temos a oportunidade de reflectir acerca dos aspectos menos estóicos de Shaolin, mormente no aspecto dos monges corrompidos que atraiçoam os valores mais caros ao ensino do mosteiro.

“O Macaco de Ferro” é, para muitos, um dos melhores filmes de artes marciais jamais feito e o expoente máximo de Yuen Woo Ping enquanto realizador. Reconheço efectivamente que neste domínio tenho ainda muito que aprender, mas é facilmente perceptível que a película é extremante entusiasmante e tem momentos de acção de perder o fôlego. Por essa razão, só me resta aconselhar vivamente esta obra a todos aqueles que apreciam o cinema mais movimentado e que faz greve a tudo o que signifique contemplação. No que concerne aos fãs de artes marciais, esta longa-metragem é de visionamento claramente obrigatório, sob pena de se gerar um vazio insuprível! Trata-se de um bom acompanhamento para películas como “Era Uma Vez na China” ou “Fong Sai Yuk”.

A não perder!


"Luta nas chamas"

Trailer

The Internet Movie Database (IMDb) link

Avaliação:

Entretenimento - 9

Interpretação - 7

Argumento - 7

Banda-sonora - 8

Guarda-roupa e adereços - 8

Emotividade - 8

Mérito artístico - 8"

Gosto pessoal do "M.A.M." - 7

Classificação final: 7,75




quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Beldades do Cinema Asiático - Erika Sawajiri







Mais uma beleza proveniente do país do sol nascente. Informações adicionais AQUI.