Realizador Asiático Preferido - Votação
Apresento-vos mais um realizador asiático, sujeito ao vosso escrutínio no quadro de votações mais abaixo à direita. Não custa relembrar que podem escolher mais do que uma opção, antes de clicarem e submeterem o(s) vosso(s) voto(s). Igualmente podem sugerir outros nomes para serem postos a votação.
Filmografia enquanto realizadores (caso exista alguma crítica, o título estará assinalado a cor vermelha. Para aceder ao texto , basta clicar):
- Oiroke sakusen (1963)
- Hageshii onnatachi (1963)
- Amai wana (1963)
- Shiroi hada no dasshutsu (1964)
- Kawaita hada (1964)
- Resume of Love Affairs (1964)
- Hadaka no kage (1964)
- Gyakujo (1964)
- Furin no tsugunai (1964)
- Ami no aka no onna (1964)
- Aku no modae (1964)
- Akai hanko (1964)
- Mesuinu no kake (1964)
- Yuganda kankei (1965)
- Yokubo no chi ga shitataru (1965)
- Taiyo no heso (1965)
- Rikonya kagyo (1965)
- Namari no bohyo (1965)
- Botoku no wana (1965)
- Ai no design (1965)
- Affairs Within Walls (1965)
- Hikisakareta joji (1966)
- Akamaru: The Dark, Wild Yearning (1966)
- The Embryo Hunts in Secret (1966)
- The Love Robots (1966)
- Diary Story of a Japanese Rapist (1967)
- Seihanzai (1967)
- Ranko (1967)
- Nihon boko ankokushi ijosha no chi (1967)
- Ami no nakano boko (1967)
- Black Narcissus of Lust (1967)
- Violated Angels (1967)
- A Certain Adultery (1967)
- Nikutai no yokkyu (1968)
- A Womb to Let (1968)
- Fukushûki (1968)
- Go, Go Second Time Virgin (1969)
- Naked Bullet (1969)
- Niku no hyoteki: tobo (1969)
- Kongaijoji (1969)
- Violent Virgin (1969)
- Gendai sei hanzai zekkyo hen: riyu naki boko (1969)
- Gendai sei hanzai ankokuhen: aru torima no kokuhaku (1969)
- Gendai kosyokuden: teroru no kisetsu (1969)
- Seiyûgi (1969)
- The Concubines (1969)
- Running in Madness, Dying in Love (1969)
- Shinjuku mad (1970)
- Sex Jack (1970)
- Segura magura: shinitai onna (1970)
- Nippon boko ankokushi: onju (1970)
- Mahiru no boko-geki (1970)
- Ai no technique: kamasutra (1970)
- Watashi wa nureteiru (1971)
- The Red Army/PFLP: Declaration of World War (1971)
- Hika (1971)
- Sei kazoku (1971)
- Sei to ai no joken (1972)
- Maruhi joshikosei: kokotsu no arbeit (1972)
- Black Beast of Lust (1972)
- Gendai Nippon boko ankokushi (1972)
- Seibo Kannon daibosatsu (1977)
- Nippon gokinsei: nyonin baibai (1977)
- Jokei gokinsei hyakunen (1977)
- Violent Torture (1978)
- 13-nin renzoku bôkôma (1978)
- Zannin renzoku gokanna (1979)
- Gendai sei hanzai: zenin satsugai (1979)
- Gendai sei hanzai: boko kankin ejiki (1979)
- Ejiki (1979)
- Seishojo gomon (1980)
- Misshitsu renzoku boko (1981)
- A Pool Without Water (1982)
- Sukurappu: aru ai no monogatari (1984)
- Matsui Kazuyo no shogeki (1986)
- Kiss yori kantan (1989)
- Pantsu no ana: mukesode mukenai ichige tachi (1990)
- Ware ni utsu yoi ari (1990)
- Kiss yori kantan 2: hyoryuhen (1991)
- Netorare Sosuke (1992)
- Erotic Liaisons (1992)
- Singapore Sling (1993)
- Endless Waltz (1995)
- Asu naki machikado (1997)
- Perfect Education 6 (2004)
- Cycling Chronicles: Landscapes the Boy Saw (2004)
- The Red Army (2007)
6 comentários:
Parabéns, está excelente este blog.
E para quando uma lista dos melhores filmes de animação.
Olá Alquimista Real!
Ainda bem que gostaste do blogue. Quanto à tua sugestão, é um caso verdadeiramente a considerar. Vou deixar findar esta votação. e logo penso!
Volta sempre! Abraço!
