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quarta-feira, novembro 05, 2008

Festival Internacional de Cinema do Funchal (FIFF) - Edição 2008

É já próxima sexta-feira, dia 7 de Novembro que irá se iniciar mais um festival internacional de cinema do Funchal, louvável iniciativa que já vai na sua 4ª edição e que promete mais um cartaz de eleição. O evento durará até 15 de Novembro, dia em que o festival encerrará numa gala em que será prestada uma merecida homenagem a essa actriz de sempre Claudia Cardinale.
Na parte que me toca e que se reconduz ao conteúdo temático deste blogue, apraz-me registar a presença do cinema asiático, com a inclusão no festival de duas obras desse grande vulto da sétima arte oriental, chamado Hou Hsiao Hsien, que curiosamente e por coincidência foi o realizador que apresentei aqui esta semana, no âmbito da eleição para o realizador asiático preferido dos leitores. Infelizmente, não terei oportunidade de visionar “O Voo do Balão Vermelho”, por imperativos de horário, atendendo a que estarei a trabalhar por altura da exibição. No que toca a “Três Tempos”, a conversa já é outra pois a sessão ocorrerá no fim-de-semana, e só um imperativo de força maior é que me impedirá de visionar o filme que é para muitos, uma das melhores obras que o cinema asiático produziu nos últimos anos (só o facto de Shu Qi constar no elenco é um “quid”). Ter a oportunidade de assistir a longas-metragens directa ou indirectamente ligadas ao cinema oriental numa sala de espectáculos da Madeira é um caso raro, e quando se trata de cinema dito de autor, a possibilidade assume-se verdadeiramente como única.
O Voo do Balão Vermelho (2007)
Sessão: Terça-Feira, dia 11 de Novembro, 15 Horas - Local: Teatro Municipal
Realizador: Hou Hsiao Hsien
Elenco: Juliette Binoche, Simon Iteanu, Fang Song, Hippolyte Girardot, Louise Margolin, Anna Sigalevitch
"Três Tempos" (2005)

Sessão: Sábado, dia 15 de Novembro, 15 Horas - Local: Teatro Municipal

Realizador: Hou Hsiao Hsien

Elenco: Shu Qi, Chang Chen, Mei Fang, Liao Su Jen, Di Mei, Chen Shi Zheng, Hsuan Lee Pei, KoYue Lin

IMDb link

Há que dar ainda uma palavra para o facto de estarem presentes mais duas obras de cinema da Ásia, embora fora do circuito das grandes cinematografias do imenso continente. Falo de “Lonely Tune of Tehran” (Irão), de Saman Salour e “For My Father”, de Dror Zahavi (Israel).

Os meus sinceros parabéns à organização do certame, a cargo da Cooperativa de Cinema Plano XXI, e ao seu dinamizador principal, o director do festival Henrique Teixeira, que tem sido um dos principais responsáveis pelo incremento de uma verdadeira cultura cinematográfica menos “mainstream” aqui na ilha da Madeira. Merecem ainda uma palavra de apreço todas as entidades públicas e privadas que apoiaram a realização do festival, apercebendo-se efectivamente do potencial cultural e económico que estes eventos podem capitalizar. Iniciativas deste jaez só enobrecem quem, com labor e dedicação, tenta inovar e verdadeiramente fazer evoluir as iniciativas da sétima arte numa região ultraperiférica, com as naturais dificuldades daí advenientes. Resta ainda dizer que todas as sessões decorrerão no Teatro Municipal Baltazar Dias, um dos espaços mais nobres da cidade e sede do Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Funchal.

Um verdadeiro brilho para os 500 anos da minha amada cidade!

Para aceder ao site oficial do festival, onde consta o programa e toda a informação pertinente, ir AQUI.



4 comentários:

Anónimo disse...

Epá, vem mesmo a calhar! Excelente oportunidade para os Madeirenses verem HHH em sala!
Em relação ao "Three Times" acho que vais ter de perseverar durante a 2º história já que o ritmo é especialmente lento - talvez demais para o teu agrado - e ainda tem uma surpresa adicional, numa parte que nos remete claramente para "Flowers of Shanghai"! A 1ª é HHH ao seu melhor nivel da década de 90, absolutamente divinal! Já a última está próxima do universo de "Millennium Mambo", num relato mais contemporâneo.

Já agora, do Saman Salur vi o "A Few Kilos of Dates for a Funeral" e é uma pequena maravilha! De um grande humanismo (como é hábito do cinema Iraniano) e sobretudo neste caso, muito original! Eu não perderia a oportunidade de ver mais coisas dele! Se pudesse, esse "Lonely Tune of Tehran" não me escapava!

Bom apetite!

Jorge Soares Aka Shinobi disse...

Olá tf10!

De facto, o festival internacional de cinema do Funchal é uma oportunidade única para nós madeirenses vermos cinema de qualidade, e que normalmente anda arredado do circuito comercial. Este ano, o Henrique Teixeira apostou em dois filmes de HHH, e para meu infortúnio só vou ter a possibilidade de ver "Three Times" (nota pessoal: marcar férias para a altura do festival).
Estou bastante entusiasmado,e apesar de ter aquelas "nuances" que falaste e que porventura não serão tanto do meu agrado, acho que só o facto de ter a possibilidade de ver o filme numa sala lindíssima já exponenciará um pouco o meu agrado.
Espero colocar um texto acerca do filme aqui no blogue, com a referência, "visionado no FIFF (abreviatura para Funchal Internacional Film Fest)".
Quanto a Saman Salur, "A Few Kilos of Dates for a Funeral", passou no FIFF na edição do ano passado, e as opiniões foram positivas em geral. "Lonely Tune of Tehran" é exibido Quinta-feira, dia 13 (daqui a exactamente uma semana), às 21.30. Se estiveres aqui por estes lados, avisa que se calhar até poderás convencer-me a ir ver o filme, eh, eh, eh :) !

Grande abraço!

H. disse...

É sempre de louvar estas iniciativas. O bom cinema deve chegar a todos e a todo o lado!
Curiosamente o Três Tempos, estreou em Lisboa no mesmo que O Voo do Balão Vermelho, e vi os dois no mesmo dia. São ambos muito bons, mas Três Tempos - onde, como o tf10 disse, cada episódio remete para obras diferentes do autor - é, no conjunto, superior (pessoalmente acho a 1ª parte do filme absolutamente perfeita!).

Jorge Soares Aka Shinobi disse...

Olá H.!

Pois efectivamente o cinema de qualidade deve estar disponível para todos, quer para os apreciadores, como assim para aqueles que querem descobrir algo de novo. E na Madeira ter oportunidade de ver cinema asiático com qualidade, é um caso raro.
Infelizmente, e como disse no texto, não vou ter oportunidade de ver "O Voo do Balão Vermelho", mas "Três Tempos" não perco nem que chovam canivetes :) !

Beijos!