Cineasta maldito e sempre polémico, Koji Wakamatsu procura no seu cinema "pink" (o sexploitation japonês) consignar um lugar adequado à radicalidade. De todas as suas produções (umas mais outras menos) é sempre uma experiência radical e anarca que subjaz a todas as suas narrativas escatológicas.
Profundamente tocado por um certo Tetsuji Takechi (a saber: que se podia filmar sexo "artisticamente")e depois de uma vida recheada de problemas (com uma vida yakuza que o levara a passar uns tempos na prisão) Wakamatsu filma a poética dos corpos em tensão. Poucas vezes de forma estritamente corpórea, os corpos de Wakamatsu transcendem-se pelo trauma psicanalítico e aparecem sempre em conflito, num mundo irreal, ou melhor, surreal. O conflito que assume uma dimensão total do real (forma política ou ética, são os corpos que se apresentam sempre) ao mesmo tempo transforma-o. Nos primeiros filmes do "Rei do Pink" a claustrofobia dos cenários minimalistas é um elemento importante, não só porque é uma maneira de tornar os defeitos da escassez de meios em virtudes, como é uma pista para o real problema em Wakamatsu: é na escuridão que o corpo se encontra, de ele para com ele. Está-se sempre sozinho neste cinema radicalizante, e o outro não é mais do que mera ilusão ou objecto.
Fascinado, pois, com os assassinos e os violadores, Koji Wakamatsu é também especialista em "finais enigmáticos e etéreos". É normal nas suas produções de 1965-1972 os finais dos filmes nos transportarem para outras dimensões, redentoras ou não, colocando-nos face à barbárie da existência. Melancolia e suicídio, teen-angst, movimentos radicais fora de contexto, o apelo às armas e à revolução (aqui a influência do seu argumentista predilecto, o revolucionário Masao Adachi) todas elas são características do cinema de Wakamatsu. Nunca ninguém usara em cinema a sexualidade ou a bestialidade para dissecar integralmente o género Humano. O erotismo aqui não é mais do que essencialismo.
À margem de classificações, ver um Wakamatsu dos anos 60 é hoje uma experiência histórica, e só percebendo no que o género Pink se tornou (mesmo com "Roman-Porno" da Nikkatsu: Kumashiro, Konuma, Sone etc.) nos podemos também esclarecer quanto ao carácter irreversível desse cinema misterioso, preso numa época muito específica, único e maravilhoso. Não hesitaria em classificar Wakamatsu não só como o realizador "Pink" mais importante, como dos mais imperdiveis de todo o movimento da "Nouvelle Vague" Japonesa.
E em 2007 voltou a realizar aquela que parece ser uma nova obra-prima: um olhar retrospectivo desses anos 60 de que falava. Mal posso esperar por "The Red Army".
Top Wakamatsu:
1 - Go,Go Second Time Virgin (1969)
2 - The Embryo Hunts in Secret (1966)
3 - Violated Angels (1967)
Mais um exemplo do grande saber do Miguel! Agora só falta o nosso amigo tf10 :)))!
Grande abraço!
Waka o "fora da lei" não será certamente dos realizadores mais facilmente assimiláveis, sobretudo por espectadores menos familiarizados com os universos que ele tão bem explora. A mistura explosiva, anárquica e muitas vezes levada ao extremo de sexo, violência e politica de muitos dos seus filmes daquelas duas décadas (60/70) fervilhantes, é ainda um mundo demasiado melindroso e obscuro para a esmagadora maioria. E ainda mais quando estas eram produções indigentes e por isso aparentemente miseráveis mas que ao contrário do que se poderia pensar à partida, não o impediam de muitas vezes e sobretudo nas suas mais emblemáticas obras elevar a fasquia na sua vertente artistica. E se a isto lhe juntarmos a já referida dimensão politica - com todo o tipo de reflexões que ela pode suscitar - cada vez mais presente nos seus filmes, percebemos a sua importância no cinema nipónico daquela época! Mesmo depois dessa sua época de ouro e ainda que não exista disponivel muito material é possivel pelo menos ter dois dos melhores exemplos fora desse periodo onde ainda mostra a sua raça em coisas como o onirico e desconcertante "A Pool Without Water" ou a sua mais recente reflexão em estado verdadeiramente puro no "Cycling Chronicles: Landscapes the Boy Saw" salpicada pelo tempestuoso e genial compositor japonês Kazuki Tomokawa e que é um bom prenúncio para o seu mais recente trabalho!
Para quem quiser conhecer as aventuras e desventuras do Waka tenho numa das minhas contas uma bela conversa com o próprio.
http://www.dailymotion.com/iskander80
(está na 2ª página dos videos)
abraço!
Ora está aqui o importante complemento mencionado no meu comentário anterior e com direito a vídeo e tudo :) !
Abraço!
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